Dilatação na artéria? Conheça e entenda o aneurisma cerebral
Nosso assunto de hoje é o aneurisma cerebral. Mas, antes de definir o que é, quais as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento, que tal falarmos um pouco sobre o aneurisma no geral?
Isso porque, um aneurisma é a dilatação anormal e permanente da parede de uma artéria ou veia, causada por um defeito ou enfraquecimento dessas estruturas.
Assim, o aneurisma é um tanto quanto imprevisível. Afinal, ele pode se romper e causar hemorragia ou pode permanecer a vida toda sem estourar.
Além disso, ele pode ocorrer em diferentes artérias do corpo, como as do cérebro, da aorta torácica e abdominal. No entanto, dentre os aneurismas que merecem maior atenção está o aneurisma cerebral, que pode ser fatal.
De acordo com dados populacionais de estudos científicos, estima-se que entre 2% a 4% da população mundial é vítima de aneurisma cerebral.
Só no Brasil são cerca de 2 milhões de casos por ano e, segundo o Centro Nacional de Informações do Registro Civil, em 2021, ocorreram 84.426 óbitos.
Quer entender melhor sobre esse problema? Então continue a leitura!
O que é aneurisma cerebral?
Aneurisma cerebral é a dilatação que se forma na parede de uma artéria do cérebro. É como se fosse uma bolha na parede de uma câmara de ar de carro ou na mangueira de regar o jardim.
Assim, a parede da artéria, que já está enfraquecida ou com alguma alteração, não suporta a pressão normal do sangue e forma uma espécie de bolha que vai crescendo devagar e progressivamente. Quando isso acontece, a parede da artéria fica fina e fragilizada e podendo comprimir outras áreas do cérebro ou romper, causando hemorragia.
A causa para o desenvolvimento de uma aneurisma cerebral é o enfraquecimento de uma região da parede de uma artéria ou de um vaso sanguíneo. Desse modo, esse enfraquecimento pode estar presente desde o nascimento ou pode se desenvolver mais tarde.
Por exemplo, após a lesão de um vaso sanguíneo ou artéria, infecções bucais e sanguíneas, hipertensão não controlada por medicamentos, traumatismos e aterosclerose.
As síndromes de Marfan e de Ehlers Danlos (doenças que afetam o tecido conjuntivo) também aumentam as chances de formação de aneurismas cerebrais.
Além dessas possíveis causas, algumas doenças presentes no nascimento podem aumentar a tendência para desenvolvimento de uma aneurisma. Como doença dos ovários policísticos, estreitamento da aorta ou malformação cerebral.
Por fim, hábitos e vícios como tabagismo, uso de drogas, especialmente a cocaína e consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumentam a chance de desenvolver um aneurisma cerebral.
É importante ressaltar que o aneurisma cerebral é uma doença grave, e somente dois terços dos pacientes sobrevivem. Desses, a metade fica com sequelas importantes que comprometem a qualidade de vida.
O aneurisma cerebral é uma das principais causas do AVC (Acidente Vascular Cerebral), por isso, todo cuidado é válido.
Descobrindo um aneurisma cerebral
Ter suspeitas sobre um possível aneurisma cerebral é um momento muito delicado e nada fácil para o paciente e para a sua família. Isso porque, nesse momento, diversos questionamentos surgem em torno de um diagnóstico final.
Por isso, conheça a seguir todos os sintomas de um aneurisma cerebral, e como é realizado o diagnóstico definitivo.
Sintomas
Quando o aneurisma cerebral é pequeno, geralmente é assintomático e, muitas vezes, é identificado acidentalmente em exames de imagem da cabeça ou quando se rompe. Porém, em alguns casos, mesmo quando pequenos, os aneurismas cerebrais podem causar: dor constante atrás do olho, pupilas dilatadas, visão dupla ou formigamento no rosto.
À medida que o aneurisma cerebral cresce, ele tende a comprimir outras áreas do cérebro e é nesse momento que podem aparecer sintomas que diferem conforme a área do cérebro afetada.
No entanto, a percepção mais evidente dos aneurismas se dá pela sua ruptura seguida de hemorragia. Sendo assim, podemos concluir que os sintomas estão diretamente relacionados ao tamanho e à localização do aneurisma, se ele se rompeu e à extensão do sangramento.
Entre os sintomas mais comuns estão:
- Dor de cabeça intensa, que aparece de repente, e vai piorando;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Pescoço duro;
- Visão dupla;
- Convulsões;
- Confusão mental;
- Fotofobia;
- Perda de consciência.
Diagnóstico
Um exame ocular pode identificar inchaço do nervo óptico ou sangramento na retina, que mostram que a pressão está elevada no cérebro. Já um exame neurológico pode identificar movimento anormal dos olhos, problemas na fala, na força e na sensibilidade.
Geralmente, para confirmar o diagnóstico de aneurisma cerebral, o médico pedirá exames de imagens, como tomografia ou ressonância magnética para avaliar as estruturas do cérebro e verificar se existe alguma dilatação nos vasos sanguíneos e a presença de um aneurisma cerebral.
Assim, os exames abaixo podem servir para diagnosticar o aneurisma cerebral e a causa do sangramento no cérebro:
- Tomografia Computadorizada da Cabeça;
- Ressonância Magnética da Cabeça;
- Angiografia cerebral;
- Angiografia por tomografia computadorizada espiral da cabeça (que revela a localização e o tamanho do aneurisma).
O ideal é que o aneurisma cerebral seja diagnosticado antes do rompimento. Porém, isso nem sempre é possível porque essa avaliação não está incluída na rotina dos check-ups.
Pós-diagnóstico: o que fazer?
Ao descobrir um aneurisma cerebral, o médico especialista é quem vai dizer se há ou não a necessidade de tratar esse aneurisma, pois existem critérios para isso. Isso porque, nem todos os aneurismas têm hemorragia, por exemplo.
Portanto, nem todos têm necessidade de tratamento. Para tratar um aneurisma, o especialista leva em consideração o tamanho dele, se ele está ou não rompido e o histórico de saúde do paciente.
Dessa forma, se o aneurisma não está rompido, geralmente, a cirurgia é descartada, uma vez que o risco de ele se romper durante o procedimento cirúrgico é elevado. Porém, se ele já se rompeu, deve ser feita a cirurgia para fechar o aneurisma.
A cirurgia também é indicada para aneurismas iguais ou maiores de 5 mm e quando as condições do paciente não oferecem nenhum risco adicional, além do da própria doença.
Assim, o procedimento cirúrgico pode ser feito de forma aberta ou por via endovascular.
No primeiro caso, uma janelinha é aberta no crânio para que se tenha acesso à área afetada. Por meio de instrumentos especializados, o aneurisma é fechado por um clipe metálico, por isso esse método recebeu o nome de clipagem.
No segundo caso, via endovascular, um micro cateter é introduzido pela virilha e guiado até o aneurisma. Um dispositivo, geralmente formado por pequenas molas de platina, é conduzido até o aneurisma, que se enrolam no seu interior e formam um coágulo que impede o sangramento. Esse procedimento cirúrgico é chamado de embolização.
Para os casos em que a cirurgia não é necessária, é feito um acompanhamento regular para avaliar o tamanho da dilatação, garantindo que o aneurisma não está aumentando.
Dessa forma, alguns medicamentos, como analgésicos, podem ser prescritos para aliviar os sintomas, como a dor de cabeça, ou remédio para controlar o surgimento de convulsões, se esse for o caso.
Tendo em vista que o paciente não cirúrgico necessita adotar um estilo de vida regrado e rigoroso, com controle da pressão arterial, longe do tabaco e sem muito esforço físico.
Após um aneurisma cerebral, a pessoa pode não apresentar sequelas. Porém, é bastante comum casos onde o aneurisma deixa alterações neurológicas semelhantes a de um AVC, como diminuição de força motora para levantar um braço, por exemplo, dificuldade para falar ou lentidão no pensamento.
Diagnóstico negativo: evitando um futuro aneurisma
Você apresentou alguns sintomas que poderiam ser os de um aneurisma cerebral, mas não era. Que bom!
Então, listamos agora algumas dicas de como se manter saudável e evitar os fatores de riscos que possam levar a formação de um aneurisma cerebral.
Apesar de não existir uma forma conhecida para se evitar a formação de um aneurisma cerebral, é preciso sempre manter a atenção ao risco familiar e o controle clínico por profissional especializado.
Além disso, algumas boas práticas podem reduzir as chances para o desenvolvimento de um futuro aneurisma cerebral. Por isso, acompanhe as dicas que preparamos para você.
Controle da pressão arterial
A hipertensão é o fator de risco mais comum para o aneurisma cerebral. Seu controle é imprescindível e você deve:
- Manter um peso ideal;
- Adotar uma alimentação saudável;
- Fazer exercícios físicos regularmente;
- Não fumar;
- Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas;
- Controlar o estresse;
- Não parar ou mudar seu tratamento sem orientação médica
Faça exercícios físicos regulares
A prática de exercícios físicos regularmente traz inúmeros benefícios à saúde, pois aumenta a capacidade cardiorrespiratória. Bem como fortalece os músculos e ossos, melhora a qualidade do sono e aumenta a sensação de bem-estar.
Além disso, exercícios físicos regulares podem reduzir a pressão arterial e os triglicerídeos, aumentar o colesterol bom (HDL) e, combinado a uma dieta saudável, ajudar a perder peso.
Alimentação balanceada, sem excessos de sal, açúcar e gorduras
A alimentação rica em sal, açúcar e gorduras provoca a hipertensão, aumenta o colesterol ruim (LDL), aterosclerose (depósito de gordura que obstruem as artérias) e a obesidade, todos fatores de risco determinantes de aneurismas.
Por isso, a mudança dos hábitos alimentares pode prevenir a formação de diferentes aneurismas. Veja as dicas para essa mudança:
- Troque os alimentos industrializados por alimentos frescos;
- Reduza o consumo de carne vermelha;
- Coma mais legumes e verduras;
- Evite o consumo de frituras e fast foods;
- Opte pelos grãos integrais;
- Evite bebidas adoçadas com açúcar, incluindo refrigerantes, sucos de frutas e bebidas energéticas.
Não fume
Fumar é um risco significativo para o desenvolvimento e/ou ruptura de um aneurisma cerebral. Parar de fumar é a melhor opção para o equilíbrio da saúde como um todo.
Além disso, o fumo passivo também é perigoso e, em termos de danos aos vasos sanguíneos, causa os mesmos efeitos que fumar ativamente.
Sendo assim, evite os locais onde o fumo é permitido e peça aos amigos e familiares para não fumarem em locais fechados.
Consulte seu médico regularmente
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações. Por isso, mantenha as consultas e exames de rotina em dia. Especialmente se houver histórico de aneurisma cerebral na família!
Caso sinta qualquer sintoma que possa estar relacionado a essa doença, não hesite e procure ajuda médica o quanto antes.
Nós do dr.consulta oferecemos todo o acompanhamento médico necessário para que você possa ficar em dia com a sua saúde.
Aqui, você pode agendar sua consulta e realizar os exames necessários para o seu diagnóstico e tratamento de aneurisma cerebral ou qualquer outro problema.
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Gostaria de fazer minha cirurgia em rio preto já tem um médico q faz na família….e a Unimed não quer altorizar….vou procurar meus direitos…..
Muito obrigado pelas informações,
[…] preocupa pelas chances aumentadas de complicações como acidente vascular cerebral (AVC), infarto, aneurisma e insuficiência renal e cardíaca – condições que prejudicam o funcionamento do corpo e podem […]
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[…] enfraquecimento dos vasos sanguíneos também propicia a dilatação anormal das paredes arteriais de diferentes partes do corpo (processo chamado de aneurisma), podendo gerar até mesmo o seu […]