7 doenças que o hemograma completo pode ajudar a detectar

Os exames de rotina são uma das principais formas de manter a saúde em dia e prevenir doenças.

Dentro da gama de testes disponíveis está o hemograma completo. Por meio dele, é possível entender o estado das principais células sanguíneas, que podem variar de quantidade e de pessoa a pessoa e ainda conforme a condição e saúde de cada organismo. 

Viu só a importância? Ao longo deste conteúdo, abordaremos o que é o hemograma, para que serve e como ele pode ser um aliado de médicos e pacientes. Acompanhe.

O que é um hemograma?

O hemograma ou hemograma completo (popularmente tratados como sinônimos) é uma testagem sanguínea que consiste na contagem total das células do sangue, subdivididas em:

• leucócitos: células de defesa que agem contra agentes invasores;
• eritrócitos: células que comportam a hemoglobina;
• hemoglobina: molécula responsável pelo transporte de oxigênio;
• hematócrito: percentual de sangue ocupado pelas hemácias;
• índices hematimétricos: responsáveis pelas classificações quantitativa e qualitativa dos eritrócitos;
• plaquetas: incumbidos pela coagulação sanguínea.

Desse modo, resultados que mostram alterações que estejam fora dos valores de referência, que mudam de acordo com gênero e idade, podem indicar tanto patologias hematológicas (presentes no sangue) quanto sistêmicas (que acometem diversos órgãos). 

Por essa razão, inclusive, ele tende a ser solicitado por diferentes especialidades médicas. A coleta é rápida e fácil, feita a partir do uso de agulha fina, elástico e tubo para armazenamento do material coletado.

Para que serve? 

É muito relevante para análise de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, e também para aferição de tratamentos com medicações específicas.

Porém, o uso dos resultados do hemograma podem variar conforme a necessidade do especialista solicitante. De acordo com as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), por exemplo, médicos dessa área podem pedi-lo para diagnósticos relacionados à pressão arterial.

8 categorias de exame de sangue

Quando pensamos em uma avaliação de rotina, existem certos testes de sangue que são bem conhecidos como:

1 – Hemograma

Considerado o exame de sangue ele mostra como estão as células sanguíneas do paciente.

2 – Colesterol

É dividido em HDL (popularmente chamado de “colesterol bom”) e LDL (também denominado “colesterol ruim”) e é fundamental para a produção de hormônios.

3 – Glicose e glicemia

Essenciais para a confirmação ou o controle do tratamento da diabetes mellitus.

4 – Ácido úrico

As altas taxas deste componente podem estar associadas a condições como diabetes, bem como com a presença de cálculos renais.

5 – Transaminases (ALT e AST, ou TGP e TGO)

Índices que medem as funções do fígado, podendo revelar a existência de algum tipo de hepatite.

6 – TSH e T4 Livre

São responsáveis por aferir o funcionamento da tireoide, possibilitando diagnosticar o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.

7 – PSA

Solicitado especificamente para pessoas com aparelho reprodutor masculino, o aumento dessa proteína no sangue pode estar relacionado a prostatites ou, em alguns casos, até mesmo ao câncer de próstata.

8 – Creatinina e ureia

Medidas quase sempre juntas, essa análise considera a função e o desempenho dos rins.

Assim como o hemograma completo, é possível realizar as demais testagens nos centros médicos de dr.consulta, sem a necessidade de agendamento e com descontos exclusivos do Cartão dr.consulta:

O hemograma completo detecta que tipo de doença? 

Uma vez que essa testagem possibilita a visualização dos glóbulos brancos, vermelhos e das plaquetas, ele pode detectar diferentes enfermidades. Entre as mais comuns, é possível mencionar:

1. Anemia 

A anemia pode se manifestar de muitas formas, inclusive silenciosamente. Para sua confirmação, é preciso ter o número de glóbulos vermelhos do sangue reduzido ou, ainda, um baixo índice de hemoglobina.

O principal tratamento é a mudança de hábitos alimentares, adotando uma dieta rica em alimentos com ferro e vitamina B12. Porém, o uso de suplementos para a reposição desses nutrientes também pode ser prescrito.

A anemia pode ser tratada dentro de áreas como Clínica Geral, Nutrologia e Hematologia.

2. Leucemia

Não é possível fazer o diagnóstico de câncer apenas pelo hemograma completo. Na realidade, os resultados podem levantar suspeitas, como acontece no caso da leucemia.

Essa doença se caracteriza pela reprodução descontrolada de glóbulos brancos na medula óssea, ocasionando aumento ou diminuição dos leucócitos.

Entretanto, esse câncer hematológico também pode alterar outras células sanguíneas. Por isso, resultados que apresentam blastos também são um indicativo da enfermidade e podem ajudar o hematologista na recomendação do melhor tratamento.

3. Linfomas

Os linfomas são cânceres que afetam o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo.

Em relação aos sinais, é comum o aparecimento de ínguas (caroços gerados em decorrência do aumento dos gânglios linfáticos). Para checagem dessa patologia, além do toque físico, o hemograma completo também costuma ser solicitado.

O tratamento costuma ser feito com quimioterapia, por vezes combinada com a radioterapia. A quantidade e a duração das sessões depende do tipo de linfoma e da extensão da doença, questões que serão avaliadas pelo médico oncologista.

4. Infecções virais e bacterianas 

As infecções virais e bacterianas são diagnosticadas com base nos sintomas relatados pelo paciente e, se necessário, por meio de coleta sanguínea para análises mais direcionadas.

Embora existam vacinas que atuam na prevenção de viroses, não há outros medicamentos específicos para combatê-las. Nas infecções bacterianas, por sua vez, o tratamento indicado é o uso de antibióticos, que devem ser prescritos por um profissional.

5. Inflamações gerais

Inflamações gerais, caracterizadas pela queda de glóbulos brancos, também podem ser detectadas por meio do hemograma. 

Além delas, quadros como desnutrição e doenças autoimunes no organismo interferem igualmente na quantidade dessas células. Nesses casos, o clínico geral consegue analisar e encaminhar o paciente para outra especialidade, se necessário.

6. Alergias

A presença de alergias pode ser notada com base no exame de sangue. Contudo, o hemograma completo não é capaz de identificar qual foi a substância exata que provocou a reação.

O tratamento vai depender de qual é o agente alergênico (alimentar, inalatório, dermatológico ou medicamentosa) e da realização de outros testes mais específicos. Em caso de dúvidas ou suspeitas, marque uma consulta com um profissional da área de alergia e imunologia.

7. Distúrbios da medula óssea

Os distúrbios da medula óssea estão relacionados a alterações das linhagens de células que têm sua origem na mesma. O diagnóstico é confirmado por um médico hematologista, com base na análise da produção de hemácias, dos leucócitos e das plaquetas.

Com o mesmo exame é possível identificar ainda aquelas doenças que alteram o sistema imunológico e as desencadeadas pela deficiência de vitaminas e sais minerais.

E o que ele não detecta? 

O hemograma completo não é capaz de detectar gravidez, sinais de uso de drogas ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Nestas situações, são solicitadas outros tipos de coletas.

Quando fazer?

A avaliação deve ser realizada sempre que um profissional de saúde achar relevante, seja para acompanhamento ou quando existir suspeita de doenças.

Mas, além disso, essa checagem também pode ser requisitada pelo próprio paciente para verificação periódica da sua situação de saúde. Nesses casos, o pedido deve ser feito, majoritariamente, para clínicos gerais.

E como se preparar? 

O hemograma completo não exige uma preparação complexa para ser realizado. O preparo consiste em:

• jejum de 3 horas (algo que deve ser alinhado previamente com o médico solicitante, já que nem sempre é um pré-requisito);
• não ingerir bebidas alcoólicas durante as 72 horas anteriores à coleta;
• optar por uma alimentação balanceada um dia antes de coletar o sangue;
• informar ao laboratório caso tome algum medicamento de uso contínuo.

Outras dúvidas frequentes 

• Tempo médio de duração: de 5 a 10 minutos;
• Periodicidade: anualmente a todas as faixas etárias, caso não haja solicitações individuais de profissionais de saúde;
• Contraindicações: não há.

Onde fazer? Ao precisar, você pode procurar uma unidade do dr.consulta mais próxima da sua localidade (casa ou trabalho). Conte com a gente para cuidar da sua saúde!

Fontes:

• Valores de referência hematológicos para adultos e crianças | Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ)
• Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular | Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
• Hemograma | Serviços e Informações do Brasil (SIB)
• Manual de orientação de preparo para exames laboratoriais | Hospitais Universitários Federais (EBSERH)
• Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular