Para medir o nível de densidade dos ossos é preciso fazer o exame que tem essa finalidade: a densitometria óssea. É a partir dele que se pode compreender quão forte e resistente é a estrutura que basicamente sustenta todo o corpo.
Diante da falta de cálcio e quando mais enfraquecidos, os ossos ficam também mais suscetíveis a doenças e fraturas.
Exame de densitometria óssea
O exame de densitometria óssea (DEXA) serve para o diagnóstico visual que avalia a densidade mineral óssea (DMO), pela quantidade de massa presente nos ossos em cada região. Entre as áreas comuns estão a coluna lombar e o fêmur. Também são investigas outras regiões em que o grau de fratura é maior.
Funciona assim: se a área examinada tem uma quantidade de massa óssea existente, isso significa que está normal. Esse indicador é balizado por um desvio-padrão (DP), portanto, o valor varia para cima ou para baixo.
Classificação
Na medição do exame, a massa óssea é descrita em valor absoluto (em g/cm2), T-score e Z-score e é isso que determina a classificação:
- normal: quando T-score > – 1 DP;
- osteopenia: quando -1 > T-score > – 2,5 DP;
- osteoporose: quando o T-score ? – 2,5 DP;
- osteoporose estabelecida: quando o T-score ? – 2,5 DP e existe pelo menos 1 fratura por fragilidade óssea.
Importante: a interpretação dos resultados dos exames deve ser sempre realizada por um profissional de saúde. Consulte o médico que fez a indicação ou agende sua consulta com um clínico geral que pode encaminhar para o especialista:
Como as imagens ósseas são captadas
A densitometria óssea é um exame de imagem indolor e não invasivo, realizado em poucos minutos. O paciente é deitado confortavelmente em um equipamento (o densitômetro) que faz a dupla emissão de raio-x, porém, com menor radiação.
Durante o procedimento, que dura cerca de 20 minutos, em média, é necessário ficar imóvel para não interferir na averiguação. Ao fim, com o uso de um software específico, é gerado um gráfico, a partir das imagens.
Quem deve fazer o exame
Conforme assegura a Organização Mundial da Saúde (OMS) enquadram-se no grupo de pessoas que devem fazer a densitometria óssea:
- mulheres com 65 anos ou mais e homens com 70 anos ou mais;
- mulheres com mais de 50 anos que apresentem fatores de risco para fratura como: falta de vitamina D, doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn ou que mantenham hábitos relacionados ao tabagismo, sedentarismo e alcoolismo;
- pessoas acima de 50 anos que tenham fraturas;
- adultos com artrite reumatoide, lúpus e espondilite anquilosante;
- adultos que fazem uso de medicamentos contínuos (como os corticoides) e que podem causar a perda da massa óssea;
- mulheres em menopausa que necessitam de avaliação para suspensão ou não da terapia hormonal.
Além desses casos, o exame também pode ser solicitado como uma radiografia simples para a comprovação ou prevenção da osteoporose.
O mesmo exame é contraindicado para pessoas gestantes ou acima de 120 quilos. No entanto, para não descuidar da saúde, essas devem visitar constantemente o médico responsável pelo seu acompanhamento e manter a agenda de exames prioritários.
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Como ocorre a perda de massa dos ossos?
Ao longo da vida, o corpo vai se modificando naturalmente para comportar a estrutura correspondente a idade. Normalmente, o pico de massa óssea ocorre entre os 25 e 30 anos, então, acima dessa faixa etária é possível observar uma queda gradativa. No caso das mulheres, a perda de massa óssea é mais acelerada do que em homens.
Fatores genéticos, hormonais e o diagnóstico de doenças aceleram esse processo e as suas consequências. Quando não existem cálcio e proteínas suficientes, os ossos ficam mais frágeis e, com isso, o risco de fraturas aumenta. Portanto, saber a densitometria óssea é essencial para manter uma boa saúde dos ossos.
Quais doenças podem ser diagnosticadas a partir da densitometria óssea?
A realização da densitometria da coluna e do antebraço permitem prevenir e diagnosticar precocemente as chamadas doenças dos ossos, sendo a mais frequente a osteoporose.
Uma estatística divulgada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), afirma que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade superior a 50 anos, devem ter alguma fratura nesse sentido ao longo da vida – o que reforça a necessidade do diagnóstico antecipado e desses cuidados, que começam com uma boa alimentação rica em cálcio e com a prática de atividades físicas e passam pela rotina de acompanhamento de saúde.
Fontes: