Saiba para que serve o ultrassom hepático

O fígado é responsável por funções vitais que atuam em diferentes sistemas do organismo, auxiliando no metabolismo, na digestão, na eliminação de toxinas, na defesa do corpo e no armazenamento de vitaminas, entre outras. Assim, quando algo não vai bem em seu funcionamento, pode impactar em todo o corpo.
Patologias crônicas que o afetam apresentam altos índices de prevalência em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), e têm uma característica crítica entre si: muitas vezes evoluem de forma silenciosa.
Para avaliar as condições físicas dessa região, rastrear possíveis sinais e diagnosticar tais questões, umas das tecnologias mais utilizadas é o ultrassom hepático.
No que consiste o ultrassom hepático?
É um exame de imagem indolor e não invasivo, que utiliza ondas sonoras de alta frequência para gerar registros visuais detalhados do órgão e das estruturas ao redor em tempo real, analisando seu estado e saúde, bem como apontando qualquer modificação.
Por não conter nenhum tipo de radiação, é considerado seguro, até mesmo para crianças e gestantes, sendo amplamente aplicado dentro das práticas clínicas.
Também pode ser realizado na opção com Doppler, que avalia a velocidade e direção do fluxo sanguíneo no local.
Quando o exame é indicado
Diversas situações podem exigir esse tipo de investigação mais precisa, destaca um artigo publicado no Australia Journal of Ultrassom in Medicine. As principais incluem:
- dores abdominais intensas, especialmente na região superior direita;
- presença de massas anormais palpáveis;
- sintomas como olhos amarelados (icterícia);
- traumas locais;
- resultados alterados em testes de sangue de funções hepáticas;
- suspeita de infecções ou condições que atingem esse órgão;
- monitoramento de enfermidades já diagnosticadas.
Já as contraindicações são bem restritas, se limitando a casos de obesidade mórbida, distensão ou feridas abdominais graves ou qualquer questão motora que impeça o indivíduo de permanecer na posição adequada durante o exame.
Dentre as patologias que ele pode identificar estão hepatites, cirrose, esteatose hepática, cistos, tumores (câncer de fígado) e cálculos biliares.
Somente um profissional pode avaliar cada quadro clínico, solicitar procedimentos quando necessário e determinar diagnósticos e tratamentos. Normalmente, o especialista que cuida desse órgão e das vias biliares é o hepatologista.

Como o ultrassom hepático é feito
Com o paciente deitado de barriga para cima em uma maca, aplica-se gel em seu abdômen para facilitar a transmissão acústica das ondas sonoras refletidas pelos tecidos internos.
Utiliza-se um transdutor que desliza sobre a pele em diferentes direções para capturar as imagens de todos os ângulos, que são vistas em um monitor. Pode-se pedir que a pessoa prenda o ar para melhorar a visualização. Depois, os registros são consultados pelo médico.
O Cartão dr.consulta possibilita o acesso a atendimentos especializados e procedimentos como esse por valores mais vantajosos, além de incluir o paciente em programas de saúde para suporte multidisciplinar e consultas de enfermagem on-line e gratuitas.

Preparo
Cada lugar pode ter suas orientações, mas, em geral, adultos devem manter uma dieta leve baseada em sopas, bolachas de água e sal, torradas e líquidos nas 48 horas prévias, tomar laxante na véspera e fazer jejum na data agendada. Crianças precisam seguir especificações conforme a idade.
No dia do exame é importante usar roupas que facilitam a exposição da área a ser analisada e levar o pedido médico, além de resultados de outros testes pertinentes.
Cuidados com o fígado
Prevenir condições hepáticas pode ser viável com a adoção de hábitos saudáveis. O Ministério da Saúde recomenda:
- investir em uma alimentação equilibrada;
- manter um peso corporal adequado para impedir o acúmulo de gordura no órgão;
- reduzir o consumo de bebidas alcoólicas (muito associadas à cirrose e causas correlacionadas);
- controlar outras enfermidades crônicas, como diabetes e hipertensão arterial.
Embora nem todos os quadros sejam evitáveis, os riscos podem ser reduzidos com essas medidas simples e um acompanhamento médico regular, principalmente para a realização de procedimentos como o ultrassom hepático. Assim, é possível garantir diagnósticos e intervenções precoces que preservam a saúde a longo prazo.
Fontes: