Tipos de cirurgia de astigmatismo e quando ela é indicada

O astigmatismo é um erro refrativo que ocorre quando a córnea (camada transparente do olho) tem uma curvatura irregular. 

Em vez de ser perfeitamente arredondada, ela se assemelha a uma bola de futebol americano, o que torna enxergar com nitidez, tanto de perto quanto de longe, um desafio.

Somada à visão embaçada e à dificuldade para focar em objetos, é comum que as pessoas tenham dores de cabeça frequentes, fadiga visual e necessidade constante de apertar as pálpebras para ver melhor. 

Além do uso de óculos ou lentes de contato, uma alternativa para a correção do quadro é realizar uma operação.

Casos em que a cirurgia de astigmatismo é uma opção

O procedimento costuma ser indicado principalmente para pessoas que:

• têm astigmatismo moderado ou elevado e não desejam utilizar os acessórios ópticos;
• apresentam estabilidade do grau (sem alterações por pelo menos um ano);
• a espessura e o formato da córnea são adequados;
• outras condições oculares, como ceratocone ou infecções ativas, não sejam impedimentos existentes.

Uma avaliação detalhada com um oftalmologista é essencial para definir qual abordagem é a melhor para cada caso?.

Com o Cartão dr.consulta, é possível agendar atendimentos médicos e exames oftalmológicos a preços mais vantajosos. O benefício também inclui as Linhas de Cuidados, nas quais os pacientes recebem suporte multidisciplinar, tiram dúvidas e fazem consultas (on-line) gratuitas de enfermagem. 

Técnicas usadas na correção cirúrgica da condição

Atualmente, existem diferentes tipos de cirurgia de astigmatismo, a depender de fatores como características da região ocular, grau do erro refrativo e estilo de vida do paciente. Os principais métodos são:

LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis)

Trata-se de um dos mais conhecidos e populares, em que o médico cria uma pequena “tampa” (chamada de flap) na superfície da córnea, usando um equipamento de alta precisão. Depois, ele aplica o laser que reformula e corrige a curvatura.

Ao final, o flap é recolocado no lugar, funcionando como uma espécie de curativo natural?, explica um estudo publicado na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação.

Desconfortos mínimos são notados na reabilitação e a maioria dos pacientes volta às atividades habituais em poucos dias.

No entanto, pode não ser indicado para quem tem estruturas muito finas ou pratica esportes de contato de forma intensa, já que pode ser sensível a contusões.

PRK (Photorefractive Keratectomy)

Outra técnica eficiente e segura, apontada no mesmo artigo já citado, na qual remove-se a camada superficial para que o laser atue diretamente na remodelagem da área, sem precisar de um tampo.

Consequentemente, o pós-operatório do PRK é lento e com incômodos mais acentuados, porém, os resultados visuais são tão bons quanto os do LASIK.

É especialmente recomendado para pessoas com córneas mais afuniladas ou que têm maior risco de traumas nos olhos, como esportistas de alto impacto?.

SMILE (Small Incision Lenticule Extraction)

Alternativa mais recente, realizada a partir de uma pequena incisão que retira uma parte da estrutura em formato de disco (lentícula), preservando mais da superfície.

Apresenta vantagens como menor risco de ressecamento ocular e recuperação mais rápida, demonstra uma pesquisa publicada no periódico Lumen et Virtus que comparou os três métodos.

O SMILE pode ser a escolha ideal para quem deseja uma cirurgia minimamente invasiva e com menos chances de complicações. Porém, o paciente precisa estar ciente dos cuidados exigidos depois do procedimento.

O que esperar do pós-operatório

Tudo depende da abordagem utilizada e do organismo de cada um. No LASIK, por exemplo, a visão funcional costuma retornar em 24 a 48 horas. Já na PRK, esse tempo pode ser de uma a duas semanas, pois é necessário esperar a regeneração da camada removida?.

Porém, em todos os casos deve-se seguir algumas orientações básicas:

• evitar coçar os olhos;
• protegê-los da luz solar com óculos escuros;
• usar corretamente os colírios prescritos;
• não praticar esportes de contato ou nadar até a liberação médica.

Para garantir a boa evolução da operação e detectar qualquer intercorrência logo no início, o acompanhamento profissional é indispensável.

Independentemente da escolha, a cirurgia de astigmatismo mostra altos índices de satisfação e melhoria na qualidade de vida a longo prazo.

Fontes:

• Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação;
• Lumen et Virtus.