Como cuidar de uma pele oleosa indo além da estética
A oleosidade da pele surge devido à produção excessiva de sebo (ou seja, gordura) pelas glândulas sebáceas, resultando em uma aparência brilhante e, frequentemente, na formação de cravos e espinhas.
Vale lembrar que algum nível de oleosidade na superfície é natural e esperado. Embora muitas pessoas associem esse tipo de ocorrência na pele apenas às questões estéticas, é importante compreender que o cuidado adequado vai muito além da aparência.
Portanto, hábitos consistentes na atenção com essa parte do corpo previne complicações dermatológicas ao longo do tempo.
Diferenciação dos principais tipos de pele
Para compreender melhor as características e cuidados com uma pele oleosa, é importante ter conhecimento dos diferentes tipos existentes, conforme classifica a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD):
- normal: mantém equilíbrio entre oleosidade e hidratação, sem excesso ou ressecamento, apresentando textura lisa, aveludada e com poros pouco visíveis;
- seca: tem baixa produção de gordura pelas glândulas sebáceas, conservando um aspecto opaco e com poros ainda menos visíveis, com maior risco de descamação e vermelhidão;
- oleosa: apresenta produção elevada de sebo, poros dilatados, aspecto brilhante e espesso, além de tendência ao surgimento de acnes, cravos e espinhas;
- mista: o tipo mais comum, que combina áreas oleosas (geralmente na testa, nariz e queixo) com regiões secas ou normais nas bochechas e extremidades.
A identificação correta do tipo de pele é o primeiro passo para estabelecer uma rotina de cuidados eficaz. A visita ao dermatologista faz toda a diferença, garantindo uma orientação personalizada.
Causas comuns da pele oleosa
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento e manutenção da oleosidade acentuada. Alguns dos mais relevantes são:
- predisposição genética, pois a tendência à produção excessiva de sebo pode ser herdada dos pais por conta do tamanho e nível de atividade das glândulas sebáceas;
- alterações hormonais, especialmente em fases como a puberdade, determinados momentos do ciclo menstrual, gravidez e menopausa desencadeiam flutuações nesses elementos;
- fatores ambientais, como temperaturas altas, umidade elevada e excesso de sol;
- uso de produtos inadequados, como aqueles com excesso de óleo na composição, que além disso, são capazes de obstruir os poros;
- alimentação desregrada, sobretudo quando há o consumo excessivo de alimentos com alta concentração de açúcar e de gordura;
- estresse, uma vez que a tensão permanente desarranja diversos mecanismos do organismo, inclusive aqueles relacionados ao controle de oleosidade da derme.
Consequências frequentes da oleosidade excessiva
Ao longo do tempo, a falta do controle da oleosidade pode gerar diversos incômodos. Os mais comuns envolvem:
- acne, queixa muito comum que aparece desde a forma de cravos até lesões inflamatórias mais graves como pápulas, pústulas e nódulos por conta da obstrução dos poros pelo excesso de sebo. Isso cria um ambiente propício para a inflamação devido à proliferação bacteriana.
- dermatite seborreica, conhecida popularmente como caspa, em que há descamação e coceira especialmente no couro cabeludo.
- foliculite, que surge quando os folículos da pele ficam inflamados devido ao acúmulo de resíduos e bactérias, resultando em pequenos caroços ao redor dos pelos.
- alterações na textura, incluindo dilatação dos poros permanente e espessamento da pele, especialmente em áreas de maior oleosidade.
Além disso, é sempre relevante considerar que o impacto psicológico dessas manifestações no organismo não deve ser subestimado.
Distúrbios dermatológicos podem afetar a autoestima e a confiança, interferindo no convívio social de pessoas de todas as faixas etárias.
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Principais cuidados com a pele oleosa
Quem convive com esse desconforto deve combinar a escolha de produtos adequados com uma série de iniciativas para limitar o impacto da oleosidade, como destaca mais uma vez a SBD. Para isso, as principais dicas são:
- limpeza adequada, realizada idealmente duas vezes ao dia (pela manhã e à noite) com produtos específicos, visando remover resíduos e impurezas;
- tonificação, com soluções adstringentes suaves (principalmente sem álcool) para fechar os poros excessivamente dilatados;
- hidratação: com loções com textura leve e sem óleo, capazes de hidratar a superfície não adicionando oleosidade extra;
- proteção solar, também sempre com recursos elaborados para a derme oleosa;
- esfoliação controlada periódica, preferencialmente conforme orientação profissional, contribuindo na renovação celular e na desobstrução dos poros.
É importante ressaltar que o efeito rebote é uma situação constante. Ele ocorre quando a remoção excessiva da oleosidade natural (mesmo apenas com lavagens) leva a pele a produzir ainda mais sebo, gerando o acúmulo de ainda mais brilho.
Diante de qualquer alteração mais significativa (como uma espinha, por exemplo), jamais se deve manipular a área afetada. Cutucar ou espremer lesões aumenta o risco de inflamações e infecções, bem como de manchas e cicatrizes, muitas vezes irreversíveis.
De todo modo, a implementação dessa rotina de cuidado requer paciência e consistência. Quando as dicas mais simples de atenção no cotidiano não surtem efeito, o especialista pode indicar tratamentos específicos com diferentes ativos e procedimentos.
É nas visitas ao consultório do dermatologista que se consegue avaliar a resposta da pele oleosa às intervenções, obter orientações personalizadas e tratar complicações específicas antes que evoluam para quadros mais graves.
Fontes:
[…] Fonte consultadaDr.Consulta. Acessado em Entrevistada em: dezembro, […]
[…] Fonte consultadaDr.Consulta. Acessado em Entrevistada em: dezembro, […]
[…] pele oleosa e escurecimento de áreas como pescoço e axilas; […]