Só TPM? Entenda o que é o transtorno disfórico pré-menstrual
Muitas mulheres sofrem com alterações físicas e emocionais antes da menstruação, como inchaço, dor nos seios, cólicas, cansaço, irritabilidade e tristeza.
Esses sintomas são conhecidos como síndrome pré-menstrual (SPM) e costumam ser leves ou moderados, sem interferir muito na rotina e no bem-estar.
No entanto, algumas mulheres apresentam uma forma mais acentuada da SPM, chamada de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).
Acompanhe o conteúdo para saber sobre essa condição: sintomas, diagnóstico e mais!
O que é transtorno disfórico pré-menstrual?
O transtorno disfórico pré-menstrual é uma forma mais “grave” da famosa TPM. Isso porque os sintomas físicos e emocionais conhecidos dessa fase são mais intensos e podem até atrapalhar a vida pessoal e profissional de quem foi diagnosticado com essa patologia.
De acordo com estudos, o TDPM afeta cerca de 3% a 11% das mulheres em idade reprodutiva e ainda não tem uma causa definida. Mas, uma das possibilidades levantadas é de que ele esteja relacionado à flutuação hormonal que ocorre no ciclo menstrual e que afeta os neurotransmissores cerebrais responsáveis pelas emoções.
Quais os sintomas do TDPM?
Os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual costumam aparecer na segunda metade do ciclo menstrual, ou seja, entre 7 a 10 dias antes da menstruação, e desaparecem logo após o seu início.
Eles podem variar de mulher para mulher, mas geralmente incluem:
- alterações de humor, como irritabilidade, raiva, ansiedade e depressão. Nesse período, até mesmo pensamentos suicidas podem estar presentes;
- dificuldade de concentração, memória e raciocínio;
- baixa autoestima, sensação de culpa e insegurança;
- perda ou aumento do apetite e compulsão por doces ou salgados;
- insônia ou sonolência excessiva;
- dor de cabeça, enxaqueca, dor nas costas e nas articulações;
- inchaço abdominal, retenção de líquidos e ganho de peso;
- sensibilidade ou dor nos seios;
- fadiga, cansaço e falta de energia.
É importante relembrar que esses sintomas são bem mais intensos em pessoas com transtorno disfórico pré-menstrual e, por isso, a condição não deve ser subestimada.
Como é feito o diagnóstico?
A avaliação do transtorno disfórico pré-menstrual é feito pelo médico de Ginecologia de acordo com o relato da paciente.
Desde 2013, o TDPM é classificado como transtorno depressivo por afetar também o sistema nervoso. Por isso, o diagnóstico deve ser baseado nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) que exigem a presença de, no mínimo, 5 sintomas específicos.
O ginecologista pode ainda solicitar exames para descartar outras patologias que possam causar sintomas semelhantes, como síndrome da fadiga crônica e fibromialgia.
Condições como ansiedade e depressão podem causar sintomas semelhantes ao transtorno disfórico pré-menstrual. Por isso, é recomendado também a consulta com um psicólogo para eliminar esses diagnósticos.
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Tratamento
O tratamento do TDPM visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida da mulher e vai depender de pessoa para pessoa.
Como o transtorno disfórico menstrual afeta a saúde física e mental, os recursos terapêuticos devem ser multidisciplinares e podem envolver especialidades como Ginecologia, Psicologia e Psiquiatria.
Após a sua avaliação, podem ser recomendadas mudanças nos hábitos alimentares, a prática de exercícios físicos e a realização de terapia cognitiva comportamental — normalmente indicados para casos mais leves.
Já para quem tem a condição de forma mais acentuada, podem ser prescritos medicamentos para controle hormonal, ansiolíticos e antidepressivos. Mas apenas o médico pode fazer essa prescrição, não se automedique!
Na busca pelo bem-estar
Muitas vezes, devido à correria do dia a dia, você pode deixar sintomas de lado pensando que não é algo que merece atenção, quando, na verdade, pode ser uma condição que precisa de mais cuidado, como o transtorno disfórico pré-menstrual.
Por essa razão, é importante ouvir o seu corpo e, mais do que isso, estar com o check-up anual em dia para garantir que não está deixando passar nada, ou ajudar no diagnóstico precoce de alguma doença, aumentando as chances de cura.
Além disso, existem alguns hábitos que impactam positivamente na saúde e bem-estar. Você com certeza já os conhece, mas vale a pena destacar de novo, porque fazem a diferença quando aplicados frequentemente:
- beba, pelo menos, 2 litros de água por dia;
- faça exercícios físicos regularmente;
- adote uma alimentação saudável: menos ultraprocessados, mais legumes e verduras;
- durma bem;
- evite o consumo de álcool.
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Fontes:
[…] ou já teve transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) — um quadro mais intenso que a tensão pré-menstrual […]