Terceiro mês da gravidez: saiba como está o bebê e cuidados necessários
O fim do primeiro trimestre de gestação é um marco importante para o desenvolvimento do bebê e para a adaptação do corpo da mulher às mudanças da gravidez.
Durante essa fase, o período embrionário dá lugar ao período fetal, segundo o Ministério da Saúde, e muitos sintomas iniciais comuns podem diminuir ou se transformar.
Além do crescimento acelerado da criança, essa etapa é essencial para o fortalecimento da saúde materna e para a prevenção de complicações.
O conteúdo traz informações sobre os principais sintomas da gestante, o desenvolvimento do bebê no terceiro mês da gravidez e os cuidados recomendados para uma gestação tranquila e segura.
Momento de se alimentar melhor na gravidez
Na 13ª semana de gestação, é possível que sintomas típicos do início da gestação diminuam. É o caso da sensação do cansaço, da sensibilidade nas mamas e das náuseas.
A aversão a comidas e a cheiros também reduz e a volta do desejo de comer. Esse, por sinal, é o período ideal para aproveitar e se alimentar melhor.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) orienta uma dieta rica em proteínas, lipídios, carboidratos, fibras, vitaminas (B9, B12 e D) e minerais (ferro e cálcio), que são essenciais para a manutenção da saúde materna e para o desenvolvimento fetal adequado. Entre os alimentos indicados, destacam-se:
- hortaliças verde-escuras (brócolis, couve e espinafre);
- feijões;
- lentilhas;
- amendoim;
- carne;
- ovos;
- leite e derivados.
Manter o acompanhamento com um nutricionista pode auxiliar a grávida a montar seu plano alimentar durante cada etapa da gestação.
O Cartão dr.consulta possibilita o acesso a diferentes especialidades, como profissionais de Nutrição e Obstetrícia, além de exames de pré-natal, que são fundamentais para os cuidados com a saúde ao longo da gravidez.
A paciente também pode fazer parte do programa Cuidando da Minha Gestação, que oferece suporte e orientações sobre a saúde da gestante via WhatsApp com um time multidisciplinar e consultas on-line de enfermagem.
Além dessas mudanças, a pele da gestante também sente os impactos dos hormônios da gravidez e pontos de acne podem aparecer.
É importante, ainda, que a grávida consiga tomar sol diariamente por, pelo menos, 15 minutos para conseguir absorver adequadamente a vitamina D – usando sempre protetor solar e outros acessórios que protejam contra a radiação UV.
Desenvolvimento do bebê no terceiro mês
Durante o período fetal, ele pode chegar a medir até 14 cm, informa o Ministério da Saúde, e pesar até 28g. Estruturas importantes do corpo já estão em desenvolvimento, incluindo:
- cérebro;
- tecido cardíaco;
- pâncreas;
- rins;
- genitais;
- unhas;
- mãos e pés;
- boca, olhos e nariz;
- pulmões.
Embora ainda em formação, muitos desses órgãos começam a desempenhar suas funções iniciais, preparando o bebê para as próximas etapas do crescimento.
Diminuição do risco de aborto espontâneo
Após o terceiro mês é também um momento significativo por iniciar uma fase de menor riscos de interrupções gestacionais involuntárias, que é mais comum no primeiro trimestre.
Conforme aponta um levantamento da Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, que analisou 44 estudos publicados, inclusive brasileiros, a maioria dos casos de abortos espontâneos ocorrem até a 13ª semana.
De ordem multifatorial, os principais fatores associados costumam ser:
- tabagismo materno: prejudica a formação da placenta, reduz o fluxo sanguíneo para o feto e pode causar complicações como placenta prévia ou restrição do crescimento fetal;
- histórico de aborto espontâneo: aspectos genéticos ou hormonais aumentam as chances;
- estresse no trabalho: jornadas longas e níveis elevados podem interferir na saúde reprodutiva e aumentar a probabilidade de complicações na gravidez.
Sintomas que merecem atenção
Por esses motivos citados, é essencial que a gestante, além de adotar hábitos saudáveis, esteja atenta a alguns sinais de complicações.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a paciente deve procurar atendimento imediato (seja do médico responsável ou em uma unidade de pronto atendimento) caso apresente:
- cãibras severas;
- febre acima de 38°C;
- corrimento vaginal com mau cheiro;
- dor ao urinar;
- sangramento vaginal;
- vômitos graves.
Pré-natal continua sendo importante
Manter a rotina de consultas com o obstetra segue sendo fundamental para acompanhar a saúde da mãe e do bebê e devem ocorrer mensalmente até o sétimo mês (28ª semana), conforme recomendação do Ministério da Saúde.
Assim como nos meses anteriores, é possível que o médico obstetra solicite alguns exames laboratoriais e de imagem. Entre eles:
- hemograma completo;
- glicemia em jejum (avalia o risco de diabetes gestacional);
- sorologias para sífilis, HIV e hepatite B;
- exames de urina e fezes;
- urocultura (verifica a presença de bactérias na urina);
- teste de toxoplasmose IgG e IgM (indica se a gestante já teve contato com o parasita responsável pela condição);
- ultrassonografia transvaginal obstétrica;
- tipagem sanguínea e fator Rh;
- coombs indireto (detecta anticorpos que podem causar a doença hemolítica do recém-nascido);
Embora a lista seja grande, não significa que todos eles sejam feitos no mesmo mês. Alguns podem ser solicitados na primeira consulta, outros mais adiante.
Por isso, é importante conversar sempre com o médico e verificar a necessidade ou não dos procedimentos, além de manter o pré-natal em dia.
Fontes:
[…] a aparecer no quarto mês da gravidez. Em algumas pacientes, isso pode ocorrer um pouco antes, no terceiro, ou bem mais adiante, no quinto ou sexto […]
[…] entre o terceiro e o sexto mês da gravidez o cansaço havia diminuído, ele retorna nessa fase da gestação. Isso […]