Quais os efeitos do calor excessivo e como se proteger deles
As quedas bruscas e o aumento da temperatura causam diversos efeitos no organismo. Ainda que as condições sejam mais predominantes em certas épocas do ano, é preciso fortalecer e proteger a saúde do calor excessivo em dias atípicos e fora do verão, por exemplo.
Entenda como lidar com as mudanças climáticas e se proteger dos maiores impactos.
O suor é apenas uma das consequências do calor excessivo
Durante os dias de calor intenso, é normal suar e transpirar mais. Essa é a forma natural que o próprio corpo tem de se refrescar durante o processo chamado termorregulação.
Quando se soma a esse cenário, a baixa umidade de ar e a falta de ventos e chuva, a exaustão e o desconforto térmico são ainda maiores – já que esses fatores interferem diretamente na sensação de calor corporal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a umidade relativa do ar deve ser de 60%. Abaixo desses níveis passa a ser preocupante e faz com que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e demais órgãos responsáveis emitam alertas à população para ampliar os cuidados com a saúde.
Como as ondas de calor afetam a saúde?
É nos dias ou nas temporadas mais quentes e secas, que novos sintomas e doenças surgem ou se agravam, no caso das preexistentes. Entre os quadros comuns estão:
Infartos e acidente vascular cerebral (AVC)
O calor provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e pode alterar a pressão arterial instantaneamente. Pessoas com a pressão mais baixa passam a suar frio, têm tontura e podem sofrer desmaios e arritmias cardíacas.
Isso acontece porque a quantidade de sangue que retorna ao coração é reduzida e compromete o fluxo que chega ao Sistema Nervoso Central (SNC).
Na desidratação, ocorre o oposto. Para manter a pressão mais alta e tentar compensar a vasodilatação, o coração trabalha mais rápido e em menor tempo. Essa sobrecarga eleva a frequência cardíaca e a probabilidade de doenças cardíacas como infartos e do AVC, especialmente entre quem tem mais de 50 anos.
Asma, bronquite, gripes, rinite e sinusites
As vias aéreas e o sistema respiratório são igualmente impactados pelo calor excessivo. O ar quente e seco é responsável por atenuar os sintomas das doenças respiratórias e causam crises de falta de ar, coceira na garganta e espirros sucessivos.
A baixa umidade fragiliza e resseca as mucosas respiratórias. Além disso, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas em ambientes com ar-condicionado, por exemplo, ou seja, em condições propícias para o desenvolvimento e transmissão dos vírus e infecções respiratórias.
Insolação e alergias
A insolação é caracterizada pela incapacidade ou dificuldade do indivíduo regular a sua temperatura. A pele avermelhada é apenas um dos sintomas, já que em casos extremos essa condição pode levar à pulsação acelerada, náuseas, cãibras, perda de consciência e ao coma – o que pode ser fatal.
Os quadros de alergias ao calor e outras doenças de pele também se tornam mais frequentes. O suor excessivo, as coceiras e edemas podem ser os primeiros sinais de que uma maior proteção é necessária.
Irritabilidade nos olhos
Um dos principais efeitos nos olhos é a síndrome do olho seco.
As lágrimas têm a função de lubrificar os olhos e proteger contra as agressões externas, como a própria poluição. Se o clima está mais quente e há exposição prolongada a luz de aparelhos eletrônicos, por exemplo, os olhos também ficam mais ressecados.
4 dicas para se proteger dos efeitos do calor excessivo
Idealmente, o mais recomendado é evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, no verão ou em qualquer outra estação do ano. Nesse intervalo ocorre um pico da incidência dos raios ultravioletas B (UVB) que atingem a pele de maneira mais agressiva.
Siga essas recomendações para evitar as “doenças do calor” e sintomas do calor:
- aplique o protetor solar;
- use roupas leves, bonés e óculos escuros;
- beba água e se alimente melhor;
- reduza a intensidade e a frequência dos exercícios físicos.
1 – Aplique o protetor solar
Ao pensar no sol automaticamente o uso do filtro solar deve ser lembrado. Seu uso diário previne contra melasmas, câncer de pele e outros efeitos na pele.
O fator de proteção solar (FPS) varia conforme o tipo de pele e indica o tempo de exposição máxima sem produzir manchas avermelhadas (eritemas). É necessário aplicar no rosto, nas mãos e em outras áreas mais sensíveis, conforme recomendação do dermatologista.
2 – Use roupas leves, bonés e óculos escuros
Ao sair de casa, dê preferência para roupas mais leves, com tecidos mais finos, largos e de algodão que facilitem a transpiração e ventilação. Outra dica é utilizar roupas claras que absorvem menos calor.
O visual e a proteção podem ser complementados com o uso de bonés e óculos escuros.
3 – Beba água e se alimente melhor
Hidrate-se! Beba muita água e líquidos sem açúcar como sucos de frutas naturais. Manter o organismo hidratado ajuda a regular a temperatura do corpo e o funcionamento dos órgãos, portanto, previne a desidratação e conserva as funções vitais do organismo.
É importante separar e manter sempre por perto uma garrafa com água fresca para tomar ao longo do dia e a noite.
Outra dica é evitar as frituras e alimentos gordurosos quando for comer. O ideal é adaptar o cardápio e consumir mais vegetais, frutas, fibras, cereais e grãos que têm mais água em sua composição ou preparo.
Adicione na lista: pepino, couve-flor, espinafre, brócolis, cenoura, brotos em geral e frutas como melancia, morango, abacaxi, maçã, pera e uva, por exemplo.
Na dúvida, consulte um nutricionista. Aqui no dr.consulta você encontra essa e outras especialidades e diversos tipos de exames para acompanhamento da sua saúde. Com o Cartão dr.consulta os preços têm desconto:
4 – Reduza a intensidade e frequência dos exercícios físicos
Ter o corpo em movimento é sempre positivo e o estímulo às atividades e exercícios físicos são indispensáveis para ter qualidade de vida. No entanto, o calor excessivo também pede cautela neste sentido.
Evite os horários de sol mais quente e a prática em ambientes ao ar livre. Prefira os primeiros horários da manhã ou final da tarde. Sendo necessário ajustar a sua rotina, consulte um profissional de saúde para as indicações.
Quem precisa de mais atenção?
Estes grupos devem ter os cuidados redobrados, por serem considerados de risco:
- bebês e crianças;
- gestantes;
- idosos;
- pessoas com doenças crônicas como: asma, obesidade, hipertensão e diabetes;
- pessoas com comportamento sedentário;
- pessoas que tomam medicamentos contínuos;
- fumantes;
- todos os que trabalham com exposição mais longa ao sol.
Faça chuva ou faça sol, mantenha regularmente uma rotina de cuidados com a sua saúde. Agende suas consultas preventivas na modalidade presencial ou online e tenha acesso e atendimento especializado, de onde você estiver.
Fontes: