Quando procurar um nefrologista pediátrico?

Bebês, crianças e jovens também podem apresentar alterações no sistema urinário que exigem acompanhamento clínico adequado.
Nesses casos, o profissional indicado é o nefrologista pediátrico, responsável por diagnosticar, tratar e monitorar condições renais em pacientes desde o nascimento até o fim da adolescência.
O que faz e como é a consulta com o nefrologista pediátrico
A especialidade é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
Para atuar na área, é necessário cursar Medicina, concluir a residência em Pediatria (com duração média de três anos) e, em seguida, realizar uma subespecialização em Nefrologia Pediátrica, de cerca de dois anos.
Essa formação permite que o médico atenda desde quadros simples até enfermidades crônicas, oriente os tratamentos corretos e identifique quando há a necessidade de terapias como a diálise ou o transplante renal infantil.
A consulta é bastante detalhada e inclui uma avaliação clínica completa, com ênfase na história de saúde do paciente, sintomas relatados pelos pais ou responsáveis e possíveis antecedentes familiares, além da investigação de hábitos de hidratação, frequência urinária, alimentação, crescimento e infecções prévias.
Durante o exame físico, são observados fatores como pressão arterial, inchaços, peso, altura e características da urina. E, após a análise, testes laboratoriais e de imagem podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico.

Sintomas para ficar atento e relatar ao médico
Embora sejam mais frequentes em adultos, quadros de doença renal crônica (DRC), por exemplo, ocorrem também nos pequenos, indica o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). A condição é caracterizada pela diminuição lenta e gradual da função dos rins, podendo levar à insuficiência dos órgãos.
Assim, é importante sempre observar se a criança manifesta sinais que podem indicar anormalidades. Entre eles:
- dificuldades para o desfralde;
- infecções urinárias recorrentes;
- refluxo da urina para os rins;
- incontinência urinária (levando à ocorrência de xixi na cama ou mesmo nas calças);
- pressão arterial elevada.
A avaliação com o nefrologista pediátrico é fundamental para investigar possíveis causas e iniciar o tratamento o quanto antes, já que o diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações.
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Outras patologias comuns na infância, de acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, incluem:
- litíase urinária (formação de pedras nos rins);
- displasia renal (malformação congênita que impacta o desenvolvimento desses órgãos);
- acidose tubular renal (quando eles não conseguem eliminar o ácido em excesso do sangue);
- injúria renal aguda (perda da capacidade de filtração);
- doença renal policística (crescimento de múltiplos cistos na região);
- hipercalciúria (grandes quantidades de cálcio na urina);
- síndrome nefrótica (muita proteína saindo no xixi);
- síndrome de Fanconi (prejudica a reabsorção de substâncias diversas – como glicose, bicarbonato, potássio, fosfatos – e, consequentemente, sua expulsão do corpo).
Exames normalmente solicitados pelo médico
Para ajudar no processo de diagnóstico e no monitoramento das condições renais, o especialista pode fazer a requisição de testes, como:
- urina I;
- urocultura;
- dosagem de creatinina e ureia no sangue;
- análise de cálcio e proteína urinária na urina;
- ultrassonografia de rins e vias urinárias;
- mapeamento da pressão arterial ambulatorial (MAPA).
Tratamento deve ser individualizado
O plano terapêutico considera o quadro clínico apresentado por cada paciente. Mas, de maneira geral, pode integrar:
- uso de medicamentos (para controle da pressão arterial, reduzir perda de substâncias pelo xixi ou combater possíveis infecções);
- acompanhamento nutricional com foco na adequação da dieta à função renal e às necessidades da criança;
- adoção de hábitos saudáveis, como boa hidratação, higiene correta e idas regulares ao banheiro;
- terapias substitutivas, como diálise ou até mesmo transplante, nos casos mais graves.
Além do tratamento, o acompanhamento frequente com o nefrologista pediátrico é fundamental para evitar a progressão de enfermidades crônicas e garantir uma boa qualidade de vida aos pequenos.
Visitas regulares ao pediatra também colaboram na detecção precoce de sinais que podem passar despercebidos no dia a dia.
Fontes: