Como a estenose aórtica dificulta o trabalho do coração
A estenose aórtica se caracteriza pelo estreitamento de uma válvula localizada entre o ventrículo esquerdo do coração e a aorta, principal artéria que carrega sangue para o restante do corpo.
Estima-se que ela atinja entre 1% e 2% das pessoas abaixo dos 65 anos, conforme artigo publicado na National Library of Medicine. Já após essa idade, tal alteração costuma afetar quase 30% dos indivíduos. Assim, é possível apontar que essa é uma condição frequentemente associada ao envelhecimento.
Compreender como tal disfunção interfere no desempenho desse órgão vital é essencial para contar com ajuda especializada o quanto antes.
A progressão da estenose aórtica e seus impactos sobre o organismo
O coração humano funciona como uma bomba, garantindo a oxigenação e nutrição de todos os tecidos do corpo. Esse mecanismo depende de quatro válvulas cardíacas que coordenam a entrada e a saída do sangue nas cavidades.
A válvula aórtica, em especial, se abre para permitir que o fluxo sanguíneo oxigenado do ventrículo esquerdo rumo à aorta, distribuindo-se para todas as partes, da cabeça aos pés.
Contudo, na estenose aórtica, essa região apresenta um estreitamento progressivo, dificultando a passagem do sangue. Isso acontece, geralmente, pelo enrijecimento de áreas específicas desse mecanismo que abre e fecha conforme a necessidade da atividade cardíaca.
No início, há uma compensação para o esforço adicional. Porém, com o tempo essa sobrecarga compromete sua eficiência, provocando os sintomas associados à perda de capacidade de bombeamento.
Essa evolução é lenta e silenciosa e o surgimento de desconfortos geralmente indica que se atingiu um estágio crítico. Em alguns casos, todo esse comprometimento demora décadas para se manifestar.
Em crianças e jovens, nos quais a estenose é rara e está associada a anomalias congênitas, ela talvez se manifeste mais cedo, mas também com implicações sérias se não diagnosticada e tratada precocemente.
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Causas mais comuns para o estreitamento dessa válvula
Diversos fatores são envolvidos na origem da disfunção ao longo da vida. Entre os mais relevantes estão:
- o próprio envelhecimento, uma vez que o dano progressivo da válvula pelo acúmulo de cálcio é a principal causa em idosos;
- condições degenerativas, que também danificam os tecidos responsáveis pela passagem do sangue;
- febres reumáticas, cujo processo inflamatório pode afetar as estruturas cardíacas, inclusive de crianças e jovens;
- anomalias congênitas (ou seja, que nascem com a pessoa), que predispõem o desenvolvimento da disfunção, sobretudo pela presença de mudanças na anatomia cardíaca;
- componentes genéticos e histórico familiar de enfermidades cardiovasculares, o que significa que aqueles com parentes atingidos estão sob risco maior de ter a mesma alteração.
Embora a estenose aórtica nem sempre tenha prevenção, é importante manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática constante de atividades físicas, controle do colesterol e da pressão arterial. Tais medidas contribuem para a saúde geral do sistema cardiovascular.
Outro ponto essencial é o acompanhamento com um cardiologista, especialmente para pessoas com elementos de risco previamente identificados. Check-ups periódicos detectam alterações ainda em estágios iniciais, possibilitando a intervenção antes dos sintomas mais graves.
Além disso, é fundamental manter uma boa adesão ao tratamento de condições crônicas, que têm o potencial de gerar complicações cardiovasculares.
Principais sinais da estenose aórtica
Após anos de sobrecarga sobre a válvula da aorta, os reflexos de que algo está funcionando inadequadamente aparecem. Entre aqueles que merecem atenção nessa hora estão:
- dor ou pressão no peito durante atividades que exijam algum tipo de esforço físico;
- episódios de tontura ou desmaios, principalmente ao se levantar ou se esforçar;
- cansaço progressivo, mesmo em movimentações leves;
- dificuldade para respirar, especialmente ao se deitar;
- batimentos cardíacos irregulares.
Tudo isso costuma indicar que o coração não está conseguindo bombear sangue com eficiência. Apesar disso, eles são facilmente confundidos com outros incômodos ou são leves o suficiente para não causar maior preocupação em um primeiro momento. Portanto, só a avaliação de cardiologista é capaz de fornecer a orientação adequada.

As etapas para identificar o comprometimento
O diagnóstico da estenose aórtica é feito por meio da combinação entre exames clínicos e de imagem. Isso significa que, ao ser atendido no consultório, o indivíduo será perguntado a respeito do seu histórico de saúde e os desconfortos que provocaram a busca por ajuda. Na sequência, o profissional escuta o coração com um estetoscópio para checar se não há sons anormais a cada batida do órgão.
Diante da suspeita de que há uma alteração cardíaca, alguns procedimentos são solicitados para orientar melhor a avaliação. Os mais pertinentes costumam envolver:
- um ecocardiograma, que avalia a estrutura e a função da válvula;
- um eletrocardiograma, que detecta alterações elétricas cardíacas;
- um teste ergométrico, que avalia como anda a resposta à demanda física;
- um cateterismo cardíaco, que utiliza um cateter que percorre veias e artérias para inspecioná-las por dentro;
- recursos como radiografia de tórax e ressonância magnética, que são complementares para avaliar a estrutura do músculo cardíaco.

Com todas essas informações em mãos, o médico consegue determinar com mais clareza se as queixas apresentadas são realmente resultados da estenose aórtica.
Em parte dos casos, é preciso descartar se as manifestações não são referentes a falha de outras válvulas ou ainda de processos isquêmicos, em que há obstrução e morte do tecido do coração, levando ao infarto do miocárdio.
Tratamentos necessários para a manutenção da qualidade de vida
A abordagem indicada depende da gravidade do caso, bem como da intensidade dos sintomas, que causam impacto menor ou maior de acordo com cada pessoa. Aqueles assintomáticos, por exemplo, devem ser acompanhados periodicamente com exames específicos. Já as estenoses graves requerem intervenções como:
- uma valvotomia por balão, que é inserido na área afetada e infla, corrigindo a estrutura atingida. Essa opção tende a ser menos invasiva;
- uma cirurgia de substituição valvar, que remove o componente comprometido e implanta uma prótese mecânica (composta de metal) ou biológica (com tecido de outra área do corpo);
- um implante transcateter de válvula aórtica (conhecido como TAVI), uma solução mais moderna de operação para substituição por uma prótese.
Seja qual for o método, pessoas que tratam uma estenose aórtica precisam reforçar a supervisão especializada. Isso inclui visitas periódicas ao médico, avaliações de rotina, uso de medicação específica e atenção antes de procedimentos médicos e odontológicos para evitar infecções que causam a endocardite.
Fontes:
Minha mãe está com essa doença . Tem 69 anos ela é fumante . Eu disse pra ela parar de fumar cigarro pq isso piorar a situação dela . Ela pode puxar mesa cadeira plásticas pq ela tem bar . Ela pode abaixar pra levantar a porta do bar ?
Ela mora em sobrado , ela pode subir a noite e descer pela manhã isso não piorar ?
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