Saiba como funciona a Medicina Integrativa

Na saúde, o indivíduo é avaliado de forma integral. Isso explica porque, mesmo ao consultar o cardiologista que é o especialista que cuida do coração, são levantadas questões sobre a alimentação, tratada nas disciplinas de Nutrição e Nutrologia, por exemplo.

O mesmo conceito define como funciona a Medicina Integrativa: uma abordagem que combina tratamentos convencionais com os alternativos, buscando o bem-estar integral (físico, emocional e social) das pessoas.

O que é a Medicina Integrativa

Quando o atendimento, acompanhamento médico e tratamento são individuais e personalizados, são mais efetivos. E não que isso não aconteça na Medicina convencional, entretanto, ao ser combinada com a Medicina Integrativa, potencializa as contribuições positivas.

Enquanto uma foca em tratar doenças com o uso de medicamentos, protocolos médicos internacionais e cirurgias, a outra adota uma visão que se concentra na cura, a partir de métodos alternativos.

E o que é melhor? O que funciona para cada tipo de perfil de paciente.

Tipos de tratamentos utilizados:

A Medicina Integrativa funciona através da combinação de diferentes modalidades de tratamentos, conforme o quadro clínico ou mental. Os profissionais de saúde geralmente criam um plano de tratamento personalizado que pode incluir:

• tratamentos convencionais: medicamentos e terapias tradicionais;
• terapias complementares: acupuntura, yoga, meditação, fitoterapia, quiropraxia, técnicas de relaxamento e massagem, por exemplo;
• suplementos nutricionais: vitaminas e minerais que ajudam na recuperação.

Benefícios:

• abordagem holística: a saúde é vista de forma global, considerando fatores físicos, emocionais, sociais, espirituais, dentre outros, portanto, contempla todos os tipos de saúde;
• melhor gerenciamento de sintomas: facilita o controle de sintomas de diversas condições de saúde, como dor crônica e estresse;
• promoção do autocuidado: incentiva os pacientes a se tornarem mais ativos em sua própria saúde.

Quem pode ser mais beneficiado

A Medicina Integrativa pode trazer retornos positivos para qualquer grupo, inclusive aquele de pessoas que não estão doentes, ou seja, de quem quer se cuidar de alguma forma justamente para não adoecer. 

É uma prática ainda mais inclusiva, porque permite que os pacientes exerçam o protagonista nos seus cuidados e tomem decisões de saúde mais condizentes com a sua realidade, em conjunto com os profissionais responsáveis.

Contraindicações 

As precauções giram em torno de:

• alergias: a existência de alergias é um fator determinante, uma vez que as terapias usam, normalmente, diversas plantas;
• intervenções medicamentosas: certas plantas medicinais podem interferir na ação dos medicamentos, diminuindo ou aumentando os efeitos conhecidos;
• período de gestação e amamentação: muitas terapias alternativas não são recomendadas, porque podem afetar o desenvolvimento do feto ou a produção do leite materno.
• falta de evidências científicas: algumas terapias complementares ainda carecem de estudos científicos robustos para comprovar sua eficácia e segurança. Por isso, da importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.

Melhorias são sentidas no dia a dia

No geral, os pacientes adeptos a Medicina Integrativa notam os benefícios rapidamente, tanto na saúde física, quanto na saúde mental. 

No primeiro exemplo, pacientes com dores na coluna podem fazer sessões de acupuntura – técnica chinesa que utiliza agulhas e outros mecanismos para estimular determinados pontos do corpo. No outro, quem tem ansiedade e vivência quadros de estresse pode reduzir esses sintomas ao praticar yoga – que combina exercícios físicos, meditação e respiração. 

Na alimentação, as vitaminas, minerais e fitoterápicos formam um conjunto de “combustíveis” para fortalecer o sistema imunológico e prevenir diversas doenças. 

Importante: as agendas das consultas e exames regulares não devem ser interrompidos. A suspensão do uso de medicamentos só pode ser feita sob supervisão médica.

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Pensar em saúde não é pensar em doenças, mas sim no bem-estar

A saúde transcende a ausência de doenças, abraçando um estado de plenitude física, mental e social. Cultivar hábitos saudáveis, como uma alimentação mais equilibrada, atividade física regular, manter o sono reparador em dia e controlar o estresse, é fundamental para promover o bem-estar e a qualidade de vida.

Tratar a pessoa como um indivíduo e não somente como um paciente, é a nossa missão!

Fontes:

• Jornal da Universidade de São Paulo (Jornal da USP);
• Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).