Atualmente, mais de 20 milhões de brasileiros convivem com o distúrbio metabólico, informa a Sociedade Brasileira de Diabetes. Diante desse cenário, a comunidade científica se preocupa com possíveis consequências negativas que a hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) pode gerar ao corpo.
De maneira geral, as complicações da diabetes aparecem quando o tratamento não é feito da maneira adequada. Por isso, é essencial a atenção e a adoção de práticas que contribuam para o controle efetivo da glicemia.
No conteúdo a seguir, é explicado de que forma os níveis altos de açúcar no sangue impactam o funcionamento do corpo e quais estratégias são importantes para a prevenção desses prejuízos.
A relação entre hiperglicemia e complicações da diabetes
Para que o corpo funcione corretamente, é necessário energia. Com a ajuda da insulina, a glicose presente em alimentos é captada pelas células e utilizada como “combustível” para que o organismo desempenhe suas funções.
Quando esse mecanismo apresenta falhas – seja pela falta ou pela dificuldade de uso da insulina – as taxas de açúcar no sangue ficam altas, caracterizando a hiperglicemia.
Esse quadro causa preocupação, pois, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, ele desencadeia processos que danificam os rins, os olhos, o coração, o sistema nervoso e outras estruturas do corpo.
Confira 11 complicações da diabetes
De acordo com o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, existem, pelo menos, onze quadros de saúde cuja ocorrência é potencializada pelo distúrbio metabólico. São eles:
- neuropatia diabética: danos causados pela glicemia elevada nos nervos periféricos;
- pé diabético: ocorre quando a hiperglicemia dificulta a percepção e cicatrização de feridas nos membros inferiores;
- pele sensível: secura, coceira, rachaduras e infecções são alguns dos sinais manifestados;
- retinopatia diabética: complicação na vascularização e na irrigação sanguínea da retina, o que prejudica a visão e pode levar à cegueira;
- glaucoma: pressão elevada dos olhos, gerando um acúmulo de material no globo ocular e a consequente perda da visão;
- catarata: quando o cristalino (lente transparente do olho) se torna opaco, a luz deixa de entrar e a visão é prejudicada;
- ansiedade e depressão: a saúde mental do paciente é afetada, especialmente após o diagnóstico e a nova perspectiva de saúde;
- disfunção sexual e de ejaculação: tanto homens quanto mulheres sentem a libido menor. Além disso, no caso delas, existe a possibilidade de secura vaginal e desconfortos no sexo;
- cetoacidose diabética: quando o corpo não consegue usar a glicose como fonte de energia, a gordura a substitui em um processo que pode causar alterações do pH sanguíneo. É considerada uma emergência médica e pode levar ao coma e até ao óbito do paciente;
- complicações renais: ocorre quando a hiperglicemia leva ao comprometimento do mecanismo de filtragem de substâncias pelos rins, além de favorecer infecções do trato urinário. Dependendo da gravidade do quadro, pode evoluir para uma falência renal;
- complicações cardiovasculares: as chances de infarto, aneurismas e acidente vascular cerebral (AVC) ficam maiores em pacientes com diabetes.
Prevenção de complicações exige controle glicêmico e hábitos saudáveis
De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, a melhor forma de prevenir complicações da diabetes é estar atento ao tratamento do distúrbio metabólico e evitar hábitos prejudiciais ao corpo.
Isso significa monitorar e manter os níveis de glicose dentro dos parâmetros esperados – entre 70mg/dL e 99mg/dL, na glicemia em jejum.
A medição também pode ser feita em casa com o glicosímetro ou com os sensores intersticiais (espécie de adesivos fixados à pele que medem a glicose nos fluidos intersticiais – solução presente nas células do organismo).
Além do monitoramento, é importante manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o sobrepeso e a obesidade, o tabagismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas.
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Fontes: