Quando é medo e quando é fobia? Saiba diferenciar
O medo é uma reação emocional comum em determinadas situações que, normalmente, representam perigo. Os gatilhos ativam involuntariamente regiões cerebrais e compostos químicos como a adrenalina e o cortisol.
O que muitas vezes previne acidentes e é entendido de forma positiva, por exemplo, em outros casos – e quando em excesso – pode gerar mudanças fisiológicas e outros transtornos psicológicos.
Quando o medo é considerado fobia?
Fobia é o termo utilizado para o medo ou a ansiedade acentuados. Esse distúrbio é considerado pelos psiquiatras como um transtorno de ansiedade e pode trazer diversos impactos negativos na qualidade de vida.
Muitas vezes, quem tem qualquer tipo de fobia percebe que o medo é irracional, mas não consegue fazer nada a respeito. Quando exposto há algum contexto ou objeto, o medo se torna exageradamente maior. É quando a frequência cardíaca e respiratória aumentam, os vasos sanguíneos se contraem e as mãos ficam suadas ou geladas.
O famoso arrepio também surge como uma resposta natural desses momentos mais tensos. Isso também explica a palpitação, a sensação de boca seca e a dilatação das pupilas.
A liberação dos hormônios desencadeia uma série de “efeitos colaterais” que altera o estado emocional momentaneamente ou por períodos maiores.
Os tipos comuns de fobias
- acrofobia: se refere ao medo de altura. Pessoas com esta fobia evitam montanhas, pontes ou andares mais altos dos edifícios;
- aerofobia: como o nome sugere, está relacionado ao medo de voar que pode ser resultado de traumas passados, por exemplo;
- agorafobia: é um medo de lugares ou situações das quais não se pode escapar. As pessoas com agorafobia temem estar em grandes multidões ou presas fora da casa;
- claustrofobia é um medo de espaços fechados ou apertados. A claustrofobia severa pode ser especialmente incapacitante, impedindo de andar em carros ou usar elevadores;
- dentofobia: é um medo do dentista ou procedimentos odontológicos. Esta fobia geralmente se desenvolve após uma experiência desagradável no consultório de um dentista;
- entomofobia: medo de insetos ou artrópodes como baratas, mosquitos, aranhas e escorpião;
- fobia social: é uma preocupação extrema sobre situações sociais e pode levar ao autoisolamento;
- glossofobia: é conhecida como ansiedade no desempenho ou medo de falar em público. É comum entre as pessoas com gagueira;
- ociofobia: condição de quem tem medo do ócio e de “ficar parado”, que pode ser causada pela síndrome do pensamento acelerado;
- nosofobia: é o medo excessivo de doenças que faz com que as pessoas se automediquem ou evitem os consultórios médicos.
O diagnóstico do quadro é confirmado com base na análise clínica realizada por um psiquiatra. É importante observar e relatar em quais momentos o medo é exagerado e suas consequências. Lembre-se de que as crianças devem ser estimuladas a falar sobre o que desperta sensações desconfortáveis, desde pequenas.
Causas
A fobia geralmente se desenvolve no início da infância, com a maioria dos casos se estabelecendo antes dos 10 anos. As causas para esses distúrbios envolvem:
Fatores ambientais
Eventos como a perda ou separação familiar, abuso físico e sexual na infância costumam ser fatores determinantes para o desenvolvimento da fobia.
A superproteção dos pais e responsáveis e a convivência em relações abusivas no trabalho e ocasiões traumáticas complementam a lista.
Fatores genéticos
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) o histórico familiar é mais um fator que aumenta a probabilidade de ter fobia e transtornos de ansiedade como o transtorno do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade social ou fobia social e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Fatores temperamentais
Quem vivencia mais emoções negativas como raiva e estresse também têm mais probabilidade de ter medo além do que é considerado normal.
Psicoterapias e medicamentos ajudam a lidar melhor com os medos
Nem todo medo é ruim, inclusive ele é necessário para a manutenção da vida. Pessoas destemidas podem ignorar perigos reais e expor a sua vida ou de pessoas próximas a riscos e acidentes. O que preocupa mais é quando o medo paralisa.
Reconhecer as causas e seus impactos definirá o tipo de tratamento mais indicado. No geral, os pacientes recebem indicação de psicoterapias, terapias e acompanhamento medicamentoso. As técnicas de relaxamento e mindfulness são opções interessantes e complementares para quem quer aprender a lidar com a mente.
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Fontes: