Sopro no coração pode indicar alteração cardíaca. Entenda

Entre os sons que o coração produz ao pulsar, o chamado “sopro” é um dos que mais despertam dúvidas. Apesar do nome sugestivo, está associado diretamente ao trajeto sanguíneo pelas estruturas da região.
Considerado um achado clínico comum que, na maioria das vezes, não representa risco, pode também indicar alterações que precisam de monitoramento.
Sopro se relaciona com o funcionamento do sistema cardíaco
Esse órgão muscular tão vital para o organismo é dividido em quatro câmaras: dois átrios (superiores) e dois ventrículos (inferiores).
A circulação acontece de maneira ordenada entre esses espaços, passando por válvulas — chamadas mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar. Elas garantem que o fluxo siga em apenas uma direção, abrindo e fechando a cada batimento e criando os barulhos clássicos.
É essa sequência que permite que o sangue rico em oxigênio chegue aos tecidos do corpo e o restante seja enviado aos pulmões para se renovar.
Qualquer modificação nesse caminho, seja por situações transitórias ou enfermidades mais complexas, é o que gera ruídos diferentes que lembram um assobio ou um “chiado” suave.
Geralmente, é identificado na ausculta com estetoscópio em avaliações de rotina, nas quais um especialista analisa características como intensidade, duração, localização e o momento do ciclo cardíaco em que ele ocorre, que pode ser:
- durante a contração;
- no relaxamento;
- de forma contínua.
Nesse cenário, o Cartão dr.consulta é uma alternativa que amplia o acesso à saúde com qualidade, conectando o paciente a uma trilha personalizada de cuidados, com acompanhamento periódico, consultas e exames a preços vantajosos.
Situações benignas e graves em que o sopro surge
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), boa parte dos sopros no coração são inocentes ou funcionais, principalmente em crianças entre três e sete anos. Aparecem mesmo que a estrutura esteja normal e sem qualquer disfunção, bem como tendem a desaparecer com o crescimento.
De qualquer forma, esse sistema do organismo dos pequenos deve sempre ser averiguado por um cardiopediatra.
Estados de aumento do fluxo sanguíneo também favorecem seu desenvolvimento, como febres, gravidez, exercícios vigorosos ou anemia. Nesses contextos, ele tende a sumir assim que a origem é controlada.
Por outro lado, o quadro também pode ser consequência de variações anatômicas ou funcionais. Isso inclui:
- válvulas com abertura reduzida (estenose), pois dificultam a passagem do sangue, exigindo mais esforço;
- vazamentos valvares (regurgitação), uma vez que permitem que o líquido volte para a câmara anterior, em vez de seguir seu movimento;
- aberturas entre os compartimentos (defeitos septais), presentes desde o nascimento, que facilitam um curso indevido entre os lados direito e esquerdo;
- persistência do canal arterial, que deveria se fechar sozinho nos primeiros dias de vida, mas, quando aberto, modifica a circulação.
- outras alterações congênitas ou adquiridas, como hipertrofias ou tumores benignos.
Cada uma dessas condições gera um tipo específico de som, com características próprias que ajudam o especialista a levantar hipóteses diagnósticas mesmo antes de solicitar exames adicionais.

Também é fundamental esclarecer que o estresse emocional intenso ou episódios frequentes de nervosismo podem agravar sintomas. Por isso, o ideal é manter práticas que favoreçam o equilíbrio emocional.
10 sinais que acompanham o sopro no coração
Embora casos mais simples não provoquem manifestações, os relacionados a irregularidades estruturais muitas vezes acabam ocasionando:
- lábios e extremidades azuladas;
- cansaço excessivo ou falta de ar;
- tontura ou desmaios;
- inchaço no fígado ou nas pernas;
- suor excessivo sem causa aparente;
- dificuldade no ganho de peso em bebês;
- dor torácica;
- apetite reduzido;
- tosse persistente;
- veias do pescoço dilatadas.
A presença de um ou mais desses sinais indica a necessidade de uma investigação mais aprofundada.
Como é feito o diagnóstico?

Uma avaliação clínica com ausculta é o primeiro passo para a identificação do sopro no coração. Dependendo da suspeita, alguns testes complementares são solicitados:
Eletrocardiograma (ECG)
Registra a atividade elétrica e mostra se há sobrecarga nas câmaras cardíacas ou mudanças no ritmo que justifiquem o quadro.
Radiografia de tórax
Ajuda a visualizar o tamanho e o formato do órgão, bem como permite a análise dos pulmões.
Ecocardiograma
Utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do sistema cardiovascular, revelando anomalias nas válvulas, câmaras e fluxos. O ecocardiograma com doppler é outra opção para saber a direção e a velocidade do sangue.
Manter o acompanhamento com o profissional responsável, bem como realizar check-ups cardiológicos, é recomendado para detectar mudanças na intensidade, no padrão do som ou o surgimento de sintomas, evitando agravamentos e complicações.
Também vale reforçar que adotar cuidados gerais com a saúde, como ter uma alimentação equilibrada, deixar o sedentarismo de lado e controlar fatores de risco, conforme orienta o Ministério da Saúde, contribui para o bom funcionamento da circulação como um todo.
Fontes:
Meu bebê tem dois anos e oito meses, tem sopro desde o nascimento, faz acompanhamento com cardiologista, agora de um em um ano, ele entre no grupo de risco do covid 19, estou em casa com ele, mas meu marido ainda está indo trabalhar, qual a postura que vcs nos indicam a tomar em nossa casa? Estou bem preocupada.
Quem tem sopro com esse covid19
Pode ser muito arriscado quem pegar ?
Quem tem sopro no coração e arriscado com o covid19 ?
Minha filha tem sopro cardíaco, ela estaria com algum risco a mais se fosse infectada pelo covid-19?
[…] contexto, alterações cardíacas podem levar a condições graves, como infartos, insuficiência e acidentes vasculares cerebrais […]
[…] radiografias de tórax e ecocardiograma, para investigar deficiências na estrutura e no funcionamento do […]