Herpes labial é muito comum, mas tem prevenção. Saiba mais
A herpes labial é uma condição viral recorrente que afeta milhões de pessoas no mundo. Ela surge em forma de pequenas bolhas doloridas ao redor da boca e está associada a momentos de baixa imunidade, estresse e exposição solar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,8 bilhões de pessoas com menos de 50 anos já tiveram contato com o vírus causador do quadro. Esse dado mostra a dimensão global, que é comum, mas muitas vezes mal compreendida.
Apesar de não ter cura definitiva, o tratamento adequado reduz os sintomas e acelera a cicatrização, além de evitar complicações.
Origem do herpes labial
Ele é causado pelo herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1). O contágio acontece por contato direto com saliva, secreções ou pele infectada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ), grande parte da população entra em contato com o vírus ainda na infância ou adolescência.
Uma vez dentro do organismo, o vírus se instala em gânglios nervosos e permanece em estado de latência. Isso significa que ele não desaparece e pode ser reativado em diferentes fases da vida.
Fatores desencadeantes do herpes labial
Conforme esclarece a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, a reativação está diretamente ligada ao estado imunológico e a fatores ambientais. Entre os principais estão:
- estresse emocional, como ansiedade, frustração e depressão;
- exposição solar, principalmente em lábios sem proteção;
- fadiga física e mental;
- infecções e febre, pois reduzem as defesas do organismo;
- menstruação devido às oscilações hormonais.
Na presença de sinais de herpes labial ou outras alterações cutâneas, contar com um serviço de assinatura como o Cartão dr.consulta garante suporte rápido e acessível. Ele assegura consultas com especialistas, exames fundamentais e acompanhamento contínuo, oferecendo assim, uma trilha personalizada de cuidados em saúde.

Sintomas e fases da manifestação
Os primeiros sinais costumam ser sutis, mas indicativos. Formigamento, coceira e ardência no lábio surgem horas antes da erupção das lesões.
Em seguida, aparecem pequenas bolhas agrupadas, cheias de líquido, sobre uma área avermelhada e inchada.
Conforme destaca o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, o NHS, essa é a fase mais contagiosa, pois o líquido contém alta concentração viral.
As bolhas se rompem, formando feridas superficiais que liberam líquido e, depois, são cobertas por crostas. Nessa etapa, o risco de transmissão começa a diminuir até que a cicatrização ocorra completamente.
Sem intervenção, os episódios duram de 7 a 14 dias, segundo a SBDRJ. Com uso de antivirais, esse período cai para 5 a 7 dias.
Consultas com especialistas e clínicos gerais são essenciais para confirmar o diagnóstico e indicar a conduta terapêutica mais adequada.
Além disso, eles podem solicitar exames para diferenciar o herpes labial de outras condições semelhantes, como herpes zoster e genital, e avaliar se infecção é recente ou antiga.
Condutas médicas disponíveis
Embora não exista cura definitiva, os tratamentos ajudam a reduzir sintomas, tempo de cicatrização e frequência das recidivas.
Medicamentos antivirais como aciclovir, valaciclovir e fanciclovir (em creme, pomada ou comprimidos) são recomendados para episódios mais intensos ou recorrentes, de acordo com a OMS.
Analgésicos comuns, como paracetamol e ibuprofeno, por exemplo, reduzem dor e inchaço. Cremes anestésicos com lidocaína ou benzocaína, por sua vez, aliviam o desconforto local.
Segundo o NHS, dispositivos de luz ou laser vendidos em farmácias também são opções, embora com pouca comprovação científica.
Em situações específicas, como imunossupressão, gravidez ou herpes em recém-nascidos, a avaliação médica é indispensável. A Secretaria da Saúde de São Paulo recomenda buscar atendimento logo nos primeiros sinais.

Prevenção e práticas de cuidado no herpes labial
O cuidado com a situação vai além de tratar quando as feridas surgem, afinal, pequenas atitudes no dia a dia já mantém a condição sob controle. Então, para não transmitir o quadro, é importante:
- não beijar durante crises ativas;
- evitar compartilhar talheres, copos e batons;
- lavar as mãos após tocar nas lesões;
- suspender o sexo oral até a completa cicatrização, conforme recomenda o NHS.
Além disso, evitar as recidivas também é possível, com os seguintes hábitos:
- usar protetor solar labial, sobretudo em exposições prolongadas;
- manter hábitos que favorecem a imunidade, como sono adequado e alimentação equilibrada;
- reduzir fatores de estresse e fadiga;
- procurar orientação médica quando as crises se tornam frequentes.
Herpes labial e HPV são diferentes
Por fim, é importante ressaltar que, apesar da confusão frequente, herpes labial e HPV não são a mesma coisa.
O HPV (papilomavírus humano) está associado a verrugas genitais e risco de câncer de colo do útero, enquanto o herpes labial é causado pelo HSV-1.
Essa diferenciação é fundamental para evitar interpretações equivocadas e direcionar corretamente o tratamento. Em caso de dúvidas sobre sintomas na região íntima, consultar um especialista é o mais indicado.
Cuidar da saúde é também cuidar da autoestima e da tranquilidade. O equilíbrio entre prevenção e acompanhamento permite aproveitar a rotina com mais leveza.
Fontes: