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11 dicas para equilibrar trabalho e qualidade de vida

dr.consulta - homem com roupa corporativa em frente ao prédio do trabalho, sentado em posição de yoga buscando equilibrar trabalho e qualidade de vida

A discussão consciente acerca da relação entre saúde mental e vida profissional ainda enfrenta resistência em muitos contextos, destaca a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, essa pauta é cada vez mais urgente e indispensável. 

Um relatório elaborado pela própria entidade de saúde estima que cerca de 15% da população mundial em idade ativa (15 a 60 anos) vivenciam algum tipo de transtorno mental. Isso apenas reforça a necessidade de entender como trabalho e qualidade de vida estão relacionados e promover mudanças nos espaços laborais.

Como o âmbito profissional afeta a saúde mental

Embora possa representar tanto uma fonte de realização pessoal, a relação com o trabalho pode ser um fator de risco para a saúde mental. 

Situações como pressão excessiva por resultados, longas jornadas, falta de suporte gerencial, ambientes tóxicos e violência psicológica (como o assédio moral) estão entre as principais causas de estresse.

Além disso, a insegurança no emprego e salários insuficientes para atender às necessidades básicas amplificam a ansiedade, criando um ciclo de preocupação constante.

Esses fatores impactam diretamente na produtividade, nas relações interpessoais e na saúde como um todo.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

De olho na síndrome de burnout

Reconhecida pela OMS como um fenômeno diretamente relacionado ao trabalho, a condição tem gerado grande preocupação devido ao repentino aumento de casos.

No Brasil, os afastamentos por esgotamento físico e mental quadruplicaram entre 2020 e 2023, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse crescimento coincide com a pandemia recente de COVID-19, que intensificou o impacto psicológico na população trabalhadora.

Porém, o burnout é causado, entre outros motivos, pelo excesso de demandas, pressão e responsabilidades constantes. 

Isso leva a pessoa a apresentar sinais de exaustão extrema, estresse e esgotamento. Consequentemente, sua produtividade diminui e os prejuízos na produtividade e na vida pessoal aumentam.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas físicos incluem:

Quando não tratada corretamente, a síndrome de burnout pode desencadear uma depressão, informa o Ministério da Saúde. Por isso, o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo é essencial para identificar as causas e propor estratégias de tratamento.

Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes exames e especialidades médicas, além de suporte e orientações por meio dos diferentes programas das Linhas de Cuidado que contribuem para o bem-estar do paciente.

Como conciliar trabalho e qualidade de vida

Como visto, o equilíbrio entre o bem-estar e as atividades laborais é um desafio crescente. Para evitar que as responsabilidades profissionais invadam o espaço pessoal, a OMS e o Ministério da Saúde recomendam:

1. Definir horários fixos 

Ter uma hora para começar e outra para encerrar as atividades ajuda a manter uma rotina e organizar as tarefas – tanto as relacionadas às atividades laborais quanto às da vida pessoal.

2. Manter um ambiente adequado para trabalhar

Escolher um local tranquilo, iluminado, confortável e separado do restante da casa traz estabilidade para as tarefas e faz com que o cérebro desvincule fisicamente o espaço profissional do pessoal – especialmente para quem atua no modelo home office ou híbrido.

3. Desconectar-se

É importante evitar o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores nos momentos de descanso. Tentar não ler ou responder mensagens e e-mails corporativos fora do horário de expediente também contribui para que o cérebro relaxe.

4. Reservar momentos para o lazer

Dedicar-se a hobbies (leitura, esportes, culinária ou artesanato), ao lazer e a interações sociais fora do trabalho ajuda a aliviar o estresse e promove o equilíbrio emocional.

5. Adotar uma alimentação saudável

Incluir frutas, legumes, verduras e grãos integrais à dieta do dia a dia e evitar o consumo de ultraprocessados. Assim, o cardápio permanece rico em nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo.

6. Priorizar o sono

Dormir entre sete e oito horas por noite melhora o humor, aumenta a concentração e reduz o risco de problemas emocionais.

7. Praticar exercícios físicos regularmente

Atividades como caminhada, yoga ou musculação liberam endorfina, um hormônio que ajuda a reduzir o estresse e melhora a disposição.

8. Estabelecer metas realistas

Reconhecer o que é possível de entregar (ou não) é essencial para que as entregas sejam prazerosas e a pressão diminua. Para isso, é importante conversar com a liderança, alinhar expectativas e ajustar prazos, se necessário.

9. Desenvolver inteligência emocional

Aprender a gerenciar emoções para lidar com situações desafiadoras é uma habilidade valiosa que ajuda a evitar conflitos e aumentar a resiliência.

10. Estimular um ambiente acolhedor

Principalmente se a pessoa está em uma posição de liderança, é válido incentivar um ambiente saudável e colaborativo, onde todos se sintam à vontade para expressar suas preocupações.

11. Buscar apoio profissional quando necessário

Sempre que houver sinais de sofrimento emocional ou dificuldades em conciliar as responsabilidades, o recomendado é procurar ajuda especializada para que o quadro não se agrave. 

Por fim, é importante salientar que manter a qualidade de vida e as entregas no trabalho é um esforço contínuo, exigindo atenção tanto dos colaboradores quanto das empresas. 

Com pequenas mudanças na rotina e o suporte adequado, é possível promover um ambiente mais saudável e produtivo para todos.

Fontes:

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