Falta de cuidados com as unhas reflete a saúde do corpo

Manter as unhas fortes e bem cuidadas não é apenas uma questão de estética, mas também de saúde. Alterações nessa parte do corpo podem sinalizar desequilíbrios internos e até condições mais sérias que exigem atenção médica.

Assim, os cuidados com as unhas tornam-se parte essencial da rotina de higiene, ajudando a prevenir infecções, inflamações e desconfortos em mãos e pés. Com atitudes simples e consistentes, é possível proteger o corpo e garantir bem-estar ao longo da vida.

Para que servem as unhas e como refletem a saúde do corpo

São estruturas compostas de células mortas ricas em queratina (proteína produzida pelo organismo e presente também nos cabelos). Sua função é proteger as pontas dos dedos, servindo como uma barreira natural contra agentes externos.

O crescimento acontece a partir da matriz, localizada sob a cutícula, e ocorre de forma contínua ao longo da vida. 

Conforme dados de artigo publicado no International Journal of Women’s Dermatology, as unhas das mãos crescem 3 mm por mês, aproximadamente; as dos pés, 1 mm no mesmo período.

A composição das unhas reflete diretamente o estado nutricional e de saúde geral do organismo. A escassez de proteínas, vitaminas e minerais tem o potencial de gerar unhas fracas, quebradiças, com descamação, manchas e outras irregularidades.

5 recomendações indispensáveis unhas bem-cuidadas

Com medidas adotadas no dia a dia, é possível reforçar a saúde e também a beleza da extremidade de mãos e pés. Entre elas:

1. hidratar-se constantemente;
2. cortar e higienizar bem as unhas;
3. usar equipamentos esterilizados em salões e afins;
4. não exagerar em procedimentos estéticos
5. reforçar a atenção com a nutrição.

1. Hidratar-se constantemente

Esse é um dos pilares fundamentais. Unhas hidratadas têm menos chance de descamação, ressecamento e quebras frequentes.

O mesmo vale para as cutículas, que apresentam menor chance de inflamação quando cuidadas adequadamente.

Essa prática se torna ainda mais importante nos meses mais secos do ano, que na maior parte do Brasil acontecem no outono e no inverno.

Junto da aplicação dos produtos compatíveis, é essencial ainda não negligenciar a hidratação do corpo como um todo, ingerindo água em quantidade suficiente.

2. Cortar e higienizar bem as unhas

As unhas devem ser aparadas para evitar acidentes e acúmulo de resíduos. Apará-las de modo apropriado previne ainda o encravamento, uma queixa constante em homens e mulheres.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta que o corte deve ser feito com tesoura ou lixa, preferencialmente com materiais descartáveis ou de uso individual.

A entidade reforça, que para as mãos, o ideal é cortá-las com um acabamento arredondado. Já nos pés, elas devem ser cortadas em formato quadrado, em linha reta. Além disso, o devido encurtamento na parte inferior do corpo evita que elas se enrosquem no calçado e se separem do leito do dedo.

A remoção da cutícula deve ser evitada sempre que possível. A retirada deixa a unha desprotegida e facilita a entrada de fungos e bactérias.

3. Usar equipamentos esterilizados em salões e afins

Muitas complicações nas unhas são resultado de procedimentos de manicure ou pedicure feitos incorretamente. Portanto, a escolha de um estabelecimento que siga rigorosamente as normas sanitárias é essencial.

Entre as medidas básicas estão a esterilização de equipamentos, a higienização de superfícies e o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais.

Para maior segurança, alguns espaços de atendimento orientam que os clientes levem seus próprios instrumentos (como alicates e tesouras), garantindo, assim, maior controle sobre a higienização dos materiais utilizados.

Sem esse tipo de medida, o contato com itens contaminados pode servir como porta de entrada para infecções por fungos, bactérias e vírus (como os que causam hepatites virais, conforme reforça o Ministério da Saúde).

4. Não exagerar em procedimentos estéticos

O uso de esmaltes, bases, fortificantes e outros produtos cosméticos para unhas deve ser feito com moderação.

A SBD  indica que, se possível, as unhas devem ficar sem revestimento durante uma semana por mês, no mínimo. A hidratação deve ser reforçada nesse período, evitando, assim, o ressecamento e o descamamento indesejados.

Removedores de esmaltes não devem ter acetona em sua composição, uma vez que a substância é agressiva e acelera a desidratação das unhas.

Adicionalmente, procedimentos como o alongamento com gel ou fibra exigem ainda mais cautela e não são indicados para todas as pessoas. 

Pessoas com psoríase que atinge as unhas (ungueal), com hipersensibilidade aos componentes usados ou com infecções por fungos são exemplos de público no qual há contraindicação para o procedimento, conforme orienta documento sobre o tema também da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Assim, antes de optar por essas técnicas, é importante consultar um dermatologista (especialista que também cuida de unhas).

5. Reforçar a atenção com a nutrição

Na composição da alimentação para unhas sadias, proteínas são especialmente importantes. A produção de queratina exige aminoácidos adequados e boa parte deles são provenientes de alimentos de origem animal ou fonte proteicas vegetais.

As vitaminas do complexo B, especialmente a biotina (B7), aponta a regional do Rio de Janeiro da SBD, são outro fator que influencia diretamente para o crescimento saudável das unhas e a redução da tendência de quebra. Ingredientes como ovos e castanhas são reservas consideráveis desses elementos.

Por fim, a deficiência de ferro, zinco e cálcio, entre outros minerais, pode acentuar a fragilidade ou a presença de manchas esbranquiçadas na superfície da ponta dos dedos.

Logo, refeições com frutas, laticínios e cereais são uma medida adicional relevante para a manutenção da resistência desejada. 

Alterações mais comuns na saúde das unhas

Entre as condições que mais frequentemente afetam as unhas estão as micoses (conhecidas como onicomicoses), que causam espessamento, alteração de cor e descamação.

Essas infecções ocasionadas por fungos são mais comuns nos pés devido ao ambiente úmido e quente dos calçados.

As unhas encravadas, que os médicos chamam de onicocriptose, representam outro incômodo comum, especialmente nos dedões dos pés. Essa condição inflamatória ocorre quando as bordas da unha crescem para dentro da pele, causando dor, vermelhidão e, em casos mais graves, infecção.

Além disso, alterações na coloração, presença de riscos e estrias, ondulações ou manchas podem indicar condições de saúde mais complexas que requerem avaliação médica qualificada.

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Sinais de que a ajuda especializada é necessária

Como o estado das unhas pode indicar muita coisa sobre a saúde, é importante estar atento a oscilações em sua estrutura. Entre os incômodos que exigem uma avaliação mais cuidadosa estão:

• alterações bruscas na coloração;
• espessamento anormal;
• esfarelamento de uma ou mais unhas.
• descamação excessiva;
• fragilidade, até mesmo com a sensação de que a unha está solta;
• sinais de infecção, como vermelhidão e inchaço.

Em suma, os cuidados com as unhas dependem em sua maioria de práticas simples , que podem ser complementadas pela busca por orientação especializada quando necessário, garantindo a integridade e a beleza dessa parte do corpo.

Fontes:

• Biblioteca Virtual em Saúde;
• Biblioteca Virtual em Saúde;
• International Journal of Woman’s Dermatology;
• Revista de Saúde Pública;
• Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• Sociedade Brasileira de Dermatologia (Regional Rio de Janeiro).
• Sociedade Brasileira de Dermatologia (Regional Rio de Janeiro).