Entenda quais são os riscos de fumar na gravidez

Atualmente, o tabagismo é uma das principais questões de saúde pública no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No período de gestação, os efeitos do fumo (ativo ou passivo) são ainda mais preocupantes, uma vez que podem prejudicar não só a saúde materna, mas também o desenvolvimento fetal.
Impactos do tabagismo em grávidas e no bebê
Seja qual for a forma utilizada para o seu consumo (charuto, cachimbo, cigarro, dispositivo eletrônico, entre outros), o tabaco é considerado nocivo.
Projeções oficiais estimam que, até 2030, mais de 200 mil mortes ocorram por causa do uso da substância (de forma direta ou indireta), aponta artigo da Revista Femina, publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Esse hábito representa um grande fator de risco para complicações na saúde geral e no bem-estar da gestante. Entre elas:
- condições cardiovasculares;
- câncer (diferentes tipos);
- osteoporose;
- fraturas ósseas;
- gravidez ectópica;
- aborto espontâneo;
- placenta prévia;
- polidrâmnio (excesso de líquido amniótico).
Sabe-se também que, durante a gravidez, ele está associado a casos de:
- parto prematuro;
- malformações congênitas;
- risco de fissuras orofaciais;
- alterações no sistema cardiovascular, respiratório e digestivo do bebê;
- mortalidade perinatal.
Para identificar qualquer quadro de forma precoce, o acompanhamento do crescimento fetal deve ser feito por meio de exames como o ultrassom morfológico, entre outros.
O Cartão dr.consulta permite o acesso a diversos procedimentos de pré-natal que facilitam o cuidado gestacional. Além disso, a mulher é incluída no programa Minha Gestação, que oferece suporte multidisciplinar por meio de consultas on-line de enfermagem gratuitas.

Efeitos do tabagismo na saúde infantil
Além dos impactos no desenvolvimento do bebê, o hábito de fumar ainda pode causar danos à saúde dele depois do nascimento.
Isso porque o tabagismo na gestação é capaz de gerar distúrbios neuromotores, asma, sobrepeso e obesidade na criança a longo prazo, explica o artigo da Revista Femina.
Técnicas disponíveis para a grávida parar de fumar
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica que interromper a prática em qualquer momento da gravidez é benéfico para a mãe e o feto – mas se for possível no início, melhor. O grande desafio, porém, são as recaídas.
Um estudo publicado na Revista Saúde Pública, periódico científico da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Saúde Paulo (USP), analisou esse comportamento em 598 parturientes no município de Rio Grande (RS) cujo parto ocorreu entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2013.
A pesquisa constatou que, do total:
- 78% das mulheres ficaram pelo menos sete dias consecutivos sem fumar entre os seis meses anteriores à gestação e o pós-parto imediato;
- 56% tentaram parar em algum momento dos nove meses;
- somente uma em cada quatro delas conseguiu cessar o uso completamente no período.
No caso das gestantes, recomenda artigo da Revista Femina, o ideal é que se tente com medidas não farmacológicas, isto é, sem medicamentos destinados a esse tratamento ou chicletes e pastilhas que repõem a nicotina no organismo.
Acupuntura, exercícios físicos e até mesmo grupos de apoio são iniciativas saudáveis que podem ajudar no processo. Entretanto, se necessário, alguns antidepressivos podem ser utilizados.
Vale ressaltar que é importante sempre consultar o obstetra para saber qual remédio pode ser usado sem que efeitos colaterais causem malefícios ao feto. E o profissional ainda pode orientar sobre outros métodos seguros e complementares para auxiliar as mães que querem deixar esse hábito.
Fontes: