O que fazer em caso de crise hipertensiva?
Considerada uma emergência médica grave, é caracterizada por uma elevação súbita e intensa da pressão arterial (PA), geralmente para valores acima de 180/120 mmHg.
O aumento acentuado pode comprometer o funcionamento de órgãos vitais, como o coração, o cérebro e os rins, e representa um risco significativo para a vida do paciente se não for controlado a tempo.
Por isso, é fundamental reconhecer os sinais de uma crise hipertensiva e saber como agir para obter o tratamento adequado e prevenir danos maiores. Saiba mais sobre o assunto no conteúdo a seguir.
Sintomas da crise hipertensiva
De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (DBAH) e o Ministério da Saúde, é comum que pessoas com o aumento súbito da PA tenham:
- dor de cabeça intensa;
- visão turva;
- tontura;
- zumbido no ouvido;
- náuseas;
- vômitos;
- dor no peito;
- falta de ar;
- confusão mental;
- perda de consciência;
- crises convulsivas;
- coma.
Por que se preocupar com uma crise hipertensiva?
Existem pelo menos duas variações da condição. A primeira é a urgência hipertensiva, que se caracteriza por sintomas brandos, sem lesão aguda em órgãos do corpo (como coração, cérebro e rins) e sem risco imediato de morte.
O quadro preocupa porque pode evoluir para a chamada emergência hipertensiva. Essa sim com algum tipo de comprometimento cardiovascular, cerebrovascular, renal ou levando a casos de pré-eclâmpsia em gestantes – o que acarreta prejuízos ao organismo e até mesmo riscos à vida.
De acordo com as DBAH, os índices de mortalidade são de 80% ao final de um ano quando não tratada corretamente.
Quando procurar ajuda médica
Diante do cenário descrito, é importante procurar atendimento imediato caso o paciente observe um ou mais sintomas – especialmente dor no peito, falta de ar e outros sintomas cognitivos.
O tratamento inicial é feito com remédios específicos que diminuem a pressão, segundo as DBAH. Vale lembrar que a automedicação não é aconselhada em situação alguma.
A redução da pressão arterial deve ser alcançada imediatamente com o uso de antihipertensivos intravenosos, retirando o paciente da situação de risco de morte e/ou de lesões graves em órgãos e tecidos.
Além de receber medicamentos, o paciente necessita permanecer em observação e, em alguns casos, ser encaminhado para unidade de terapia intensiva (UTI) até que a PA atinja valores seguros.
Medidas de auxílio à prevenção
Como aponta um artigo publicado na Revista Brasileira de Hipertensão, a crise hipertensiva é uma complicação de quadros crônicos de pressão alta.
Nesse sentido, é importante a adesão do indivíduo ao tratamento correto da condição para evitar o descontrole e o aumento a níveis alarmantes – seja com o uso de medicamentos e/ou com alterações no estilo de vida.
Controle do estresse e do peso, alimentação saudável, prática de exercícios físicos regularmente, evitar o tabagismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas são alguns hábitos que contribuem para o controle.
É recomendado também o monitoramento constante (em consultas, triagens ou em casa) e exames complementares que avaliam o comportamento da PA. Isso facilita a identificação precoce de possíveis alterações, o que evita a elevação súbita.
O Cartão dr.consulta também pode ajudar no monitoramento. Com ele, é possível acessar exames e especialidades médicas que possibilitam o cuidado com a saúde.
Além disso, o programa Viva Bem oferece suporte e orientações sobre controle da hipertensão, diabetes e colesterol alto (dislipidemia).
Por fim, é importante reforçar que a crise hipertensiva é um quadro grave e que merece atenção sempre. Porém, com a adoção dos cuidados e medidas preventivas, é possível manter a qualidade de vida.
Fontes: