O que fazer para prevenir a dor no estômago
Quem nunca sentiu aquela dor no estômago? Seja uma pontada leve ou uma cólica mais intensa, essa sensação desconfortável na região abdominal pode impactar negativamente o dia de qualquer pessoa.
Entender o que faz com que essa condição apareça ou se repita, esclarece inúmeras dúvidas e pode evitar que ocorra novamente ou ainda auxiliar no diagnóstico correto. Lembre-se: a atenção com a saúde precisa ser diária.
As 7 principais causas da dor de estômago
A dor no estômago, incômoda e muitas vezes debilitante, não aparece apenas após uma refeição pesada ou um “deslize” alimentar.
Esse sintoma, que pode variar de um desconforto leve a uma dor intensa, possui várias causas, indo desde condições temporárias e facilmente tratáveis, até quadros mais sérios – que requerem atenção médica. Na lista desses causadores está, geralmente:
- alergias e intolerâncias alimentares: pessoas com intolerância à lactose, glúten ou outras substâncias tendem a ter inflamações diversas no trato digestivo;
- ansiedade e estresse: o estresse emocional pode se manifestar em dor ou desconforto estomacal;
- infecções gastrointestinais: vírus, bactérias e parasitas inflamam o trato digestivo, provocando o mal-estar;
- gastrite: inflamação do revestimento do estômago, muitas vezes causada pelo uso excessivo de álcool, medicamentos como anti-inflamatórios ou pela bactéria Helicobacter pylori (ou H.pylori);
- má digestão: em função do consumo exagerado de alimentos gordurosos, muito ácidos ou picantes;
- refluxo gastroesofágico: ocorre quando o ácido do estômago volta para o esôfago, causando uma sensação de queimação e dor abdominal;
- úlcera péptica: as feridas no revestimento do estômago ou intestino delgado, geralmente relacionadas à infecção por H.pylori ou maior uso de medicamentos anti-inflamatórios, podem consequentemente causar essa dor.
Se a “dorzinha” é passageira, com um bom antiácido para tratar a azia e o refluxo ao neutralizar o ácido estomacal, é resolvida. Vale lembrar que todo medicamento deve ser prescrito por um profissional de saúde. A automedicação é muito prejudicial.
Agora, quando é frequente, precisa ser avaliada com mais cautela, a começar pelos demais sintomas que a acompanham.
Quais são os sintomas associados?
Para uma avaliação inicial efetiva, o gastroenterologista, especialista responsável pelo aparelho digestivo, irá questionar sobre os sintomas pares, com a intenção de identificar a causa raiz e indicar o tratamento mais adequado.
Os sintomas associados podem incluir:
- azia: aquela queimação típica do refluxo;
- diarreia ou constipação: dois dos sinais de distúrbios digestivos como a síndrome do intestino irritável (SII);
- fezes escuras ou com sangue: forte indicativo de úlceras ou hemorragias no trato gastrointestinal;
- inchaço abdominal: ocorre devido a gases ou retenção de líquidos;
- náuseas e vômitos: podem indicar infecções ou intolerâncias alimentares;
- perda de apetite: em certos casos mais severos, como o das úlceras, os pacientes podem ter aversão aos alimentos.
Dependendo do quadro, o gastro pode solicitar exames complementares como a endoscopia, a manometria esofágica de alta resolução ou a colonoscopia.
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O que fazer para evitar a dor no estômago
A prevenção das dores de estômago envolve basicamente: mudanças na alimentação e no estilo de vida. Portanto, rever os hábitos passa a ser um critério, para quem não quer mais passar por isso.
Novas rotinas e cardápio alimentar
Adotar uma alimentação balanceada
As pessoas que têm essa queixa devem, sempre que possível, evitar alimentos ricos em gordura, frituras, alimentos muito condimentados ou ácidos. Em substituição precisam consumir mais frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.
Comer em pequenas porções
Outra recomendação dada pelos nutricionistas é comer porções menores. Ao comer grandes quantidades, de uma única vez, o estômago fica mais sobrecarregado – o que pode levar a má digestão e a sensação ruim de queimação.
Evitar comer muito tarde
Comer antes de dormir faz mal porque eleva o risco do refluxo, de doenças cardíacas e da obesidade. Idealmente, o melhor a ser feito é definir horários para as refeições, evitar “assaltar a geladeira” fora de horário e comer alimentos mais leves.
Manter a hidratação
O fato de beber bastante água ajuda também na digestão ao prevenir a constipação – que gera a dor abdominal desagradável.
Reduzir o consumo do álcool e a cafeína
Ambos podem irritar o revestimento do estômago e agravar os sintomas de gastrite e úlceras. A gastrite aguda é um dos efeitos do consumo excessivo do álcool.
Vida mais saudável
Controlar o estresse
As técnicas de relaxamento como meditação, respiração profunda ou mindfulness, assim como psicoterapia, são maneiras efetivas de desestressar e diminuir as dores no estômago, além de contribuir para o bem-estar em geral.
Praticar exercícios físicos
Além de estimular a digestão, a prática de exercícios físicos auxilia no controle do peso, melhora a prisão de ventre e o chamado “trânsito intestinal”, ou seja, o fluxo necessário.
“Cortar” os cigarros
O fumo agrava os quadros digestivos como os do refluxo e das úlceras gástricas.
Quando procurar ajuda médica?
Adiante a consulta com o gastroenterologista se não melhorar. A procura pelo gastroenterologista ou a um serviço de pronto atendimento passa a ser mais urgente quando:
- a dor é muito forte e persiste por mais dias;
- o paciente tiver febre sem explicação aparente;
- o vômito vir acompanhado de sangue;
- as fezes forem mais escuras ou tiverem rastros de sangue;
- existir perda de peso repentina;
- houver sinais claros da desidratação, como urina escura ou ausência da urina, ou suspeitas que indiquem o quadro.
Fontes: