Com as altas temperaturas, é comum o aparecimento de alguns incômodos e desconfortos no corpo, sendo a pele descascando um deles.
Apesar da exposição solar ser uma de suas principais causas, existem outras condições que podem desencadear na descamação da pele, isso porque certas patologias dermatológicas, por exemplo, apresentam esse sintoma.
Ao longo deste conteúdo, abordaremos cinco motivos principais para essa situação e os cuidados essenciais para lidar com o quadro.
5 motivos para a descamação da pele
Peles ressecadas e sensíveis possuem, naturalmente, uma maior tendência à descamação. No entanto, existem condições de saúde que também podem ter esse como um de seus sintomas.
Assim, a pele descascando pode indicar:
- queimadura solar;
- pele seca;
- psoríase;
- dermatites;
- câncer de pele.
Essas cinco serão explicadas mais detalhadamente a seguir. Porém, é importante ressaltar que, para todas elas, a avaliação de um profissional de Dermatologia é fundamental para o diagnóstico e para ações personalizadas no tratamento.
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1. Queimadura solar
As queimaduras solares acontecem quando uma pessoa se expõe ao sol sem o uso de filtro ou de qualquer outro tipo de proteção. Isso possibilita que a radiação ultravioleta (UV) seja absorvida pela pele.
Os raios solares têm componentes que podem ser prejudiciais à superfície do corpo, principalmente se a exposição for intensa, repetida e por longos períodos.
Uma das manifestações que indica que um indivíduo se queimou pela ação do sol é a descamação, um processo de cicatrização do próprio organismo.
Mas, segundo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além da pele descascando, outros sinais dessas queimaduras tendem a ser:
- pele avermelhada, quente e sensível;
- coceira;
- pequenas bolhas com líquido dentro, que podem se romper;
- dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga, caso a queimadura seja muito severa.
Por isso, é importante mencionar que, se os sintomas se intensificarem, é preciso buscar assistência médica de urgência. Assim como outros tipos de queimaduras, aquelas causadas pela exposição solar podem se tornar quadros mais graves.
2. Pele seca
A pele seca se caracteriza pela perda excessiva de água. Dessa forma, suas principais particularidades são os poros pouco visíveis, menor luminosidade e maior tendência à descamação e à vermelhidão.
De modo geral, as causas estão interligadas a questões genéticas ou, em certos casos, a outras razões como:
- condições hormonais: menopausa ou patologias e acometimentos na glândula tireoide;
- fatores ambientais: clima frio e seco, vento e exposição à radiação ultravioleta;
- determinados hábitos: banhos muito demorados ou exageradamente quentes.
Pela sua aspereza, esse tipo de derme descasca em pequenos pedaços brancos e finos que se soltam facilmente. Outros sintomas, além dos já citados, podem ser:
- coceira, que varia de leve a mais intensa;
- aparência rachada, dependendo do grau.
Pessoas que apresentam esse ressecamento precisam ingerir, diariamente, uma quantidade adequada de água, que pode variar de acordo com idade e peso. Os profissionais da Nutrição podem prescrever qual é a dosagem recomendada para cada indivíduo.
Além disso, o uso de cremes hidratantes, que deve ser feito mediante prescrição médica, também é algo que contribui para a melhora desse quadro.
3. Psoríase
A psoríase é uma doença inflamatória que se manifesta, principalmente, na superfície do corpo Caracteriza-se por ser crônica, não contagiosa e cíclica (os sintomas aparecem e desaparecem de maneira periódica).
Entre as principais causas estão:
- predisposição genética;
- questões ambientais ou de comportamento, como inverno e consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- fatores do sistema imunológico e vivência de situações estressantes.
Existem, pelo menos, oito diferentes tipos de psoríase, cada um com suas especificidades. O mais comum é a psoríase em placas, em que manchas avermelhadas ou esbranquiçadas afetam a pele, podendo causar a descamação ou, dependendo da gravidade, sangramentos.
Os outros tipos são:
- psoríase ungueal;
- psoríase do couro cabeludo;
- psoríase gutata;
- psoríase invertida;
- psoríase pustulosa;
- psoríase eritrodérmica;
- psoríase artropática.
4. Dermatites
A dermatite se origina a partir de reações alérgicas ou inflamatórias. O seu desenvolvimento pode estar interligado a fatores genéticos, ambientais (como frio intenso) e até emocionais (estresse e ansiedade).
Existem cerca de sete tipos de dermatite, sendo alguns deles capazes de deixar a pele descascando:
- dermatite atópica: manifesta-se, principalmente, nas dobras da pele, no rosto e no couro cabeludo, tendo o ressecamento como um importante sinal;
- dermatite de contato: surge após a exposição a um agente causador de irritação ou alergia, deixando manchas vermelhas, coceira e descamação;
- dermatite perioral: seus sintomas são manchas ao redor da boca e do nariz e pele seca;
dermatite seborreica: um dos sinais desta condição é a pele descascando, geralmente, no couro cabeludo (as famosas caspas).
5. Câncer de pele
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são registrados, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele.
Essa enfermidade se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células do órgão, considerado o maior do corpo humano.
Os sinais podem variar conforme o tipo e o estágio em que a patologia se encontra. Entretanto, o mais comum tende a ser a presença de pintas que mudam de cor e textura, tornando-se lesões de dimensões irregulares.
A descamação da pele, apesar de rara, também pode ser um sintoma desse quadro, especialmente do câncer de pele do tipo Carcinoma Espinocelular.
Assim, é fundamental o acompanhamento periódico com um profissional de Dermatologia, que será capaz de fazer o diagnóstico precoce e a indicação do tratamento mais adequado.
Igualmente para outras condições, ações preventivas também são essenciais. No caso do câncer de pele, as principais são:
- não permanecer no sol por longos períodos;
- utilizar protetores solares com fator de proteção 30 ou mais, a serem reaplicados a cada 2 horas.
Como tratar de uma pele descascando?
Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os principais cuidados em quadros de pele descascando, especialmente em casos de queimadura solar, são:
- não retirar a pele descamada;
- apostar na hidratação local por meio de substâncias hidratantes;
- tomar banhos frios para alívio de possíveis dores.
Além desses, o uso de protetor solar é uma recomendação fundamental e serve como ação preventiva.
Como percebido, ter a pele descascando pode ter diversas motivações, das mais simples às mais complexas. Por isso, se a descamação persistir ou se vier acompanhada de sintomas secundários, é indispensável a assistência médica, como já mencionado.
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Fontes:
- Doenças da pele | Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia;
- Sociedade médica lança campanha sobre prevenção do câncer de pele | Agência Brasil;
- Câncer de pele | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- Sua pele está seca? Saiba como cuidar dela | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- Psoríase do couro cabeludo | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- 29 de outubro – Dia Mundial da Psoríase | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- Saiba tudo sobre a dermatite atópica, doença de Gio Ewbank que causa inflamação e lesões na pele | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- Sinais e sintomas do câncer de pele Basocelular e Espinocelular | Oncoguia;
- Tipos de pele | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).