As situações de alto estresse, o cansaço, a embriaguez e o envelhecimento do cérebro são relacionados a confusão mental ou desordem dos pensamentos, porém, essa disfunção não é consequência de um único fator.
Nem sempre as respostas “não sei” ou “não lembro” são propositais, mas se tornam mais preocupantes conforme a frequência com que ocorrem. O assunto, que ainda é cercado de diversos estigmas e preconceitos, merece diagnósticos e tratamentos corretos, além de um olhar mais receptivo e empático.
O que define a confusão mental
Os episódios de esquecimento de nomes, compromissos e dificuldades para memorizar e falar, chamam a atenção, especialmente quando se trata dos idosos. No entanto, quando avaliados isoladamente, refletem aspectos da saúde e do estado mental, mas não da saúde em geral – o que também influencia nessas alterações de comportamento.
Essa é uma análise importante a ser feita, já que a confusão mental é caracterizada por mudanças cognitivas ocasionadas por outras doenças e infecções que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), sendo, portanto, uma sequela neurológica de quadros clínicos como:
- alcoolismo;
- anemias;
- ansiedade;
- acidente cerebral vascular (AVC);
- delírio;
- desidratação;
- depressão;
- esclerose múltipla;
- estresse;
- hipoglicemia;
- meningite.
Como reconhecer quem está com a mente confusa
Somente um diagnóstico preciso pode confirmar a condição e suas causas. O passo inicial desse processo de investigação, que pode ser feito por neurologistas, é a avaliação do histórico familiar e dos sintomas.
As pessoas com confusão mental normalmente apresentam como sinais mais expressivos:
- alterações ou perda de memória repentinas e contínuas;
- desordem dos pensamentos e desorientação no geral, fazendo com que tenham pensamentos alheios ou falas desconexas;
- dificuldades para dormir, por isso, enfrentam insônia;
- atenção e concentração reduzidas;
- alucinações e delírios.
Com esses sentidos primários afetados, as pessoas têm comportamentos diferentes dos habituais, oscilações de humor e raciocínio mais lento.
E quando pode ser Alzheimer?
É muito importante diferenciar os diagnósticos. Pacientes com a doença de Alzheimer nem sempre vão ter episódios de confusão mental e, por outro lado, pessoas que têm esses atordoamentos não receberão necessariamente o diagnóstico adicional.
E isso leva a outro ponto: as situações ou enfermidades que levam a confusão mental são reversíveis, enquanto o Alzheimer é uma doença degenerativa – que compromete outras funções básicas do organismo progressivamente.
Tratamentos indicados dependem das causas
O tratamento da confusão mental deve agir na sua causa principal e começa dentro de sua especialidade. Sendo assim, se a patologia associada for uma desidratação, o diagnóstico e prescrição podem ser realizados por um clínico geral.
As doenças crônicas e autoimunes como a esclerose múltipla, por exemplo, necessitam de acompanhamento e monitoramento contínuo e podem ter atendimento multidisciplinar, envolvendo mais de uma especialidade ao mesmo tempo.
Pensando ainda no bem-estar dos pacientes que estão desorientados, psicólogos e psiquiatras também podem ser consultados, para emprego de abordagens como a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), ampliando a gama de atendimento e cuidados.
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Fontes