A pele é formada por três camadas principais: a epiderme, a derme e a hipoderme. Na derme, estão localizados os chamados folículos pilosos que, quando inflamados, são responsáveis por causarem uma condição conhecida como foliculite.
Essa patologia pode afetar pessoas de qualquer idade, mas a maior incidência está entre jovens e adolescentes, devido às alterações hormonais. Desse modo, pode provocar desconfortos físicos e estéticos, o que pode impactar negativamente na autoestima.
Ao longo deste conteúdo, apresentaremos as principais características, os sintomas mais frequentes, as formas de tratamento e como evitá-la com 5 dicas práticas.
O que provoca a foliculite?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a foliculite é uma infecção de pele que começa nos folículos pilosos. Geralmente, essa condição é provocada por bactérias, fungos ou vírus e, até mesmo, pela presença de uma inflamação de pelos encravados.
No entanto, existem algumas situações de saúde que podem facilitar o desenvolvimento dessa patologia. São os casos de:
- diagnóstico positivo de doenças que diminuem a imunidade, como a diabetes;
- diagnóstico de leucemia ou Aids;
- presença de acne ou dermatites;
- uso de certos medicamentos, como anticoncepcionais;
- sobrepeso e obesidade;
- fricção excessiva do barbeador;
- uso de roupas apertadas.
Principais sinais
Os sintomas de foliculite podem variar de acordo com o tipo da infecção. Em geral, é possível fazer a divisão dessa patologia em dois grupos, classificados de acordo com a extensão do processo inflamatório:
- foliculite superficial;
- foliculite profunda.
A seguir, apresentamos as definições de cada uma delas e explicamos mais detalhadamente seus principais sinais.
Foliculite superficial
A foliculite superficial afeta apenas a parte superior do folículo piloso, sendo raros os casos em que há complicações ou sequelas. Nesses contextos, os sintomas costumam ser:
- surgimento de pequenas espinhas de caráter avermelhado, com ou sem pus;
- pele avermelhada e inflamada;
- coceira;
- sensibilidade.
Além disso, esse tipo de foliculite pode se manifestar no organismo de diferentes maneiras, sendo elas:
- foliculite estafilocócica: é o tipo mais comum e a infecção é desencadeada por bactérias, em especial a Staphylococcus aureus;
- foliculite por pseudomonas (foliculite de banheira quente): infecção pela bactéria Pseudomonas aeruginosa presente em ambientes aquáticos e com níveis de cloro e ph controlados, como banheiras de hidromassagem e piscinas;
- pseudofoliculite da barba: mais aparente na região da barba e ocorre pela curvatura dos fios durante o crescimento;
- foliculite pitirospórica: mais frequentes em adolescentes e homens adultos e causada por infecção fúngica.
Foliculite profunda
Em se tratando da foliculite profunda, a inflamação afeta todo o folículo piloso e se estende até a raiz. Assim, esse tipo é tratado como uma infecção mais grave, já que pode atingir áreas mais fundas da pele e provocar a formação de furúnculos.
Os indicativos da presença dessa condição são:
- grandes áreas avermelhadas na pele;
- lesões mais elevadas, com a presença de pus amarelado no meio;
- sensibilidade e dor nas regiões afetadas, podendo variar de intensidade.
Nesses quadros, as chances da formação de cicatrizes são maiores, podendo, até mesmo, ocorrer a destruição do folículo. Ainda, a foliculite profunda também pode se apresentar a partir de alguns subtipos, sendo eles:
- foliculite ou sicose da barba: ocorrem na região do lábio superior, queixo e mandíbula, podendo se tornar recorrente com o hábito de se barbear diariamente;
- foliculite gram-negativa: esse tipo é decorrente do uso prolongado de medicamentos para tratamento de acne;
- furúnculos e carbúnculos: caracterizada por ser a infecção causada por bactérias estafilocócicas;
- foliculite eosinofílica: acomete, principalmente, pessoas com diagnóstico positivo para HIV.
Assim, ao notar o aparecimento dos sintomas, o paciente deve buscar assistência médica para uma avaliação. Os profissionais de Clínica geral são responsáveis por prestarem atendimento primário e, dependendo do caso, eles podem direcionar os indivíduos para um profissional de Dermatologia.
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Como evitar foliculite com 5 dicas práticas
Para evitar o aparecimento da foliculite, existem alguns hábitos simples e cuidados com a pele que podem ser adotados na rotina diária.
De acordo com a SBD, as 5 formas principais de prevenção são:
- manter a derme limpa e hidratada: essas etapas devem ser feitas com produtos específicos, sempre mediante a orientação e prescrição de um profissional da Dermatologia;
- evitar lavagens antissépticas frequentes: quando as higienizações são feitas de maneira excessiva, a pele pode ficar mais seca e atacar as bactérias protetoras do organismo;
- utilizar com cautela lâminas, espumas e géis de barbear e/ou depilação: ao usar esses itens, é necessário optar por produtos que não causam irritações e passar a lâmina sempre no sentido do crescimento dos pelos;
- priorizar o uso de depiladores/barbeadores elétricos: essa recomendação é, principalmente, para quadros de pseudofoliculite da barba;
- evitar o uso de roupas justas e que não permitam a transpiração: regiões do corpo quentes e úmidas são os lugares em que há a maior proliferação de fungos e bactérias. Por isso, é interessante optar pelo uso de roupas mais largas e com tecidos que favoreçam a transpiração.
Apesar de esses cuidados serem essenciais no dia a dia, é fundamental a busca por assistência médica especializada em caso de dúvidas e os dermatologistas são os ideais para suspeita de foliculite.
Tem como tratar?
O diagnóstico para essa condição é feito por meio da anamnese e, na sequência, do exame físico.
Em determinados casos, podem ser solicitados exames complementares, em que uma amostra da lesão é coletada e enviada para uma análise laboratorial mais específica. Isso permite saber, de maneira exata, qual é o agente responsável pela infecção.
O tratamento para foliculite é variável e está relacionado ao tipo e gravidade da patologia. A prescrição de antibióticos, antifúngicos e corticosteroides é a opção mais comum entre os especialistas. Entretanto, algumas mudanças de hábitos e o uso de produtos de aplicação direta também podem ser recomendados.
É importante salientar que tudo isso depende de cada caso e que não existe uma forma rápida de cura. Para a recuperação do paciente, é necessário seguir as orientações médicas corretamente.
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Fonte:
- Foliculite | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).