Com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer cervical é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.
O Ministério da Saúde (MS) também estima que, entre 2023 e 2025, 17 mil mulheres serão diagnosticadas com este tumor.
Por isso, é muito importante conhecer os fatores de risco, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento dessa doença. Neste post, o dr.consulta vai explicar o que você precisa saber sobre o câncer cervical e como se prevenir. Acompanhe!
O que é o câncer cervical?
O câncer cervical é o outro nome pelo qual é conhecido o câncer do colo do útero — que se desenvolve na parte inferior desse órgão.
É uma neoplasia maligna, ou seja, um tumor formado por uma massa anormal de tecido que ocorre quando as células do organismo se multiplicam desordenadamente.
Neste caso, as alterações ocorrem na cérvix que é a parte inferior do útero que se conecta à vagina. Quando afetada pelas células cancerígenas, essa região fica vulnerável aos agentes infecciosos.
HPV é a grande causa
O Papilomavírus Humano (HPV) é o que causa infecções genitais e o câncer cervical, nos casos mais graves.
Vale lembrar que esse vírus é sexualmente transmissível, portanto, uma forma de evitar o seu contágio é pelo uso de preservativos em todas as relações.
A vacina contra o HPV é outra recomendação de saúde básica e pode ser aplicada em meninas e meninos a partir de 9 anos — sendo necessárias 2 ou 3 doses, a depender da idade de início da vacinação.
A vacina HPV nonavalente está disponível no dr.consulta. Aprovada no Brasil desde março de 2023, ela protege contra 9 subtipos do HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 — sendo os 16 e 18 os mais comuns nos casos de câncer do colo do útero.
Ela aumenta a proteção contra o HPV em 90% para esse tipo de neoplasia. Já a quadrivalente, disponível na rede pública, protege em cerca de 70%.
Quais outros fatores de risco?
Alguns fatores podem aumentar as chances de desenvolver o câncer cervical, como:
- iniciar a vida sexual muito cedo ou ter múltiplos parceiros sexuais;
- fumar excessivamente (tabagismo);
- baixa imunidade;
- usar anticoncepcionais orais por longos períodos.
Levando em conta os fatores de risco e como se prevenir, lembre-se de tomar a vacina, fazer os exames preventivos, usar preservativos e evitar cigarros. Além disso, realizar exercícios físicos regularmente e ter uma alimentação equilibrada podem te ajudar a fortalecer o sistema imunológico.
Diagnóstico precoce salva vidas
Nem sempre existem sintomas imediatos, uma vez que o câncer pode demorar para se disseminar.
Por esse motivo, as consultas ginecológicas e os exames preventivos não devem ser adiados, afinal ajudam na identificação precoce.
O principal exame para detectar o câncer cervical é o papanicolau, que coleta células da superfície do colo do útero e analisa se há alguma alteração.
Ele deve ser realizado por todas as mulheres que já iniciaram sua vida sexualmente, anualmente, pelo menos, nos dois primeiros anos da primeira realização do procedimento. Após esse período, caso o resultado não apresente nenhuma patologia, o papanicolau pode ser feito a cada 3 anos.
Lembrando que, quando diagnosticado no início, as chances de cura do câncer cervical são maiores e os tratamentos são menos agressivos.
Quais são os sintomas do câncer cervical avançado?
Quando o câncer cervical já está em um estágio mais avançado, pode causar alguns sintomas como:
- sangramento vaginal anormal (fora do período menstrual ou após a menopausa e relações sexuais);
- corrimento vaginal com mau cheiro ou com sangue;
- dor pélvica ou durante as relações sexuais;
- inchaço nas pernas ou na região pélvica;
- perda de peso sem motivo aparente.
Ouça seu corpo e não normalize os sinais. Ao se sentir mal ou perceber alguns dos sintomas acima, procure ajuda de um médico de Ginecologia.
Como é o tratamento?
O tratamento do câncer cervical depende do estágio da doença, do tamanho e da localização do tumor, da idade da paciente e do desejo de ter filhos. As opções incluem:
- cirurgia: remoção do tumor e de parte ou todo o útero;
- radioterapia: uso de radiação para destruir as células cancerosas;
- quimioterapia: uso de medicamentos para combater o câncer.
Lembrando que o tratamento do câncer cervical deve ser escolhido em conjunto entre o médico e o paciente após discussão de riscos e benefícios de cada um.
Quem teve câncer de útero, pode engravidar?
Como mencionado, segundo o MS, o câncer cervical é o terceiro entre os que mais matam mulheres no País (atrás apenas do câncer de mama e do colorretal).
Além disso, como pode se espalhar por outros órgãos próximos ao colo do útero e pelo resto do corpo, ele pode levar a complicações mais sérias como infertilidade e metástase.
Pacientes que tiveram esse câncer podem engravidar, mas costumam ter mais dificuldades. É recomendado aguardar entre seis e doze meses após o encerramento do tratamento cirúrgico, por exemplo — esse é o tempo médio da cicatrização.
No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico, levando em conta fatores como a idade da paciente, o tipo e a extensão do tratamento realizado, a preservação dos ovários e do útero e a qualidade dos óvulos.
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Fontes: