Vaginose é uma das infecções mais comuns entre as mulheres

Um leve desequilíbrio na flora vaginal é o suficiente para alterar todo o ambiente íntimo e gerar desconfortos inesperados. Entre as enfermidades que podem surgir nesse contexto está a vaginose.
Entendendo a região genital
O principal grupo de espécies responsáveis por manter essa regulação é formado pelos Lactobacillus, que transformam o glicogênio em ácido lático para manter o pH entre 3,8 e 4,5 – processo essencial para proteger contra germes prejudiciais.
Além disso, alguns desses microrganismos naturais também produzem o peróxido de hidrogênio (H2O2), uma substância que ajuda a inibir o crescimento de bactérias e fungos.
Porém, mudanças nos hábitos de vida e/ou nas condições do organismo (como oscilações hormonais, uso de medicamentos, higiene inadequada ou mesmo o estresse) podem afetar essa harmonia, resultando em questões ginecológicas variadas que precisam de atenção e cuidado.
O que é vaginose
Ao contrário das infecções, essa patologia não é ocasionada diretamente por agentes externos, mas sim pela proliferação ou redução inadequada dos já presentes na região, conforme explica a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Esse desajuste se manifesta de diferentes maneiras:
1. Vaginose bacteriana
Quadro que ocorre quando há uma diminuição das espécies reguladoras e, ao mesmo tempo, um aumento de bactérias como Gardnerella vaginalis e Mobiluncus spp, provocando uma secreção acinzentada, mais líquida e homogênea e odor forte (semelhante a peixe), principalmente após relações sexuais.
2. Vaginose citolítica
Acontece devido à multiplicação exagerada do próprio Lactobacillus, o que deixa o local excessivamente ácido e causa o rompimento das células dos tecidos.
Corrimento branco, sem cheiro e de aspecto fluido ou em grumos, bem como coceira e ardor (em especial antes da menstruação) são características comuns.
Muitas vezes é confundida com a candidíase, levando a tratamentos antifúngicos ineficazes. Por isso, o diagnóstico correto é fundamental para impedir recorrência e melhorar a qualidade de vida da mulher.
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Diagnóstico e tratamento

Distinguir os tipos da condição requer avaliação clínica detalhada, exames como a colposcopia (que permite ao médico observar lesões) e testes laboratoriais, como o das aminas, pH vaginal e até cultura microbiológica para descartar outras infecções.
No caso da vaginose citolítica, a abordagem visa controlar o estado do canal, com o uso de bicarbonato de sódio, cápsulas vaginais ou banhos de assento. E exige atenção, principalmente quando os sintomas persistem. Já a bacteriana envolve antibióticos específicos que restauram o equilíbrio da flora.
As orientações dependem sempre do conhecimento profissional para ajustes de medicamentos e outras medidas que evitam novos episódios.
Como prevenir a vaginose?
Embora nem sempre seja possível garantir que ela não se desenvolva, algumas práticas ajudam a manter os cuidados em dia:
- não utilizar duchas vaginais e produtos perfumados;
- preferir roupas íntimas de algodão;
- ter relações sexuais protegidas;
- controlar o estresse;
- investir em uma boa alimentação.
São hábitos simples, mas que reduzem o risco de recorrência. O acompanhamento ginecológico regular também é importante para identificar qualquer alteração do trato reprodutivo feminino e saber como adotar as atitudes necessárias para preservar a saúde.
Fontes:
Corrimento branco na vagina que fica com mau cheiro grosso
Corrimento branco
[…] quadro infeccioso que volta com frequência; […]