O que são doenças cardiovasculares?
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as doenças cardiovasculares são um grupo de enfermidades que têm relação direta com o coração e com os vasos sanguíneos.
Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que existam, no mundo, mais de meio bilhão de pessoas acometidas por essas patologias. No contexto brasileiro, a prevalência também é alta: são cerca de 14 milhões de indivíduos afetados.
A SBC também estipula que, no país, mais de 1.100 pessoas morrem por dia em virtude de doenças do coração. Por esse motivo, identificar os primeiros sinais e os fatores de risco são relevantes para evitar complicações.
Como é feito o diagnóstico?
Antes de mais nada, vale ressaltar que a investigação deve ser feita por um médico cardiologista que, por meio da anamnese, identificará os sintomas e determinará as possíveis causas.
Além da entrevista, exames podem ser solicitados para auxiliar no reconhecimento dos distúrbios cardíacos. Os principais são:
- ressonância magnética (RM): método por imagem que contribui para a análise de doenças em qualquer estágio.
- eletrocardiograma de repouso (ECG): verifica como estão os batimentos, permitindo checar se há a presença de aceleração anormal.
- ecocardiograma: tipo de ultrassonografia que avalia a forma, o tamanho e a espessura do músculo cárdio, bem como a entrada e a saída do sangue através das valvas. Isso possibilita a identificação de algum tipo de anomalia no órgão.
- MAPA: exame realizado a partir de um aparelho que fica aderido no corpo do paciente durante 24 horas.
- ecografia transesofágica: método que, por meio da introdução de uma sonda no esôfago, permite diagnosticar alterações funcionais ou estruturais.
- cateterismo cardíaco: consiste na introdução de um cateter para análise e tratamento;
- teste ergométrico (teste de esforço): o paciente é submetido a um esforço físico gradativamente crescente para uma avaliação completa do funcionamento cardiovascular.
- tomografia: exame de imagem não invasivo que pode auxiliar na descoberta de vários tipos de doenças, inclusive cardíacas.
- angiografia digital: método que permite a verificação das artérias;
- radiografia de tórax: serve para avaliar os pulmões, o coração e toda a parede torácica do indivíduo.
- holter: método não invasivo que consiste no monitoramento da atividade elétrica cardíaca ao longo de 24 horas.
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Quais são as doenças cardiovasculares mais comuns?
Destacamos abaixo as principais doenças do coração, os sintomas mais habituais e possíveis complicações de cada uma delas.
Hipertensão
A hipertensão, também conhecida como pressão alta, manifesta-se quando há uma força excessiva do bombeamento sanguíneo nas paredes das artérias.
Os principais responsáveis pelo desencadeamento desta condição são a má alimentação, sedentarismo, tabagismo, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, bem como os picos de estresse. De maneira geral, os principais sintomas são:
- dores de cabeça;
- visão borrada;
- falta de ar;
- zumbido no ouvido;
- dores no peito;
- tontura.
Quando não tratada corretamente, a hipertensão pode causar várias adversidades no sistema cardiovascular. Dentre elas, o risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto, insuficiência renal crônica.
Acidente vascular cerebral (AVC)
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o AVC acontece quando os vasos que direcionam o sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Por esse motivo, a medicina costuma dividi-lo em dois tipos:
- AVC isquêmico: é o mais comum e acontece quando há a obstrução de uma artéria, impedindo a oxigenação adequada para as células cerebrais;
- AVC hemorrágico: é o mais grave e decorre do rompimento de um vaso cerebral, que provoca uma hemorragia.
Nesse sentido, os sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:
- fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um só lado do corpo;
- confusão, alteração da fala ou compreensão;
- alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- alteração do equilíbrio, coordenação e tontura;
- dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente.
É válido mencionar que a principal causa do hemorrágico é a pressão alta. Assim, é essencial estar sempre atento ao sistema cardiovascular como um todo, uma vez que um quadro pode levar ao desenvolvimento do outro.
Doença arterial coronariana
Ocorre devido à obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração, originada por conta de placas de gordura que se depositam no interior do órgão.
O principal sintoma dessa enfermidade é a dor no peito. Porém, essa manifestação sintomática também é comum em diversas outras doenças do sistema cardiovascular.
As possíveis complicações causadas por esse diagnóstico são o infarto agudo do miocárdio e a angina (dor torácica causada pela falta de sangue).
Infarto agudo do miocárdio
O infarto aparece devido à formação de um coágulo que intercepta o fluxo da passagem sanguínea de uma maneira súbita e intensa. Os principais indícios são:
- dor ou desconforto na região do peito;
- suor e palidez;
- falta de ar;
- sensação de desmaio.
Miocardite
Caracterizada como uma doença inflamatória do miocárdio, surge devido a uma infecção viral (até por isso se assemelha a uma sequela cardiovascular secundária da Covid-19) ou quando existe a presença de uma inflamação por fungos ou bactérias.
Os sinais característicos dessa doença cardiovascular são dores no peito, cansaço extremo, batimentos irregulares e falta de ar. É essencial frisar que o risco de desenvolvimento dessa patologia é praticamente inexistente devido à vacina contra o SARS-CoV-2, como apontado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Doença isquêmica do coração
Devido ao acúmulo de gordura nas artérias, a doença isquêmica do coração se dá quando uma parte do órgão não recebe a quantidade de sangue necessária.
As principais causas são diabetes, hipertensão e colesterol alto. Os indicativos de sua presença envolvem dores ou sensação de pressão no peito, além de falta de ar.
Valvulopatias
As valvulopatias são mais frequentes em homens a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 75. Caracterizam-se pelo acúmulo de cálcio nas válvulas cardíacas, o que dificulta a livre passagem do fluxo sanguíneo.
Geralmente, essa doença cardiovascular revela-se por meio de dores no peito, falta de ar, fadiga, além de inchaço nas pernas e nos pés.
Endocardite
É a inflamação das estruturas internas do coração. Quando é causada por bactérias ou fungos circulantes no sangue, estamos diante de uma endocardite infecciosa. Os principais sintomas são:
- febre;
- fadiga;
- dor nas articulações.
O motivo do surgimento da endocardite é a bacteremia, isto é, a circulação de bactérias. Por isso, toda e qualquer infecção bacteriana deve ser tratada rápida e adequadamente por profissionais capacitados.
Insuficiência cardíaca
Relacionada ao enfraquecimento do músculo cardíaco, a insuficiência resulta na dificuldade de bombeamento do sangue para todo o corpo. Apresente-se através da falta de ar, fadiga, inchaço nas pernas e tosse seca durante a noite.
Os indivíduos com essa patologia devem fazer um acompanhamento regular e contínuo. Essa ação, inclusive, também é primordial para todas as outras doenças cardiovasculares anteriormente mencionadas.
Mais do que isso, em qualquer fase da vida é importante manter consultas regulares com esse profissional para monitorar a saúde cardiovascular.
Existem fatores de risco?
Sim. Algumas condições preexistentes podem ampliar a chance de que uma pessoa desenvolva doenças cardiovasculares. Existem ainda fatores genéticos e hábitos que também são responsáveis por elevar o risco.
Comorbidades
As principais enfermidades que podem favorecer o aparecimento de doenças do coração, e que devem ser compartilhadas nas consultas com o especialista, são:
- diabetes;
- obesidade e sobrepeso;
- colesterol alto;
- pressão alta.
Fatores genéticos
Os fatores genéticos podem influenciar no desenvolvimento da doença arterial coronariana, de arritmias e doenças das válvulas cardíacas. Por isso, na consulta, é interessante conversar sobre a história familiar para que seja feita uma avaliação do risco individual.
Hábitos e comportamentos
As ações que podem favorecer o surgimento das patologias cardiovasculares são normalmente associados ao:
- sedentarismo;
- consumo de álcool em excesso;
- tabagismo;
- consumo exagerado de frituras e alimentos gordurosos.
Principais formas de prevenção
Em relação à prevenção, a principal forma é a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo a prática de atividade física regular, alimentação equilibrada e controle do estresse.
Para aqueles indivíduos que se estão no grupo de risco, o acompanhamento médico contínuo é essencial. As consultas e exames regulares com o cardiologista são indispensáveis para monitorar a saúde do coração e garantir mais bem-estar.
Fontes:
- Organização Pan-Americana da Saúde (Opas);
- Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) | Diretriz de Prevenção Cardiovascular;
- Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) | Posicionamento sobre a Saúde Cardiovascular nas Mulheres;
- Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) | Diretriz de Miocardites;
- Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) | Prevenção é fundamental para diminuir mortes por doenças cardiovasculares, inclusive em mulheres;
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