Dificuldade para enxergar de perto? Saiba tudo sobre a hipermetropia
Enxergar bem de longe, mas com dificuldade para ler algo próximo – essa é a principal característica da hipermetropia.
Considerada comum, inclusive em crianças, a condição pode passar despercebida por anos se não for diagnosticada corretamente.
Como a hipermetropia afeta a visão
Assim como a miopia e o astigmatismo, o quadro consiste em um erro de refração. Ou seja, uma disfunção na anatomia ocular que impacta a maneira como a luz entra e foca na retina – estrutura no fundo do olho responsável por formar as imagens.
Neste caso, elas são projetadas um pouco além, explica a American Academy of Ophthalmology, geralmente devido a um globo menor do que o ideal ou uma curvatura muito plana da córnea (lente externa).
Como resultado, ver objetos que estão distantes torna-se mais fácil e itens muito perto ficam embaçados. Em graus mais elevados, o comprometimento da visão pode ser nos dois aspectos.
Costuma ser hereditária, portanto, quando os pais a apresentam, seus filhos têm mais chance de desenvolvê-la. Porém, acontece mesmo sem histórico familiar.
Raramente, também pode ser provocada por enfermidades como hemangioma cavernoso, uma formação benigna que pressiona as partes internas do órgão e altera o funcionamento visual, como apontado em estudo da Revista Brasileira de Oftalmologia.

Sintomas nem sempre são fáceis de perceber
Em crianças, os sinais podem ser sutis. Grande parte dos estudantes do ensino fundamental brasileiro entrevistados em uma pesquisa publicada na Revista Brasileira de Oftalmologia relataram que conseguiam “enxergar mais ou menos”.
Já os adultos frequentemente percebem a hipermetropia quando começam a sentir dores de cabeça mais constantes – principalmente após leituras prolongadas – ou passam a franzir a testa para ver melhor.
Outros sintomas relacionados são:
- vista cansada ou ardência;
- dificuldade para realizar tarefas que exigem um foco mais próximo, como desenhar ou escrever;
- esforço para ter nitidez nas imagens;
- olhos lacrimejando.
Formas de diagnóstico e a importância de olhar com atenção
Detectar a condição é simples e ocorre em consulta com o oftalmologista, por meio de exames de refração (que medem o grau) ou o teste de acuidade visual com uma tabela de letras.
Testes com luz e lentes especiais também ajudam a identificar a alteração com mais precisão nos pequenos.
Com o Cartão dr.consulta, é possível agendar atendimentos médicos e procedimentos oftalmológicos a preços mais vantajosos.

Apesar de ser relativamente fácil de diagnosticar, muitas vezes não é notada, sobretudo nos mais jovens, em que há uma “compensação” natural do desajuste.
No entanto, com o tempo, as demais manifestações podem aparecer e impactar o desempenho escolar ou o bem-estar geral da pessoa.
Tratamento com lentes e cirurgia são as principais opções
Felizmente, essa patologia é facilmente corrigida com:
- óculos de grau – a lente convergente ajuda a focar corretamente a imagem na retina, melhorando a visão de perto;
- lentes de contato – mais práticas, porém, necessitam de cuidados com a higiene;
- cirurgia refrativa – indicada para adultos nos quais a evolução já se estabilizou.
Hipermetropia progressiva associada a modificações internas, como os tumores benignos, pode exigir uma operação para a retirada da massa que está comprimindo as estruturas e afetando a saúde ocular como um todo.
E se não for tratada?
Acaba interferindo diretamente na qualidade de vida — prejudicando a leitura, o uso de tecnologias e até tarefas simples do dia a dia.
O cenário é ainda mais complexo para as crianças, pois pode comprometer o aprendizado e o desenvolvimento motor e social.
Correção precoce é fundamental
Não há uma forma garantida de prevenir a condição, já que muitos casos estão relacionados à genética ou ao crescimento natural do órgão.
Mas detectá-la em estágios iniciais evita o surgimento de outros sintomas e até o risco de complicações como estrabismo ou ambliopia (conhecida como “olho preguiçoso”).
Uma das principais estratégias de cuidado é a realização de exames oftalmológicos periódicos, especialmente durante a infância, para providenciar o tratamento dessa e de qualquer alteração visual, garantindo mais conforto por toda a vida.
Fontes:
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