Sintomas do Parkinson vão além dos tremores. Entenda
No Brasil, aproximadamente 200 mil indivíduos convivem com a condição, conforme publicado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o que representa um desafio crescente à saúde pública. Estima-se que, em escala global, cerca de 4 milhões de pessoas sejam afetadas, evidenciando o impacto ao redor do mundo.
Os sintomas do Parkinson podem envolver diferentes aspectos, por isso, compreendê-los é essencial para saber quando buscar acompanhamento especializado e preservar a qualidade de vida.
Origem dos sintomas do Parkinson
A enfermidade está relacionada à perda progressiva de neurônios na substância negra, região cerebral responsável pela produção de dopamina. O neurotransmissor regula a movimentação voluntária e influencia na motivação e no prazer.
Conforme publicado no National Institutes of Health (NIH), estudos mostram que os indícios só aparecem quando há redução de 60% a 80% dessas células. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que eles se intensificam ao longo do tempo.
Quando o corpo dá os primeiros sinais
As alterações motoras são as mais conhecidas e, muitas vezes, as primeiras a chamar atenção. Costumam iniciar em um lado e evoluem gradualmente. São elas:
Tremor em repouso
Um dos sinais mais típicos, sobretudo nas mãos. Também pode atingir pés, queixo ou cabeça. Conforme o NIH, ele desaparece durante o sono e tende a se atenuar em movimentos intencionais.
Rigidez muscular
Compromete articulações e músculos, resultando em dor e dificuldade para mover braços e pernas. A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas ressalta que pode surgir mesmo quando a pessoa está em repouso, prejudicando desde tarefas básicas até a expressão facial.
Quando acontece, um especialista pode avaliar sua intensidade e encaminhar o paciente para a fisioterapia – abordagem que favorece a mobilidade e o alívio das dores.
Lentidão de movimentos (bradicinesia)
Segundo o National Health Service (NHS), esse é um dos indicadores mais incapacitantes. Atividades simples, como se vestir ou cozinhar, tornam-se mais demoradas, impactando diretamente a independência.
Alterações no equilíbrio e na postura
A “marcha parkinsoniana” caracteriza-se por passos curtos, corpo inclinado para frente e redução do balanço dos braços. Além disso, a instabilidade postural leva a quedas frequentes.

Os sinais invisíveis
Nem todos os sintomas do Parkinson estão ligados ao movimento. Em muitos casos, as manifestações não motoras surgem anos antes e estão presentes em 40% a 60% das pessoas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas. Por isso, não devem ser negligenciadas.
Distúrbios do sono
É comum não conseguir manter o sono à noite, sentir-se agitado, ter pesadelos e sonolência repentina durante o dia. O NIH também descreve a possibilidade de transtorno comportamental do sono REM, no qual o indivíduo se mexe como se estivesse vivendo o sonho.
Disfunções emocionais
Quadros como depressão, ansiedade e apatia, por exemplo, podem estar relacionados à condição. Muitas vezes eles aparecem precocemente e afetam a vida social e familiar. Nesse contexto, o acompanhamento psicológico é indicado para garantir o bem-estar.
Alterações cognitivas
A falta de memória, a lentidão de raciocínio e a dificuldade de planejamento caracterizam impacto cognitivo leve. No entanto, em estágios mais avançados, a demência associada à patologia prejudica a atenção, a linguagem e o comportamento.
Recomenda-se a avaliação profissional do grau das mudanças para orientações adequadas que auxiliam na preservação das funções mentais.
Irregularidades gastrointestinais e urinárias
Constipação e necessidade frequente de urinar durante a noite são sinais iniciais comuns, pois estão relacionados ao prejuízo do sistema nervoso autônomo.
Quando o aparelho digestivo é acometido, o atendimento médico gastrointestinal pode ajudar no controle das manifestações e na melhora da qualidade de vida.
Anormalidades sensoriais e outros sinais
Perda do olfato, suor excessivo, pele oleosa ou seca, dor musculoesquelética e fadiga persistente também fazem parte do quadro clínico.
Assim, ter acesso a um cuidado contínuo é uma forma de tornar o monitoramento mais viável. O Cartão dr.consulta oferece preços diferenciados em consultas com especialistas e exames, garantindo conveniência e amparo em cada fase do tratamento.

Como lidar com os sintomas do Parkinson
O acompanhamento com o neurologista é crucial para checar a evolução dos sintomas do Parkinson e ajustar medicações e terapias de manejo.
No entanto, cuidar da saúde vai além dos remédios. Algumas práticas complementares podem reduzir limitações no dia a dia:
- fisioterapia, pois contribui para o equilíbrio e a coordenação;
- exercícios físicos, como caminhada, alongamento e até dança, uma vez que diminuem a rigidez e a lentidão;
- adaptações no ambiente para evitar quedas, a exemplo da colocação de corrimões e de tapetes antiderrapantes.
Por fim, vale ressaltar que o suporte social e familiar também é fundamental para o bem-estar. Viver com Parkinson envolve desafios, mas com tratamento contínuo e o acolhimento das redes de apoio é possível preservar a autonomia e a qualidade de vida.
Fontes:
[…] certos casos, o quadro surge após lesões cerebrais ou condições neurológicas, como o Parkinson ou […]