Os perigos escondidos por trás de um falso magro

A eterna “briga” com a balança faz com que muitas pessoas abram mão da sua saúde – o que pode ser muito prejudicial.
Quem está acima do peso quer emagrecer, às vezes, a qualquer custo e quem está abaixo procura por soluções rápidas para ganhar peso. E, no meio do caminho, está o perfil do falso magro, com uma silhueta bem peculiar e que aparenta ter muita saúde.
O que define um falso magro?
O termo “falso magro” é usado popularmente para nomear indivíduos cuja aparência física sugere um corpo magro, mas que, na verdade, têm alta porcentagem de gordura corporal e baixa massa muscular.
Essa silhueta engana porque faz parecer que a pessoa está em boa forma física, mas não revela os riscos invisíveis associados a esse biotipo corporal.
Existem muitos equívocos sobre os falsos magros, como a ideia de que estar dentro do peso “normal” segundo o Índice de Massa corporal (IMC) é sinônimo de saúde, porém, é preciso lembrar que o IMC não mede a composição corporal.
O peso em si não é um indicador completo de saúde. Alguém pode ter um peso considerado “normal”, mas apresentar altos níveis de gordura prejudiciais e baixos níveis de massa muscular, caracterizando um falso magro. Portanto, é necessário considerar fatores como alimentação, atividade física e histórico médico.
Outro mito é de que os falsos magros não precisam se preocupar com o acompanhamento do peso e nem com uma alimentação mais regrada – o que pode afastá-los da busca por melhorias de saúde.
Como identificar um falso magro

Normalmente se pensa que essa identificação é feita apenas pelo espelho ou pela medição do peso em uma balança convencional.
É por meio de exames como a bioimpedância, que analisa a composição corporal ou do uso de adipômetros para medir a distribuição da gordura ou da circunferência da cintura, é que se pode ter um diagnóstico mais preciso.
Essa avaliação pode ser feita em consultas de rotina com nutricionistas ou por profissionais de educação física, quando o ambiente é uma academia, por exemplo.
Causas
O que leva a esse quadro é, normalmente, o sedentarismo, ou seja, a falta de atividade física. Isso gera então a baixa quantidade de massa muscular, mesmo que o peso da pessoa esteja dentro do que é considerado “normal”.
Entretanto, esse déficit é um dos maiores responsáveis por uma proporção maior de gordura, que causa o desequilíbrio quando comparado com o peso total.
Principais riscos para a saúde física e mental
Ser um falso magro pode trazer sérios riscos para a saúde. A presença de gordura visceral, que é aquela que fica acumulada na cavidade abdominal (barriga) e envolve os órgãos internos, é especialmente perigosa, porque aumenta os riscos associados de doenças metabólicas, como, por exemplo:
- diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2;
- obesidade;
- hipertensão;
- dislipidemia (níveis elevados de colesterol e/ou triglicerídeos).
Além disso, a condição pode causar anomalias cardíacas como o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (avc).
Outro impacto sentido está frequentemente relacionado ao bem-estar psicológico. A discrepância entre a aparência externa e a saúde interna gera inúmeras preocupações, ansiedade e baixa autoestima.
Cuidados essenciais para evitar esses e outros riscos
A abordagem preventiva é uma das medidas mais efetivas para evitar as complicações. Isso inclui consultas regulares com nutricionistas, cardiologistas e endocrinologistas, a adoção de uma dieta equilibrada e o engajamento em um plano de exercícios apropriado para cada idade e necessidade.
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Alimentação adequada é um pré-requisito
Uma nutrição balanceada é crucial para reverter o perfil do falso magro. Isso inclui o aumento da ingestão de proteínas para obtenção de massa muscular e a redução do consumo de açúcares e gorduras saturadas.
Planejar refeições ricas em nutrientes contribui significativamente para melhorar a composição corporal – independentemente da idade.
Praticar exercícios físicos regularmente
Em complemento à alimentação, para a perda de gordura e o ganho de massa muscular é preciso incluir treinos de resistência e musculação na rotina, com a supervisão de um profissional habilitado. Outra recomendação é a da prática de exercícios cardiorrespiratórios – importantes para manter a saúde do coração e melhorar a resistência física.
Fontes: