O que é gordura no fígado? Entendendo a esteatose hepática
Você sabe o que é gordura no fígado, de fato? Popularmente conhecida por esse nome, a esteatose hepática é uma doença que a cada dia tem atingido mais pessoas. Podendo manifestar-se desde a infância, a estimativa é que 30% da população apresente esse problema de saúde, que pode ter consequências sérias para a saúde do indivíduo.
O aumento da incidência de casos de gordura no fígado, deve-se a diversas situações. Porém, o fator que mais influencia sua aparição é o crescimento de hábitos de vida pouco saudáveis, como ingestão de alimentos muito gordurosos, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas em excesso.
A presença de gordura no fígado é normal, mas quando ela representa mais do que uma média de 5% a 10% do órgão, o quadro deve ser tratado.
Para tirar todas as suas dúvidas sobre essa condição, preparamos este artigo. Por aqui, vamos falar sobre o que é gordura no fígado, quais são as causas, sintomas, como é diagnosticada e quais os tratamentos.
Acompanhe e saiba tudo sobre essa condição a seguir. Boa leitura!
Mas afinal, o que é gordura no fígado?
O fígado é um órgão situado no lado direito do abdômen e, por ele, circula uma grande quantidade de sangue. Sua coloração quando saudável é marrom-avermelhada, e ele exerce mais de 500 funções fundamentais para o organismo.
A esteatose hepática, ou popularmente chamada de gordura no fígado, é uma doença em que as células de gordura (triglicérides) se infiltram nas células do fígado.
Um fígado saudável possui gorduras, como colesterol, ácidos graxos e até mesmo os triglicérides. Mas, o excesso dessa gordura, ou seja, quando ultrapassam a média de 5% a 10%, já coloca o fígado em condições anormais.
O acúmulo de gordura no fígado afeta o bom funcionamento e faz com que esse órgão aumente de tamanho e torne-se amarelado. Além da aparência, a esteatose hepática pode causar inflamações sérias, como a hepatite gordurosa, cirrose e até mesmo o câncer de fígado.
Infelizmente, essa é uma doença comum entre a população, com mais de 2 milhões de casos ao ano, apenas no Brasil. Ela acomete mais o sexo feminino, já que as mulheres produzem naturalmente o hormônio estrógeno, que facilita o acúmulo de gordura.
A esteatose hepática é dividida em dois tipos: esteatose hepática alcoólica e esteatose hepática não alcoólica. A primeira, é causada pelo excesso de consumo de bebida alcoólica, enquanto a segunda tem causas variadas.
Essa doença também tem graus de classificação, que variam de acordo com a quantidade de células de gordura presente no fígado. São eles:
- Grau 1 (leve): De forma geral, é quando as células de gordura atingem cerca de 30% das células do fígado;
- Grau 2 (moderada): Quando 60% das células do fígado estão afetadas;
- Grau 3 (grave): Casos em que há um grande acúmulo de gordura que equivale a mais de 60% das células do fígado.
Causas e como prevenir a gordura no fígado
Agora que você já sabe o que é gordura no fígado, chegou a hora de entender porque ela acontece e como se prevenir!
Como já citamos, um dos tipos de esteatose hepática é a alcoólica, cuja causa é a ingestão excessiva de bebida alcoólica.
O fígado metaboliza o etanol para expulsá-lo do corpo, mas na ingestão excessiva de álcool, os subprodutos do processo ficam concentrados e causam toxicidade para as células do fígado, que vão ficando comprometidas e afetando o bom funcionamento desse órgão.
Já na esteatose hepática não alcoólica, as causas podem ser diversas. A principal delas é a má alimentação. Ela causa sobrepeso e obesidade, fazendo com que as pessoas desenvolvam um risco maior de apresentar gordura no fígado.
No entanto, outras doenças também ligadas à obesidade como diabetes, colesterol alto, triglicérides alto, hipertensão arterial também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
Hepatites virais, inflamações crônicas do fígado e o uso de medicamentos como corticoides, estrógenos, amiodarona, anti retrovirais, diltiazem e tamoxifeno também podem causar gordura no fígado.
Por fim, o sedentarismo, a gravidez e a perda ou ganho muito rápido de peso também são causas conhecidas dessa condição.
Apresentando-se em um número bem reduzido, as pessoas magras, abstêmias, ou seja, que não fazem uso de bebida alcoólica, com índices normais de colesterol e glicemia, também podem desenvolver quadros de esteatose hepática gordurosa.
Veja a seguir alguns fatores de risco para a gordura no fígado:
Primários
- Obesidade e sobrepeso com obesidade central
- Diabetes mellitus
- Dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides)
- Hipertensão arterial (pressão alta)
Secundários
- Medicamentos: amiodarona, corticosteróides, estrogênio, tamoxifeno
- Toxinas ambientais: produtos químicos
- Esteroides anabolizantes
- Cirurgias abdominais: bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas
Doenças associadas à esteatose hepática não alcoólica
- Hepatite crônica pelo vírus C
- Hipotireoidismo
- Síndrome de apneia do sono
- Hipogonadismo
- Lipodistrofia, abetalipoproteinemia, deficiência de lipase ácida
Crianças nos primeiros anos de vida também podem apresentar esteatose hepática, causada principalmente por doenças metabólicas. Já nas crianças mais velhas e adolescentes as causas passam a ser as mesmas dos adultos.
Nesses casos, elas precisam ser tratadas o quanto antes para não apresentarem danos irreversíveis quando adultos, com uma intensa conscientização sobre hábitos mais saudáveis de vida.
Algumas mudanças simples podem ser feitas para prevenir a esteatose hepática. A medida mais eficaz para prevenir ou reverter o quadro de acúmulo de gordura no fígado é emagrecer e mudar os hábitos alimentares. Para isso, o paciente deve adotar uma dieta hipocalórica, evitar frituras, gorduras e doces e aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e carnes magras.
Também é recomendado diminuir a ingestão de carboidratos e aumentar as fibras na alimentação, além é claro, de evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica. Tudo isso associado a exercícios físicos frequentes são recursos importantes para a prevenção dessa doença.
Sintomas e diagnóstico
Entendendo o que é gordura no fígado é importante salientar que nem sempre causa sintomas nos pacientes, principalmente quando a doença ainda está em grau I. Por isso, ela é considerada uma doença silenciosa que só passa a dar sinal quando as complicações aparecem.
Entre os sintomas mais comuns de gordura no fígado podemos citar:
- Dor no abdômen;
- Barriga inchada;
- Aumento do tamanho do fígado;
- Vômitos e enjoos;
- Dor de cabeça constante;
- Cansaço;
- Fraqueza;
- Perda de apetite.
Geralmente, a gordura no fígado é identificada quando o paciente realiza uma ultrassonografia de abdômen como parte dos exames do ckeck-up de rotina. A identificação da gordura no fígado, nesse caso, é incidental, isto é, o exame não foi realizado com o objetivo de identificar a esteatose.
Para o diagnóstico da condição, o paciente deve ser avaliado em consulta médica por um clínico ou hepatologista que, através da história clínica do paciente, realizará exame físico completo. Depois da avaliação clínica, exames complementares serão solicitados para finalizar o diagnóstico.
A solicitação de ultrassonografia de abdômen para diagnóstico de esteatose está indicada apenas para os portadores dos fatores de risco para a doença ou aqueles que apresentam os sintomas descritos acima.
Possíveis tratamentos
Apenas após entender o que é gordura no fígado é possível diagnosticá-la e preveni-la, mas ainda não há um tratamento específico para a esteatose hepática. Tudo vai depender do estágio em que a doença se encontra e da disposição do paciente em realizar mudanças no estilo de vida.
Isso porque, só a medicação não vai fazer com que a gordura no fígado desapareça. É necessário mudar hábitos, pois, só assim, você estará tratando a causa da doença. Veja a seguir algumas dicas de como eliminar a gordura do fígado:
Perder peso é fundamental
Emagrecer é a maneira mais eficaz para o controle da esteatose hepática. E não precisa muito não! Apenas 7% de redução do peso corporal já traz resultados.
Assim, adote uma dieta hipocalórica, evite frituras, gorduras e doces. Coma mais frutas, legumes, verduras e carnes magras e faça exercício físico com regularidade.
Atenção para alguns nutrientes específicos
Colina e betaína são dois nutrientes que podem ajudar o fígado a exportar os triglicérides para a corrente sanguínea. Dessa forma, eles não se acumulam no fígado e ajudam a melhorar casos de gordura no fígado. Você pode encontrar esses nutrientes na quinoa, beterraba, espinafre, gérmen de trigo e ovos, por exemplo.
Diminua o carboidrato e aumente as fibras
Evite grandes quantidades de carboidratos e prefira sempre os integrais. Lembre-se de sempre consumir fibras. Elas são fundamentais na alimentação, pois controlam a velocidade de absorção da glicose.
Você encontra fibras em: cereais integrais, legumes e verduras, leguminosas, na casca das frutas e sementes como linhaça e chia.
Bebidas alcoólicas: diga não!
Se você já está com esteatose hepática, elimine de vez as bebidas alcoólicas do cardápio. Esse é um fator crucial para que o seu fígado consiga se recuperar sem novas agressões, independente se você foi diagnosticado com esteatose hepática alcoólica ou não.
Fique atento! Agora que você já sabe o que é gordura no fígado e todas as complicações que essa doença pode trazer, não espere os sintomas se agravarem.
Conte com o dr.consulta para realizar consultas regulares com um clínico geral ou hepatologista. E o melhor: por aqui você também pode realizar os exames necessários para o diagnóstico e tratamento de doenças como a esteatose hepática.
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Estou com gordura no figado e estou com sobrepeso
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