Dicas essenciais para evitar ou lidar com uma micose na unha
A micose na unha é uma alteração dermatológica relativamente comum. Estima-se que 10% de todos os adultos enfrentam essa condição pelo menos uma vez na vida, enquanto entre pessoas acima dos 60 anos esse índice pode alcançar 20%.
Na maior parte dos casos, essa manifestação não apresenta riscos significativos por si só, mas pode causar considerável impacto estético. Além da aparência indesejada, quadros graves podem gerar dor ou comprometimento da estrutura da unha.
Assim, compreender as medidas preventivas contra a multiplicação dos fungos e as providências necessárias diante da suspeita de que eles atingiram um ou mais dedos, passa a ser uma questão de saúde primária.
Os principais sinais da presença de uma micose na unha
Também denominada pelos especialistas onicomicose, a reprodução de diversos tipos de fungos nessa parte do corpo (que, em geral, também afetam a pele) causa a destruição das proteínas que formam essa lâmina que reveste a ponta dos dedos.
As unhas dos pés são mais suscetíveis. O motivo é simples: as extremidades dos membros inferiores mantêm contato prolongado com o chão ou permanecem em ambientes úmidos e mal ventilados, como calçados fechados. No entanto, a infecção pode se manifestar também nas mãos.
A partir da colonização pelo fungo, há alguns sinais mais claros da sua presença que podem ser observados. Entre os frequentemente percebidos estão:
- espessamento da unha (unha mais grossa);
- redução do brilho, deixando a superfície amarelada;
- alterações no formato;
- aumento da fragilidade, o que as torna mais quebradiças.
A dor surge apenas em estágios avançados. Nessa fase, pode ocorrer ainda o descolamento da unha.
Os tipos de micose de unha
Essa mudança visível pode ser classificada conforme a região afetada:
- distal, atingindo a ponta da unha primeiro, sendo o caso mais comum;
- subungueal, afetando a parte próxima à cutícula;
- superficial, cuja proliferação concentra-se sobre a unha, formando manchas brancas.
É relevante diferenciar essa forma de micose do que é denominado paroníquia (popularmente chamada de “unheiro”).
Ainda que possam ser originadas por fungos similares (quase sempre do gênero Candida, responsável também pela candidíase), ela se espalha pela área ao redor da unha, levando à inflamação na cutícula, que pode evoluir para quadros de deformidade e dificuldades de crescimento da unha devido à destruição do tecido que reveste a área comprometida.
As formas de transmissão da micose na unha
Os fungos se proliferam facilmente em ambientes com umidade elevada e temperatura favorável. Assim, locais como banheiros compartilhados, vestiários, saunas e piscinas públicas são os principais pontos de contato com o microrganismo. Essa chance aumenta quando as pessoas os frequentam com os pés descalços.
A transmissão direta entre pessoas é menos frequente. Contudo, o compartilhamento de objetos de uso individual como tesouras, cortadores, lixas e alicates facilitam esse contágio, por exemplo.
Raramente, um indivíduo pode hospedar o fungo na pele sem manifestações anteriores e transportá-lo de uma região a outra do corpo com as próprias mãos.
Entretanto, geralmente o simples contato com o fungo não basta para o desenvolvimento da micose. O microrganismo necessita de condições favoráveis para se estabelecer. Isso pode acontecer, por exemplo, quando existe uma lesão local ou o indivíduo apresenta imunidade reduzida.
Seja qual for o meio, após o contato inicial a progressão da infecção pode levar semanas.
Fatores de risco para a presença dos fungos nas unhas
A probabilidade de desenvolver essa infecção varia individualmente. Porém, existem sim aspectos que podem elevar a possibilidade de sua ocorrência, incluindo:
- outras alterações dermatológicas, como frieiras, pé de atleta ou psoríase;
- disfunções circulatórias, frequentes em idosos;
- diabetes;
- imunossupressão (ou seja, sistema imune com função reduzida) inclusive por uso de determinados medicamentos;
- convívio frequente com indivíduos que apresentam a onicomicose.
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Saiba quem buscar no caso dessas infecções fúngicas
Quando se pensa em um dermatologista, a conexão imediata é com a atenção à saúde da pele. No entanto, esse profissional está apto também a cuidar adequadamente das unhas (e ainda dos cabelos, caso necessário).
Como os danos podem ser confundidos com aqueles de outras causas, a visita ao consultório desse especialista se torna indispensável. Diante da suspeita, a avaliação inicial inclui a inspeção visual dos dedos afetados e, eventualmente, a solicitação e um exame micológico direto, uma cultura de fungos ou um teste de PCR.
As opções de tratamento normalmente utilizadas
O controle e a eliminação da micose na unha passam pela prescrição de antifúngicos pelo profissional de saúde. Estes medicamentos podem ser tópicos (aplicados diretamente na área afetada) ou orais (administrados em comprimidos).
Normalmente, casos considerados graves respondem melhor à combinação dessas duas abordagens. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando há comprometimento superior a 30% da unha ou várias delas foram afetadas, essa estratégia costuma ter eficácia maior.
Para que o tratamento prescrito seja efetivo, é fundamental mantê-lo até sua conclusão. Em média, a terapia dura cerca de seis meses e deve prosseguir mesmo com melhora visível antes desse período.
A interrupção dos medicamentos pode resultar no retorno da infecção (às vezes, até mesmo com maior resistência).
Como prevenir a recorrência dessa condição
É praticamente impossível fugir completamente do contato com fungos, pois são invisíveis a olho nu e estão presentes em diversos ambientes. No entanto, determinadas medidas reduzem significativamente a chance desse incômodo:
- secar adequadamente os pés após o banho;
- utilizar chinelos e higienizar bem mãos e pés após frequentar espaços públicos;
- não compartilhar objetos de higiene pessoal, como cortadores;
- manter as unhas sempre aparadas;
- expor o interior dos calçados ao sol periodicamente;
- dar preferência a calçados bem ventilados;
- trocar as meias diariamente;
- optar por peças de vestuário que facilitem a evaporação do suor (materiais sintéticos costumam ser menos adequados).
Estar alerta a esses cuidados é fundamental para todos, mas é especialmente importante para pessoas com diabetes ou desequilíbrios circulatórios.
Fontes: