Saiba mais sobre os benefícios da psicoterapia infantil

Como o nome sugere, a psicoterapia infantil é uma área da psicologia que ajuda crianças a lidarem com desafios emocionais e comportamentais.
Essa técnica vem se tornando cada vez mais crucial para promover o bem-estar mental e reverter o adoecimento psíquico durante os primeiros anos de vida.
Não custa lembrar que a infância (e a adolescência) são períodos críticos para o crescimento físico e intelectual e pode não ser fácil atravessá-los sem o devido apoio.
A importância da psicoterapia infantil
O trabalho psicoterapêutico voltado para esse público é essencial em um mundo com cada vez mais pressões sociais, acadêmicas e familiares.
Não por menos, a Organização Mundial de Saúde mostra que os transtornos de saúde mental respondem por 16% das complicações de saúde em indivíduos dos 10 aos 19 anos.
Ou seja, sem contar os mais novos, um a cada seis meninos e meninas apresentem queixas relacionadas à ansiedade, à depressão e a outras complicações psíquicas
Diante disso, tal técnica visa facilitar que crianças e adolescentes expressem seus sentimentos, desenvolvam habilidades de enfrentamento e entendam as motivações dos seus comportamentos.
Em resumo, diferente da terapia para adultos, a psicoterapia infantil geralmente utiliza técnicas adaptadas ao nível de avanço cognitivo e emocional, incluindo jogos, desenhos e tarefas lúdicas.
Seja como for, para manter cuidado com a saúde mental da infância à vida adulta, o Cartão dr.consulta oferece acesso a consultas com médicos especialistas e outros profissionais de saúde, além de preços diferenciados especiais em exames necessários para o acompanhamento.
Como complemento, o programa Cuidar da Mente disponibiliza o suporte de uma equipe capacitada a oferecer orientações e tirar dúvidas sobre questões envolvendo o bem-estar no dia a dia, tornando a assistência mais prática e personalizada.
As indicações para a psicoterapia infantil
Do mesmo modo que acontece com os mais velhos, são várias as circunstâncias em que o suporte psicológico pode ser recomendado para que crianças e adolescentes enfrentem determinada questão. Elas normalmente envolvem:
- dificuldades escolares, como falta de concentração ou queda no rendimento;
- disfunções de socialização, como empecilhos para fazer amigos ou interagir com familiares;
- mudanças bruscas no comportamento, como agressividade ou isolamento;
- sinais de ansiedade, medo excessivo ou fobias;
- sintomas de depressão, como apatia e desinteresse por atividades cotidianas;
- situações de luto, troca de instituição de ensino ou separação dos pais;
- histórico de trauma;
- alterações no desenvolvimento, dislexia, discalculia e transtornos do espectro autista (TEA) ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
- perturbações no sono ou pesadelos recorrentes;
- manutenção de ações autodestrutivas.
No primeiro atendimento, os responsáveis e os psicólogos podem discutir questões práticas. Elas incluem a periodicidade das sessões, a duração de cada uma delas e os seus objetivos.
Em complemento à avaliação do profissional de Psicologia, pode ser identificada a necessidade de avaliação por um psiquiatra. Muitas das condições listadas têm uma resolução melhor quando enfrentadas com o auxílio médico.

As diferenças no trabalho do psicoterapeuta infanto-juvenil
Ele deve possuir formação especializada em psicologia infantil e ser capaz de estabelecer uma relação de confiança, criando um ambiente seguro e acolhedor.
A habilidade de se comunicar adequadamente, compatível com o nível de maturidade da criança, é igualmente essencial.
Cabe ao terapeuta também trabalhar para estreitar colaboração com os pais e professores. A integração de diferentes espaços (família, ambiente escolar, comunidade) é fundamental para garantir que os ganhos terapêuticos sejam mantidos a longo prazo.
De todo modo, é possível que o laço entre ambas as partes não seja aquele esperado no início. A partir disso, talvez seja necessário considerar a alteração da abordagem adotada ou do psicólogo escolhido.
Abordagens terapêuticas utilizada
A partir das escolas da Psicologia, foram estabelecidas várias técnicas terapêuticas voltadas para as crianças. Cada uma com suas particularidades e indicações.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Forma de tratamento amplamente utilizado para transtornos de ansiedade, depressão e TDAH. A TCC é uma ferramenta para identificar pensamentos negativos e substituí-los por padrões de pensamento mais saudáveis e realistas.
Além disso, ensina técnicas de relaxamento e estratégias para lidar com situações estressantes.
Terapia Psicodinâmica
Baseada nas teorias de Sigmund Freud e seus seguidores, busca explorar as disfunções inconscientes que estão afetando o comportamento e as emoções.
Essa abordagem é particularmente útil para traumas ou lacunas emocionais profundas.
Terapia Familiar
Obstáculos infantis estão constantemente relacionados a dinâmicas disfuncionais entre parentes dentro do contato diário com os pais, os irmãos etc.
Portanto, a terapia familiar envolve não apenas a criança, mas os demais indivíduos desse círculo próximo, com o objetivo de melhorar a comunicação e resolver conflitos.
Terapia Lúdica
Essa estratégia é especialmente indicada para idades menores, principalmente quando há dificuldade de expressão verbal.
Por meio de brincadeiras e de jogos, o terapeuta consegue acessar aquele mundo interno e apoiá-la a processar sensações e experiências difíceis.
Para isso, a sessão é feita em um espaço adaptado, que em muitos casos lembra uma brinquedoteca ou uma sala recreativa.
Principais benefícios psicoterapêuticos
Além da resolução de preocupações mais imediatas, o atendimento psicológico com os pequenos pode ajudá-los a contar com uma maior consciência das próprias emoções e fortalecer sua autoestima.
Outro ponto relevante é a prevenção do desenvolvimento de transtornos mais graves posteriormente. Além disso, é possível ressaltar aperfeiçoamentos que englobam:
- melhorias na regulação emocional, fazendo com que seja mais fácil lidar com raiva, frustração e demais sentimentos negativos;
- aprimoramento de habilidades sociais, aprimorando a interação com outras crianças e adultos em diversos contextos;
- avanços no desempenho acadêmico, já que auxilia no foco nos estudos;
- fortalecimento do vínculo familiar;
- redução de sintomas, como parte do tratamento de quadros ansiosos, depressivos etc.;
- flexibilidade e capacidade de adaptação às circunstâncias da vida;
- ampliação da resiliência, da independência e da autonomia nessa fase do crescimento.
A atenção da psicoterapia infantil pode complementar o suporte de pais e de cuidadores. Muitas vezes, eles se sentem perdidos ou sobrecarregados.
Logo, esse é um mecanismo capaz de fornecer orientações práticas para auxiliar os pais a apoiarem seus filhos.
Os desafios na psicoterapia na infância e na adolescência
Apesar dos inúmeros benefícios, esse tipo de abordagem enfrenta obstáculos significativos que precisam ser colocados na balança. Um deles é o estigma associado à saúde mental.
Como consequência, muitos pais relutam em buscar assistência psicológica qualificada devido ao medo de serem julgados ou dos rótulos indevidos que isso pode gerar. Isso frequentemente atrasa o início do tratamento.
Além disso, o sucesso do amparo psicoterápico também depende do engajamento de todos. Em um primeiro momento, pode ser difícil incentivar o comparecimento aos atendimentos com a regularidade necessária (uma vez por semana, por exemplo).
No mais, os responsáveis pela criação devem estar sempre atentos às recomendações do psicólogo. Em vários casos, ele pode fazer sugestões para o dia a dia ou solicitar determinadas informações sobre a criança para dar continuidade às sessões.
Em suma, a psicoterapia infantil representa um recurso valioso para a evolução saudável nessa faixa etária. Com abordagens adaptadas às necessidades individuais, ela trabalha uma série de questões capazes de comprometer o bem-estar atual e futuro.
Fontes: