Épocas de chuvas intensas onde pode haver o maior acúmulo de água parada, como o verão, são pratos cheios para a proliferação de doenças, incluindo a dengue — que pode evoluir para a dengue hemorrágica nos quadros mais severos.
Neste conteúdo, vamos explicar o que é esse quadro, quais são os seus sintomas, além de dicas de prevenção para evitar essa condição. Continue com a gente!
O que é dengue hemorrágica?
A dengue hemorrágica é resultado da complicação da dengue convencional e é considerada a sua forma mais grave. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, 1 em cada 20 pessoas pode desenvolver esse quadro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirma que países da América Latina e da Ásia são os mais afetados pela dengue hemorrágica. Nessas regiões, a condição se tornou uma das principais causas de hospitalização. Por isso, a prevenção, seguida de cuidados com a doença, é essencial.
Apesar de ser causada pelo mesmo vírus da dengue comum, nessa forma da patologia há uma diminuição das plaquetas — que são as células responsáveis pela coagulação do sangue.
Com isso, o paciente pode apresentar sangramentos, principalmente nas mucosas (como nariz e boca), mas que pode evoluir e acarretar em hemorragias internas, mais sérias e mais graves.
A dengue hemorrágica é mais frequente em pessoas que já tiveram dengue anteriormente, mas é importante ressaltar que é possível ter essa condição também na primeira vez.
A doença tem 4 subtipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Uma vez que você foi contaminado com um sorotipo, você não o pegará de novo, mas pode ser acometido com outro, o que aumenta a chances do desenvolvimento da dengue grave.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), todos os quatro sorotipos de dengue podem produzir formas assintomáticas e brandas, mas também graves. No entanto, os subtipos 2 e 3 são considerados mais virulentos, por isso não é descartado o quadro hemorrágico na primeira infecção.
Dengue x dengue hemorrágica: como identificar os sintomas?
Apesar de não atingir todas as pessoas, conhecer seus sintomas é fundamental para buscar ajuda médica o quanto antes.
A dengue clássica costuma se apresentar com:
- febre;
- dor no corpo;
- sensação de resfriado comum;
- dor de cabeça;
- dor no fundo do olho.
Já quando se trata da dengue hemorrágica, como já citamos, os sintomas mais característicos são os sangramentos, que podem ocorrer na gengiva, no nariz, na boca, nos ouvidos, entre outros. Além disso, outros sinais de alerta são:
- dor abdominal forte e contínua;
- vômitos persistentes;
- diarreia;
- desconforto respiratório;
- desidratação;
- cansaço extremo de inapetência (sem apetite).
Os sintomas da dengue hemorrágica costumam surgir após o terceiro ou quarto dia da doença, quando a febre diminui ou cessa. Por isso, é importante ficar atento à evolução do quadro e procurar atendimento médico imediatamente se houver suspeita dessa condição.
O diagnóstico da doença pode ser feito com os testes da dengue. Entre eles, o exame de detecção e tipagem do vírus da dengue que, como o nome sugere, identifica a presença e o tipo do vírus causador da dengue.
Com o Cartão dr.consulta, é possível realizar esse e outros exames com descontos. Você também tem benefícios especiais em consultas e pode adicionar mais 4 dependentes, sem restrição de idade, para que eles também tenham facilidades ao cuidar da saúde e bem-estar.
Quem tem dengue pode tomar dipirona?
Não existe um tratamento específico para a dengue. Por isso, é importante que a pessoa com a infecção busque assistência médica. Em situações de dengue hemorrágica, ou sintomas graves, pode ser necessária uma internação para monitoramento e controle da situação.
Para amenizar as dores e febre alta causadas pela condição, é indicado medicamentos antitérmicos, como o dipirona. Nesse sentido, também pode ser prescrito o paracetamol.
Já medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como aspirina e AAS, devem ser evitados, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
Mas lembre-se: a recomendação deve vir sempre de um profissional da saúde, pois a automedicação pode trazer malefícios a saúde.
Vacina da dengue
Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue disponível no Brasil: a Dengvaxia e a Qdenga.
A Dengvaxia é indicada somente para quem já teve a doença e deve ser tomada em 3 doses com intervalo de 6 meses entre elas. Ela está disponível no dr.consulta e você pode fazer o agendamento hoje mesmo.
Lembre-se que vacinas são consideradas o método mais eficaz e revolucionário do mundo da saúde. Comece o seu cuidado e o da sua família com a prevenção.
A Qdenga chegou ao Brasil em julho de 2023 e deve ser tomada em 2 doses com intervalo de 3 meses entre elas. Ela também pode ser aplicada em quem ainda não teve.
Dicas preventivas
Tire férias, curta as viagens, mas não descuide da saúde. Lembre-se que a dengue é apenas uma das possíveis doenças mais comuns em períodos chuvosos.
O Aedes aegypti, por exemplo, é responsável por mais três condições: zika, chikungunya e febre amarela.
Por isso, é essencial eliminar os possíveis criadouros do mosquito que se reproduz em água parada. Algumas medidas simples para isso são:
- manter caixas d’água e barris bem fechados;
- descartar garrafas, latas e pneus vazios adequadamente;
- limpar calhas e ralos;
- trocar a água dos vasos de plantas e bebedouros de animais;
- usar repelente ou “repelente para dengue” e mosquiteiro;
- evitar o acúmulo de lixo e entulho.
Os dias quentes também podem ser favoráveis para outras doenças como desidratação, micose e insolação. Portanto, é importante também manter-se hidratado, alimentar-se bem e manter as práticas de higiene pessoal, como lavar as mãos frequentemente.
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Fontes:
- Dengue, diagnóstico e manejo clínico | Ministério da Saúde
- Dicas em saúde – dengue | Biblioteca Virtual em Saúde
- Aedes aegypti – mitos e verdades | Governo do Estado do Espírito Santo
- Vacinação contra dengue | Sociedade Brasileira de Infectologia