Constituir uma família é o sonho de grande parte dos homens e mulheres e a chegada dos filhos vem para marcar essa realização. A decisão por ter ou não um filho começa muito antes, desde o planejamento familiar que engloba diversos aspectos da vida.
Além da liberdade de opção é válido entender o que pode influenciar diretamente nesta decisão, para não se arrepender.
O que é e qual o objetivo do planejamento familiar?
Ter ou não ter um filho?
O planejamento familiar compreende um conjunto de ações, asseguradas pela Constituição Federal e também pela Lei nº 9.263 de 1996, que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também aquelas que preferem adiar o crescimento da família.
Esse projeto foi desenvolvido pelo Governo Brasileiro para orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar. Portanto, trata-se de uma lei que dá à mulher, ao homem ou ao casal o direito de ter quantos filhos quiser, na hora que acharem melhor e com toda a assistência para que isso aconteça.
Na prática, as ações do planejamento familiar garantem ainda:
- acompanhamento no pré-natal;
- acompanhamento no parto;
- suporte durante a amamentação;
- atendimento à saúde da pessoa gestante e ao recém-nascido;
- orientação para o controle das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
- prevenção do câncer de colo do útero, câncer de mama e câncer de pênis.
Qual a importância?
Quando o assunto é gravidez e constituição da famílias, o assunto abrange opções para casais homossexuais e heterossexuais, os métodos de gestação convencionais e alternativos (como outros métodos de fertilização e concepção) e passa ainda pela possibilidade de adoção.
As ações do planejamento familiar vão depender da escolha entre a concepção ou contracepção, isto é, o fato de querer ou não querer engravidar e ter filhos, respectivamente e é baseado em 2 pilares:
- rotina de consultas médicas (para quem quer ou não engravidar e investigação de quem pode ou não);
- aspectos financeiros.
Quando fazer e como se preparar para o planejamento familiar
Antes de tudo: converse com seu par
Não existe momento ideal para a discussão sobre o assunto, inclusive o diálogo é uma prática essencial para casais e em qualquer relacionamento. Decisões como essa, que podem mudar a vida, precisam ser consenso.
Tente responder às perguntas básicas: “querem ser pais? De quantos filhos?”, “já se sentem preparados?”. A depender das respostas, momento de vida, objetivos em comum é possível se organizar melhor.
O momento ideal do planejamento
Em relação às questões biológicas e fisiológicas é preciso observar e respeitar, no entanto, as condições reprodutivas, para minimizar os riscos antes, durante e após a gestação. A gravidez tardia, pode gerar complicações de saúde, por exemplo. Por isso, se fala que o momento ideal para o corpo feminino é entre os 20 e 35 anos.
Como esse ponto não é uma regra e pode depender de vários fatores adicionais de saúde, é necessário consultar um ginecologista:
Os urologistas também devem ser consultados ainda nesta fase para ajudar com com os diagnósticos e investigação sobre fertilidade ou infertilidade masculina.
Preparo emocional e psicológico
Essa fase mexe com os hormônios com a mente feminina, emoções e sentimentos da pessoa gestante e da família como um todo. É natural ter dúvidas e quando as tentativas iniciais são frustradas podem gerar novos medos.
Mas é possível passar por tudo isso com o suporte de psicólogos. É importante controlar as expectativas, ansiedade e o estresse – fatores que dificultam a ovulação, por exemplo.
Reeducação alimentar
Fazer uma reeducação alimentar e ter uma dieta específica é fundamental para garantir os nutrientes que o organismo precisa para uma boa gestação e desenvolvimento do bebê.
A alimentação durante a gravidez precisa ter a devida atenção para evitar a pré-eclâmpsia, a diabetes gestacional e outros quadros igualmente prejudiciais.
Planejamento financeiro
Se organizar em relação aos gastos da casa, da família e da criança é outro pré-requisito. A saúde financeira é um dos tipos de saúde mais importantes, seja para esse ou outros objetivos de vida pessoal ou a dois.
Montar o enxoval, preparar o lar para receber o bebê, investir em um plano de saúde ou cartão de benefícios para saúde, garantindo o pré-natal, o parto (com ou sem o plano de parto), uma cobertura assistencial e médica mínima.
O planejamento familiar deve incluir essas previsões para não levar aos sustos e gastos desnecessários. Como nem sempre é possível ter uma reserva financeira, vale começar pelo que é supérfluo.
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A parte financeira é um dos itens mais importantes do planejamento familiar. No caso da opção por ter filhos, é fundamental incluir uma previsão de todos os gastos inclusos: enxoval, pré-natal e todo o desenvolvimento da criança.
Assim, planejar os rendimentos e despesas, e ter uma reserva financeira são pontos importantes. Isso evita imprevistos não só durante a gravidez, mas também após o nascimento, gerando tranquilidade para curtir a chegada do bebê.
De acordo com essas dicas e sabendo o que é planejamento familiar, você conseguirá elaborar um bem completo e seguro para garantir todos os direitos previstos na lei.
Decidi não ter filhos. E agora?
Tudo bem. Da mesma forma que quem optou por ter filhos precisa de um planejamento familiar, quem tomou a decisão contrária, precisa avaliar as alternativas, entendendo quais métodos contraceptivos são recomendados, para uma escolha mais consciente.
Até porque, é necessário lembrar que existe métodos que não são reversíveis e que, portanto, tornaria definitiva a decisão de não ter filhos.
Principais métodos contraceptivos:
- anticoncepcional oral: à base de hormônios para impedir a gravidez, exigindo uso correto para ter eficácia;
- implante anticoncepcional: também funciona por hormônios e pode durar até 3 anos, facilitando o dia a dia;
- anticoncepcional injetável: semelhante aos outros dois acima descritos, mas aplicado por injeção mensal ou trimestral;
- diafragma: usado pela mulher, é um anel de borracha que funciona como barreira, mas precisa ser colocado 30 minutos antes da relação e retirado após 12 horas;
- DIU: é um dispositivo intrauterino colocado pelo médico e poder ser mantido por até 10 anos (no caso do DIU de cobre);
- camisinha feminina: preservativo na versão que deve ser utilizada por pessoas que tenham o sistema reprodutor feminino;
- camisinha masculina: bastante eficaz na prevenção de gravidez e ISTs;
- laqueadura: método considerado definitivo para as mulheres, fecha as trompas impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo;
- vasectomia: considerada definitiva para os homens, a cirurgia faz um corte no canal onde passam os espermatozoides impedindo sua passagem, sem afetar a ejaculação.
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Fontes: