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Como saber o tipo sanguíneo e compatibilidade para doação

dr.consulta - homem está doando sangue — uma das formas de saber o tipo sanguíneo

Saber o tipo sanguíneo é uma tarefa relativamente simples, ao mesmo tempo em que é muito importante para a saúde.

Isso porque essa informação pode ser essencial em emergências médica, doação de sangue e planejamento familiar — apesar disso, 40% dos brasileiros não sabem dar essa resposta.

Como é definida a tipagem sanguínea?

Antes de tudo é tudo, vale entender o que caracteriza cada grupo. O Guia do Cadastro Nacional de Sangue Raro, do Ministério da Saúde (MS) explica que o tipo sanguíneo é determinado pela presença ou ausência de certos antígenos na superfície das hemácias — células sanguíneas conhecidas como glóbulos vermelhos ou eritrócitos.

Os principais tipos sanguíneos são:

Qual o papel do Fator Rh?

Esse é o nome dado a uma proteína que também pode estar presente nos glóbulos vermelhos do sangue. Com isso, cada tipagem pode ser positiva (+) ou negativa (-), dependendo da presença ou ausência desse antígeno.

Dessa forma, existem oito possíveis classificações: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.

Maneiras de saber o tipo sanguíneo

Essa informação, tão importante, pode ser revelada de diferentes formas — mas sempre após análise laboratorial.

Exame de sangue

Neste método, um profissional de saúde coleta uma pequena amostra de sangue e realiza uma série de testes para determinar o tipo sanguíneo.

Sem nenhum preparo específico para realizar esse exame, é aconselhável, apenas, um jejum de 4 horas.

Vale ressaltar que não necessariamente você precisa fazer um novo teste para saber essa informação. Como é muito comum a solicitação de tipagem sanguínea em check-ups, confira exames de sangue anteriores para confirmar se já não tem esse dado.

Doação de sangue

Quando uma pessoa doa sangue, seu tipo sanguíneo é identificado para que seja possível destiná-lo a receptores confiáveis — essa informação geralmente é fornecida alguns dias após a doação.

Disponíveis para compra online ou em farmácias, existem também alguns testes que permitem descobrir o tipo sanguíneo em casa.

Os kits incluem um dispositivo de coleta de sangue e instruções detalhadas sobre como realizar o teste — vale ressaltar que essas soluções podem não identificar tipos sanguíneos raros.

O e A são os grupos sanguíneos mais comuns

De acordo com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, juntos, esses dois grupos abrangem 87% da população no Brasil.

Ainda segundo o órgão, a proporção no País seria de:

Por que é importante saber a tipagem sanguínea?

Ter esse dado sempre à mão é essencial numa emergência, por exemplo, facilitando o trabalho dos socorristas e preservando a vida do paciente, que numa eventual transfusão só pode receber tipos sanguíneos compatíveis.

Além disso, essa é uma informação que pode fazer a diferença em uma gestação. Se a mãe for Rh-negativa e o pai Rh-positivo, pode ocorrer a incompatibilidade Rh, que pode levar à doença hemolítica do recém-nascido, uma condição potencialmente grave.

Por isso, a testagem sanguínea é um dos exames obrigatórios de pré-natal, ajudando a identificar e tratar precocemente qualquer incompatibilidade.

O tipo sanguíneo também é determinante em exames de DNA. Durante a realização de testes de paternidade, por exemplo, conhecer os tipos sanguíneos dos envolvidos pode fornecer informações adicionais para a análise.

É possível incluir esse dado no documento?

Há uma dúvida comum sobre saber o tipo sanguíneo por Cadastro de Pessoa Física (CPF). A verdade é que, até então, não é possível ter essa informação nesse documento.

No entanto, a partir do momento que você sabe qual sua tipagem sanguínea, pode inseri-la no Registro geral (RG).

Para isso, é necessário apresentar documentos originais para comprovação, como exames médicos e carteiras de doação de sangue.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

O que saber sobre doação de sangue

O MS revela que somente 1,8% dos brasileiros são doadores frequentes, um número que está abaixo do padrão de 2% definido pela Organização Pan-Americana de Saúde.

Contudo, este percentual ainda está acima do mínimo de 1% recomendado pela Organização Mundial de Saúde para a doação regular de sangue pela população de um país.

Para sensibilizar pessoas em todo o mundo sobre a importância da doação de sangue para salvar vidas e melhorar a saúde de muitos pacientes foi criado, em 2005, pela Assembleia Mundial da Saúde, o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Celebrado anualmente em 14 de junho, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a necessidade de doações regulares e seguras de sangue e para agradecer aos doadores voluntários por seu ato altruísta.

Apesar da data, vale lembrar que esse ato pode ser feito em todos os dias do ano. Assim, para doar é preciso procurar as unidades de coleta de sangue, como os hemocentros, e checar se você atende aos requisitos.

Segundo o Ministério da Saúde e o Hemocentro de São Paulo, todas as pessoas entre 16 e 69 anos que pesem mais de 50 kg podem ser doadoras.

Os menores de 18 anos necessitam do consentimento formal do responsável e as pessoas entre 60 e 69 anos só poderão doar, se já o tiverem feito antes dos 60 anos.

A frequência de doação varia conforme o sexo. Mulheres podem repetir até 3 vezes no ano, respeitando o intervalo mínimo de 90 dias entre as doações. Já os homens, podem até 4 vezes no ano, respeitando o intervalo mínimo de 60 dias.

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É importante ressaltar que existem alguns fatores que impedem a doação temporária ou definitivamente. 

Impedimentos temporários:

Impedimentos definitivos: 

Compatibilidade entre os tipos sanguíneos

Em casos de doação eletiva, o mais indicado é que seja realizada com o mesmo tipo sanguíneo e fator RH entre doador e receptor. 

Porém, nos casos em que a transfusão se faz de maneira emergencial, é possível fazer o procedimento com tipos sanguíneos compatíveis.

Quem doa para quem?

Quem recebe de quem?

Sobre o Fator Rh, a regra é:

Ter conhecimento sobre a compatibilidade dos tipos sanguíneos é importante para garantir a segurança e a eficácia nas transfusões de sangue. Cada doação pode salvar vidas, e entender essas compatibilidades ajuda a tornar o processo mais eficiente e seguro.

Fontes:

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