7 fatos sobre o uso de anestesia nos dentes
Do mesmo modo que sentir dor na cadeira do dentista é um receio de muitas pessoas, a ideia de receber anestesia odontológica, a popular ‘anestesia nos dentes’, também faz com que muitos adiem a rotina para cuidar adequadamente do sorriso ou para fazer os tratamentos.
Essa situação é mais comum do que se imagina. De acordo com um artigo publicado no periódico científico Frontiers in Psychology, entre 10% e 30% da população apresenta um tipo de medo ou ansiedade na interação com o profissional de Odontologia. Por isso, vale entender o que é verdade e o que é mito sobre esse procedimento, para ter mais confiança.
Os 7 fatos sobre o uso de anestesia nos dentes que você precisa saber
As principais dúvidas sobre esse tema giram em torno de:
- existem diversos tipos de anestesia;
- as anestesias são utilizadas em vários procedimentos;
- sedativos e anestésicos são diferentes;
- a anestesia geral pode ser usada, mas isso é raro;
- riscos envolvidos na anestesia odontológica;
- restrições de uso para certos pacientes;
- nem toda anestesia nos dentes ou sedação precisa de agulha.
1 – Existem diversos tipos de anestesia
O que todos os anestésicos utilizados na Odontologia têm em comum é a capacidade de bloquear o impulso nervoso que faz com que o contato com a estrutura dental cause sensações desagradáveis.
No entanto, nem toda medida de bloqueio da dor é igual. Elas podem variar desde creme anestésico, passando por sedação consciente e chegando à anestesia geral.
A maioria tem administração local, o que significa que haverá apenas uma eliminação de sensibilidade nos pontos próximos. Esses são casos em que durante todo o procedimento quem está sendo atendido permanece consciente.
Nessas circunstâncias, uma pequena dose de determinada substância é aplicada, na maior parte das vezes, com o auxílio de uma agulha. O palato (céu da boca) ou a gengiva são as áreas normalmente escolhidas. Embora seja encarada como anestesia nos dentes, não é exatamente essa estrutura (dente) quem recebe a aplicação do anestésico.
Diante da dessensibilização, a região fica amortecida, permitindo que o trabalho não cause desconforto. O efeito dura alguns minutos e desaparece sem que nada precise ser feito.
No entanto, eventualmente há uma restrição de determinadas atividades (como dirigir ou operar máquinas) por algumas horas. Como pode haver redução no estado de alerta, essa orientação ajuda a evitar acidentes.
2 – São utilizadas em vários procedimentos
De forma geral, a anestesia nos dentes é adotada em intervenções envolvendo estímulos mecânicos, químicos ou térmicos capazes de disparar uma resposta sensível do corpo. Tal lista inclui:
- obturações;
- tratamentos de canal (endodontia);
- extrações dentárias (inclusive para remoção do siso);
- correção de alterações nas gengivas (periodontia);
- diferentes tipos de cirurgias orais;
- colocação de próteses dentárias.
3 – Sedativos e anestésicos são diferentes
Para aliviar o desconforto e proporcionar mais tranquilidade durante os procedimentos, podem ser utilizados outros métodos, como:
- sedação com óxido nitroso (o chamado “gás do riso”, que deve ser inalado com o auxílio de uma máscara) ou medicamentos orais ingeridos minutos antes do início;
- sedativos moderados e profundos na forma de fármacos por via intravenosa. Eles geram um estado de sonolência e relaxamento mais acentuado. São tipicamente utilizados para emoção de dentes do siso, em posições mais complexas, por exemplo.
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4 – A anestesia geral pode ser usada, mas isso é raro
Na anestesia geral, a pessoa perde momentaneamente a ciência do que está acontecendo e não acorda nem sente nada, enquanto o efeito dura. Nos procedimentos odontológicos, essa é uma opção mais rara, frente a intervenções mais extensas em determinada área da boca.
Outra possibilidade de uso é em pacientes com condições psicológicas, mentais ou motoras severas – ou naqueles que apresentem uma tensão tão intensa que não é controlável de outra maneira.
Importante: vale lembrar que a aplicação da anestesia local exige o monitoramento dos sinais vitais e a administração correta do fármaco (geralmente por meio de uma injeção) e do suporte de um anestesiologista.
5 – Riscos envolvidos na anestesia odontológica
A maior preocupação na anestesia geral, é a possibilidade de uma reação alérgica grave ao fármaco utilizado. Tal complicação pode evoluir rapidamente para o chamado choque anafilático. Uma vez que há risco de obstrução da respiração e parada cardiorrespiratória, é necessária uma intervenção imediata.
Nas demais situações, os efeitos colaterais estão relacionados a alterações locais, na região onde a injeção foi aplicada e podem incluir:
- hematomas;
- inchaços;
- dores de cabeça e no local da aplicação da agulha, inclusive por infecções;
- dificuldade de movimentar a boca ou os olhos por conta do bloqueio de certos nervos;
- sensação de formigamento ou de pequenos choques na pele (parestesia).
Seja para uma consulta de rotina, acompanhamento ou tratamento odontológico, agende antes a sua avaliação:
6 – Restrições de uso para certos pacientes
A indicação da anestesia nos dentes depende, é claro, do tipo de procedimento e da avaliação do dentista. No grupo das pessoas com possíveis contraindicações estão:
- gestantes, cuja avaliação deve considerar de que forma isso afeta o bebê;
- crianças, uma vez que determinadas substâncias não são seguras ou precisam de um ajuste cuidadoso de dose em cada faixa etária;
- idosos, que também precisam de um acompanhamento mais próximo, sobretudo em sedações profundas e anestesias gerais;
- indivíduos com alterações cardíacas, hepáticas, pulmonares ou renais;
- pessoas com diagnóstico prévio de condições neurológicas, incluindo uma maior predisposição a convulsões;
- indivíduos com histórico de uso intenso de álcool ou outra substância lícita ou ilícita.
Informe sempre o dentista sobre episódios de sensibilidade, alergias ou efeitos colaterais anteriores.
7 – Nem toda anestesia nos dentes ou sedação precisa de agulha
Nem sempre a anestesia no dente é realizada com agulhas. Ao perceber ou saber da ansiedade ou necessidade do paciente, o dentista pode optar por alternativas.
Como opção de uso em áreas externas, podem ser utilizados produtos tópicos na forma de cremes, géis ou mesmo sprays. Eles têm efeito mais leve e duram menos, mas dispensam as agulhas. Parte dos mecanismos de sedação leve usa gotas, comprimidos ou gases.
Não adiei os cuidados com a saúde bucal. Todos os dias milhões de procedimentos são feitos utilizando diversos anestésicos e sedativos sem que nada grave aconteça, ou seja, de forma segura. Fale com o seu dentista e busque orientação.
Fontes: