As principais recomendações de tratamentos para pré-diabetes

A pré-diabetes é caracterizada por níveis de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas ainda não suficientemente elevados para o diagnóstico definitivo do diabetes mellitus tipo 2.
Logo, essa fase é crucial, pois, com medidas adequadas, é possível controlar o quadro e evitar sua progressão.
Os parâmetros que definem o pré-diabetes
Essa condição ocorre quando o corpo começa a apresentar resistência à insulina, hormônio capaz de induzir a “queima” da glicose.
A disfunção faz com que o açúcar se acumule na corrente sanguínea, elevando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e outras complicações de saúde. Como referência são utilizados os seguintes indicadores, obtidos através de exames de sangue:
- glicemia de jejum alterada entre 100 e 125 mg/dL;
- tolerância da curva glicêmica com resposta oscilando de 140 a 199 mg/dL duas horas após a ingestão da dose de açúcar;
- hemoglobina glicada (HbA1c) variando entre 5,7% e 6,4%.
Com esses números em mãos, o responsável pelo atendimento pode identificar o pré-diabetes e dar início às medidas para deter seu avanço. O especialista no cuidado com o metabolismo, vale reforçar, é o endocrinologista.
Com esses números em mãos, o responsável pelo atendimento pode identificar o pré-diabetes e dar início às medidas para deter seu avanço. O especialista no cuidado com o metabolismo, vale reforçar, é o endocrinologista.
As mudanças no estilo de vida para a reversão do pré-diabetes
Em geral, ajustes nos hábitos são o pilar central do manejo dessa situação. Adicionalmente, essas intervenções não apenas ajudam a corrigir a glicose, mas também melhoram a saúde como um todo a partir de cuidados que envolvem:
- alimentação saudável;
- atividades físicas regulares;
- controle do peso;
- diminuição do estresse cotidiano.
Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada é essencial nos tratamentos para pré-diabetes. Isso envolve priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras e legumes, e restringir o excesso de açúcares e carboidratos refinados. Outras dicas importantes incluem:
- optar por carboidratos complexos, presentes principalmente em cereais integrais;
- ampliar a quantidade de proteínas magras no cardápio, como peixes, frangos sem pele e leguminosas (como o feijão), para manter a saciedade por mais tempo e equilibrar a glicemia;
- reduzir o consumo de itens ultraprocessados, uma vez que eles contêm altas porções de açúcar, sódio e gorduras.
Diante de questionamentos sobre como adaptar o cardápio, o apoio de um nutricionista faz toda a diferença. Esse profissional orienta adequadamente sobre a composição das refeições, as substituições necessárias e as possíveis restrições do que colocar ou não no prato.
Atividades físicas regulares

Movimentar o corpo é igualmente indispensável para tratamentos para pré-diabetes. Os exercícios melhoram a sensibilidade à insulina, favorecendo o equilíbrio da glicemia. Entre as alternativas para alcançar esse objetivo estão:
- atividades aeróbicas, na forma de caminhadas, corridas, natação ou passeios de bicicleta;
- treinos de força, como musculação e Pilates (que também colaboram no aumento dos músculos, importantes para o metabolismo da glicose).
Qualquer exercício é sempre melhor que nenhum, mas o ideal é tentar somar no mínimo 150 minutos de atividade moderada por semana, distribuídos de três a cinco dias.
Para quem está muito tempo parado, o ideal é consultar o médico a respeito de eventuais limitações. Ademais, ir aos poucos e respeitar os limites ajuda a prevenir lesões e acidentes durante a prática.
Controle do peso
Mesmo reduções pequenas já são relevantes. Emagrecer de 5% a 10% do total da massa corporal já gera benefícios significativos para quem busca controlar as concentrações glicêmicas acima do ideal.
Diminuição do estresse cotidiano
A tensão persistente eleva o cortisol, hormônio que interfere na flutuação da glicemia. Portanto, é interessante investir em práticas de meditação, yoga e técnicas de respiração para reduzir tal disfunção emocional e melhorar a qualidade de vida.
O papel dos remédios nos tratamentos para pré-diabetes
Em alguns casos, as adequações no estilo de vida não são suficientes. Nesses cenários, o uso de medicamentos é indicado por um médico. A maioria deles é administrada por via oral, mas algumas exceções exigem soluções injetáveis sob a pele.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os principais fármacos adotados nesse cenário atuam:
- reduzindo a produção de glicose pelo fígado e melhorando a sensibilidade à insulina;
- retardando a absorção de carboidratos no intestino e ajudando a minimizar os picos glicêmicos após as refeições;
- estimulando a liberação de insulina;
- aumentando a excreção de açúcar pela urina.
O consumo dessas substâncias deve ser acompanhado por um profissional. É ele quem avaliará a pertinência da medicação, o remédio adequado e a dosagem apropriada.
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A importância do acompanhamento regular
Depois do diagnóstico e da orientação inicial, é indispensável monitorar a evolução do pré-diabetes e ajustar a terapia conforme necessário, sobretudo quando ela não está surtindo o efeito esperado. Os atendimentos periódicos permitem:
- a reavaliação dos níveis de glicose por meio dos exames pertinentes;
- a observação de outros fatores de risco, como pressão arterial, colesterol e peso;
- eventuais correções na terapia, tanto em relação às mudanças na rotina quanto à ingestão dos medicamentos.
No longo prazo, se diante da repetição dos testes os resultados esperados sejam alcançados, talvez seja viável interromper a abordagem medicamentosa, sem ignorar a manutenção de hábitos positivos.
Em resumo, esse é um cenário que exige atenção, mas com os tratamentos para pré-diabetes devidamente prescrito é factível reverter o quadro e evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2. O Ministério da Saúde estima que até metade das pessoas nesse estágio vão seguir suas vidas sem evoluir para a condição crônica.
Fontes: