Você sabia que existem mais vírus na Terra do que estrelas no universo?
Onde estivermos, provavelmente esses seres microscópicos estarão dividindo o ambiente conosco e, embora apenas uma pequena parcela deles infectem os seres humanos, podem levar ao diagnóstico de virose facilmente.
Esse é um dos principais motivos para que os profissionais de saúde indiquem cuidados básicos tanto para a prevenção quanto para ajudar na recuperação, como descanso e boa hidratação, por exemplo.
Isso acontece porque há, normalmente, um padrão em relação às doenças virais.
Este conteúdo foi pensado para explicar o que é uma virose e como as pessoas contraem essas infecções. Vamos explorar os principais sintomas, mitos e falar de quando e em quais situações você precisa se preocupar.
As 3 categorias de virose
Para combater os vírus, é preciso ter um sistema imunológico mais resistente. Desde a pandemia de COVID-19, o que se viu, no entanto, foi uma baixa imunidade especialmente entre as crianças nascidas nesse intervalo.
Isso se deve ao fato de que passaram a ficar mais isoladas e em menor contato com ambientes externos.
Estamos falando de uma condição que acomete o mundo todo, embora seja um diagnóstico muitas vezes subestimado pelos pacientes. Por isso, a nível de conhecimento, essas doenças são divididas em três categorias:
1. Viroses respiratórias
Como o próprio nome diz, afetam o trato respiratório e aparecem de forma mais frequente no inverno. Alguns exemplos são:
- resfriado (vírus sincicial respiratório);
- gripe (H1N1, H3N2, influenza B e vários outros);
- bronquite (adenovírus, rinovírus, coronavírus e influenza);
- COVID-19 (SARS-CoV-2).
Em caso de infecção, os sintomas são:
- tosse;
- espirros;
- congestão nasal;
- dor de garganta;
- dificuldade de respirar.
No momento, estamos presenciando surtos de doenças infecciosas nas alas pediátricas, como a bronquiolite (causada pelo vírus sincicial respiratório) e a gripe.
No verão de 2022, por exemplo, tivemos uma onda de gripe gerada por um novo vírus, o H3N2. A virose respiratória apareceu em um momento atípico, em que as pessoas ainda não haviam adquirido resistência ao patógeno.
Para se prevenir, tome as vacinas disponíveis, certifique-se de estar em ambientes arejados, não entre em contato com pessoas doentes e use máscaras. E se ainda assim e com todos esses cuidados você for infectado, consulte um médico pneumologista.
2. Viroses gastrointestinais
São as que atingem o estômago e o intestino, como:
- gastroenterite viral;
- rotavírus;
- norovírus.
Elas causam os seguintes incômodos:
- náuseas;
- vômitos;
- diarreia;
- dor abdominal;
- febre baixa.
A prevenção gira em torno de alimentos bem higienizados, evitando refeições cruas. Em qualquer sinal de contaminação, faça uma alimentação mais leve, beba muita água e consulte um gastroenterologista.
3. Viroses exantemáticas
Tratam-se de doenças infecciosas agudas que são, em maioria, potencialmente graves. Muito comuns na infância, são todas transmissíveis e contagiosas. Alguns exemplos são:
- sarampo;
- catapora;
- rubéola;
- herpes;
- roséola.
O paciente apresenta sintomas como:
- febre alta;
- manchas no corpo;
- coceira;
- mal-estar geral;
- perda de apetite;
- irritação nos olhos;
- dores de cabeça.
Infecções como essas podem deixar sequelas graves, como surdez e cegueira (em casos mais complicados de sarampo). O fato das crianças estarem mais suscetíveis à infecção reforça a necessidade da vacinação infantil.
O quadro viral
Os vírus não são considerados seres vivos porque eles não têm capacidade de se reproduzir ou realizar atividades metabólicas de maneira independente. Eles precisam invadir células de outros organismos, para se multiplicarem.
A depender do local do corpo infectado, há um quadro viral específico e alguns costumam ser bastante característicos durante determinadas épocas do ano.
No inverno, por exemplo, em que ficamos em locais fechados e o ar também se torna mais seco, temos um cenário mais favorável para contrair viroses respiratórias, como:
- a gripe (que pode ser gerada por diversos vírus);
- resfriados (por meio do vírus sincicial, responsável pela maioria dos casos de infecções respiratórias);
- e aquele que ficou tão conhecido nos últimos anos: o SARS-CoV-2, da COVID-19.
Já durante o verão, o calor favorece a disseminação de vírus em alimentos, aumentando o risco de contrair infecções gastrointestinais. Entre os principais agentes infectantes, estão:
- adenovírus;
- enterovírus;
- rotavírus.
Os fenômenos climáticos, de maneira geral, têm grande influência em relação ao “calendário” de viroses ou maior incidência delas.
Em junho deste ano, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta que envolve o El Niño:
Em razão do aquecimento das águas do Pacífico há, desde então, uma preocupação vigente em relação às epidemias transmitidas pelo aedes aegypti, como a dengue, o zika e a chikungunya.
No Brasil, devido ao período de chuvas intensas em algumas regiões, esses quadros costumam ser diagnosticados em larga escala.
Sinais comuns
Mesmo diante das diferentes regiões geográficas em que ocorrem a maior frequência das doenças virais, os sinais observados pelos profissionais de saúde são semelhantes.
Durante a avaliação médica, os sintomas são divididos em dois grupos:
- Inespecíficos: incômodos comuns, como:
- febre;
- mal-estar;
- náuseas;
- vômitos;
- cansaço.
- Específicos: indicam a origem do vírus, podendo ser:
- respiratórios (tosse, coriza, espirros e congestão nasal);
- gastrointestinais (diarreia e vômito).
Também é preciso ter atenção aos sintomas mais alarmantes, como:
- dores de cabeça;
- manchas na pele;
- dores nas articulações;
- sangue nas fezes;
- desidratação;
- fortes cólicas abdominais.
Independentemente da queixa ou sintoma, procurar ajuda médica é fundamental e, atualmente, há alternativas ágeis e práticas para isso.
Por meio da teleconsulta, você recebe orientações de acordo com o seu quadro viral, a fim de aliviar sintomas e evitar complicações futuras.
Quanto tempo dura?
Infelizmente, não há uma resposta definitiva para isso, uma vez que o sistema imunológico de cada pessoa costuma ter períodos diferentes para eliminar cada tipo de vírus.
Uma gripe, por exemplo, dura cerca de sete dias, em média, enquanto um resfriado pode desaparecer em apenas três.
Por outro lado, uma virose gastrointestinal surge nas primeiras 48 horas da infecção. Apesar de vir com sintomas fortes, eles cessam em cerca de quatro dias, em média.
Para uma resposta mais assertiva e saber dos possíveis tratamentos indicados, é preciso estar em contato com um especialista. E tenha cuidado: a automedicação pode piorar a doença, fazer com que ela dure mais tempo ou até mesmo deixar sequelas.
Prevenção
A virose é contagiosa e, por isso, é preciso conhecer e pôr em prática os métodos para se proteger:
- evite o contato com pessoas que já estejam doentes;
- tenha cuidado ao tocar a boca, nariz e olhos, caso as mãos estejam sujas;
- lave sempre as mãos (principalmente antes de se alimentar e depois de ir ao banheiro);
- não divida objetos pessoais, como pratos, copos, talheres e toalhas. Isso aumenta o risco de contato direto ou indireto;
- mantenha uma alimentação saudável (essencial para ter um sistema imunológico forte);
- use máscaras ao frequentar lugares muito cheios, principalmente durante epidemias de doenças respiratórias;
- beba muita água;
- vacine-se.
Também há algumas formas específicas de prevenção. A proliferação de vetores bastante conhecidos como o aedes aegypti, por exemplo, pode ser evitada se você não deixar água parada ou acumulada em qualquer ambiente.
Existem vacinas?
A boa notícia é que sim, existem vacinas para prevenir viroses, como:
- gripe;
- COVID-19;
- rotavírus;
- dengue.
Também há imunizantes contra infecções mais graves como:
- febre amarela;
- HPV (Papilomavírus Humano relacionado ao câncer do colo do útero);
- meningite;
- tuberculose;
- hepatite A e B;
- poliomielite;
- sarampo.
Cada uma das vacinas tem uma idade certa para ser tomada, como a poliomielite, que é fundamental na infância e a de HPV, muito importante na adolescência.
E embora pareça difícil encontrar quais doses são necessárias em cada fase da vida, no dr.consulta, você pode colocar o seu calendário de vacinação em dia.
Há períodos do ano que exigem cuidados adicionais, como o inverno, quando ocorre a campanha de vacinação contra a gripe. É fundamental ficar atento à sua carteira de vacinação e, caso alguma dose esteja em falta, procure tomá-la.
Cuidados prioritários
Gripes e resfriados muitas vezes são doenças que o nosso sistema imunológico consegue combater sozinho. No entanto, podemos dar uma ajuda extra a ele, por meio de uma alimentação saudável, ingestão de água e muito descanso.
De acordo com a OMS, a higienização das mãos desempenha um papel crucial na prevenção de infecções. Uma simples ação como essa já reduz em 40% o risco de contrair a gripe, a conjuntivite ou uma inflamação da garganta.
Em casos mais graves, os profissionais de saúde são nossos grandes aliados, uma vez que podem prescrever tratamentos e medicamentos. E aqui, muitas vezes surge a dúvida: antibióticos ou antivirais?
Fármacos antibacterianos são receitados para tratar infecções causadas por bactérias e, de fato, amenizam diversas condições. No entanto, em casos de virose, não se usa antibiótico.
Os antivirais, por outro lado, têm por objetivo inibir funções específicas dos vírus, impedindo a replicação nas células em que estão hospedados.
Portanto, tenha atenção especial aos sintomas. Em caso de tratamentos sem melhoras e uma maior duração ou agravamento inesperados dos sintomas, busque orientação médica o quanto antes.
Se precisar, conte com os especialistas do dr.consulta. Faça consultas e exames rapidamente para um diagnóstico ou tratamentos mais preciso e pague mais barato com o Cartão dr.consulta: a assinatura de descontos para saúde para você e toda família!
Fonte:
- OMS se prepara para disseminação de doenças virais associadas ao El Niño | UOL;
- Como escolher, higienizar e armazenar frutas, verduras e legumes | GOV.br;
- Qual a diferença entre SARS-CoV-2 e Covid-19? Prevalência e incidência são a mesma coisa? E mortalidade e letalidade? | Butantan;
- Existem mais vírus do que estrelas no universo. Por que apenas alguns nos infectam? | National Geographic;
- Nova estação: Saúde alerta para os cuidados com doenças típicas do outono | Governo do Estado do Paraná;
- Nova onda de viroses: pandemia afetou profundamente imunidade das crianças | Viva Bem – UOL.