Exodontia: como funciona a extração de dentes

Embora manter a arcada natural seja uma prioridade nos tratamentos dentários, em alguns casos a extração se torna necessária para garantir a saúde bucal.
O procedimento parece assustador para muitas pessoas, mas, além de seguro, pode ajudar a controlar infecções e aliviar sintomas.
Como é feita a remoção de dentes
A exodontia consiste em um procedimento cirúrgico, podendo ser realizada no consultório por um cirurgião-dentista, um periodontista ou um cirurgião bucomaxilofacial. O tempo de duração vai depender do quadro de cada paciente.
Normalmente, a extração envolve o uso de:
- anestesia local (com uma agulha bem fina);
- instrumentos para cortar a raiz e afastar o dente;
- produtos para esterilizar e dar pontos.
O preparo é feito durante os atendimentos prévios com o profissional, que analisa os sintomas, o histórico de saúde (hipertensão arterial, diabetes e outras patologias devem ser informadas) e solicita exames complementares (como o raio-X odontológico).
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Quando a exodontia é indicada
Diferentes situações podem exigir a remoção de um dente, de acordo com um artigo da National Center for Biotechnology Information. Entre elas:
- linha de fratura mandibular ou outras condições que podem afetá-lo diretamente;
- cáries que comprometem o tecido dentário, sem a possibilidade de restauração;
- casos de pulpite, um tipo de complicação da cárie em que há inflamação da polpa;
- infecções desencadeadas por quadros de periodontite severa;
- dentes que não nasceram e ficaram dentro da mandíbula, que nasceram a mais e/ou prejudicam o espaço da arcada ou que quebraram e não podem ser recuperados;
- raiz dentária retida, ou seja, que permanece na boca após extração incompleta e infecciona;
- encaixe de prótese;
- efeitos da radioterapia.
Contraindicação
A remoção dentária não é recomendada para pessoas com:
- condições neurológicas, como epilepsia não controlada;
- histórico recente de acidente vascular cerebral (AVC) ou com risco aumentado para o quadro;
- pressão alta;
- doença cardíaca isquêmica;
- endocardite infecciosa;
- disritmias;
- doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras enfermidades respiratórias;
- insuficiência renal;
- imunocomprometimento;
- tratamento radioterápico em andamento ou que fazem uso de alguns tipos de medicamentos, como bifosfonatos, denosumabe (usados para osteoporose), anticoagulantes, antiplaquetários e esteroides.
No entanto, vale ressaltar que, em todos os casos, o paciente pode avaliar junto ao dentista os benefícios e riscos da extração dentária.
Cuidados no pós-operatório
Dores, sangramentos, inchaço e até infecções são riscos comuns após a cirurgia. Porém, existem outras complicações mais específicas e possíveis, como:
- dificuldade para falar;
- prejuízos nos dentes próximos ao que foi removido;
- lesões no nervo dentário inferior (mais frequente na remoção dos molares).
Assim, é necessário seguir corretamente as orientações de higiene, alimentação e esforço físico fornecidas pelo dentista responsável.
Eventuais complicações e quando procurar ajuda
Durante a recuperação de uma extração dentária, é importante prestar atenção aos sinais que o corpo manifesta e buscar o atendimento médico o mais rápido possível (o dentista também deve ser comunicado) em caso de:
- dor que não passa mesmo com uso dos analgésicos prescritos;
- aumento significativo de inchaço, desconforto, calor ou secreção na área;
- febre que ultrapassa os 38°C e calafrios;
- dificuldade para respirar;
- alterações na frequência cardíaca ou na pressão arterial;
- dores no peito, náuseas constantes ou vontade de vomitar;
- dormência nos lábios, língua ou queixo.
Como evitar a extração de dentes
Muitas vezes, o quadro pode ser prevenido apenas com algumas medidas essenciais, que incluem:
- higiene regular, com escovação sempre após as refeições e uso de fio dental;
- redução no consumo de açúcares;
- tratamento precoce de condições bucais, como cáries e gengivites;
- consultas odontológicas para check-ups e limpezas profissionais;
- redução ou suspensão do uso de substâncias que comprometem os dentes, como bebidas alcoólicas em excesso e tabaco.
Todos esses cuidados são grandes aliados da saúde bucal, impedindo a evolução de diferentes quadros que podem levar à exodontia. Pois, embora seja um procedimento comum, deve ser tratado com seriedade e realizado somente quando não há mais alternativas viáveis, com a orientação de um profissional.
Fontes: