Muito conhecido de quem faz exames periódicos e de quem tem alterações na pressão arterial, o exame MAPA é a abreviação para Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, que faz referência ao monitoramento a força da pressão contra as paredes das artérias.
Simplificando ainda mais: basta pensar que o sangue bombeado pelo coração precisa circular pelo corpo e uma das formas é a partir dessa tensão, que pode ser medida com a realização do MAPA.
Pressão baixa ou alta? Descubra com o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial)?
A pressão arterial deve ser acompanhada constantemente e controlada. Mudanças em seu nível prejudicam o impulsionamento do sangue e trazem outras consequências para a saúde.
Os hipertensos, ou seja, aquelas pessoas que têm elevação da pressão arterial (hipertensão) ou a famosa pressão alta, apresentam sintomas como: tontura, fraqueza, visão alterada e cansaço e falta de ar. Inclusive, essa é uma queixa comum entre as gestantes, na chamada pré-eclâmpsia ou hipertensão gestacional.
Por outro lado, quem tem pressão baixa (hipotensão) relata sono excessivo, taquicardia, sensação de desmaios e fraquezas recorrentes. Portanto, acima ou abaixo dos níveis considerados normais é preciso mais atenção.
MAPA: o aparelho que mede a pressão
No exame mapa, a pressão arterial é medida várias vezes, durante todo o dia (24 horas). Esse processo serve para identificar padrões e as principais oscilações e picos.
Diferentemente da medição mais curta e rápida em uma consulta de rotina com um clínico geral ou cardiologista e da aferição feita em casa, por exemplo, o paciente deve permanecer com um aparelho portátil pequeno, por um tempo maior e durante a execução de atividades diárias normais.
A tensão também é medida durante o sono, uma vez que pode desregular até mesmo quando uma pessoa está dormindo.
O funcionamento do exame MAPA 24 horas é muito parecido com o convencional: o paciente deve colocar uma braçadeira que fica conectada a um monitor (preso à cintura ou em bolsas discretas), que registra todos os dados.
Durante a aferição, em intervalos de 15 minutos, a braçadeira infla automaticamente e pressiona o braço de maneira sutil, como ocorre com o esfigmomanômetro (aparelho comum nos consultórios e ambientes médicos e hospitalares, que tem uma bombinha ou botão para replicar o mesmo movimento).
Preparo e contraindicações
Não existe nenhum preparo prévio para esse tipo de exame que pode ser solicitado e realizado em clínicas especializadas ou em atendimento domiciliar. A única contraindicação é para pacientes com mal de Parkinson.
O aparelho não deve ser molhado e nem sofrer quedas para não danificar ou impactar o monitoramento.
Importante: o profissional de saúde deve ser informado sobre os medicamentos de uso contínuo e a suspensão desse uso só deve ser feito a pedido do médico.
Frequência
O acompanhamento da pressão arterial exige certa disciplina, especialmente no caso dos pacientes crônicos, que devem fazer o monitoramento diariamente, se possível. A hipertensão é a doença crônica mais popular entre os brasileiros e atinge cerca de 38% da população adulta, segundo dados do Ministério da Saúde.
Para os demais casos é indicado a realização do exame MAPA pelo menos uma vez ao ano ou conforme a recomendação médica.
Resultados
Geralmente o resultado do exame sai em até 7 dias e deve ser avaliado criteriosamente por um cardiologista. As possíveis medicações e tratamentos são baseados em cada quadro clínico e podem sofrer alterações conforme a idade do paciente.
Fatores que podem alterar a pressão
Segundo as informações do Ministério da Saúde (MS), os sete principais fatores que influenciam diretamente os níveis da pressão nas artérias e causam esse desequilíbrio são:
- fumo (tabagismo);
- consumo de bebidas alcoólicas;
- obesidade;
- estresse;
- consumo elevado de sal;
- altos níveis de colesterol;
- falta de atividades físicas.
Hábitos não saudáveis comprometem a saúde e qualidade de vida no curto, médio e longo prazo. Por isso, é importante fazer as consultas regulares e exames preventivos, mantendo a agenda de cuidados.
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Fontes: