Remédio para ansiedade: veja o que funciona e cuidados

O remédio para ansiedade é uma das alternativas mais procuradas para aliviar os sintomas associados a essa desordem mental que afetam o bem-estar e a qualidade de vida.
Afinal, quando a preocupação excessiva, o nervosismo ou manifestações físicas, como taquicardia, se tornam frequentes, a terapia médica pode incluir o uso de medicamentos específicos.
Dessa forma, conhecer as opções disponíveis, os possíveis efeitos colaterais e as práticas complementares são passos básicos para um cuidado seguro e eficiente.
O que realmente funciona no tratamento da ansiedade
As principais categorias de medicamentos incluem antidepressivos, ansiolíticos e betabloqueadores. Esses remédios regulam os desequilíbrios químicos no cérebro e, assim, diminuem os sintomas emocionais e físicos.
Antidepressivos
Embora frequentemente associados à depressão, são amplamente utilizados para tratar quadros de ansiedade. Isso porque normalizam os neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, que têm impacto direto sobre o humor, a sensação de tranquilidade e a capacidade de lidar com situações estressantes, presentes em ambas condições.
Entre os mais prescritos estão:
- inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs): como fluoxetina, sertralina e escitalopram, pois aumentam os níveis de serotonina no corpo;
- inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSNs): por exemplo, a venlafaxina e a duloxetina, que também afetam a noradrenalina, promovendo maior equilíbrio emocional;
- inibidores da Monoaminaoxidase (IMAO): agem aumentando a disponibilidade de substâncias químicas no cérebro que estão relacionadas ao humor e à sensação de bem-estar. No Brasil, o IMAO disponível é a tranilcipromina;
- inibidores da Monoaminaoxidase Reversível (RIMA): são uma variação dos IMAOs, mas com a vantagem de apresentarem menos efeitos colaterais graves. Um exemplo desse grupo é a moclobemida.
Esses medicamentos geralmente apresentam resultados após algumas semanas de uso e são indicados para tratamentos de longo prazo.
Ansiolíticos
Este é outro tipo de remédio para ansiedade, mas que age rapidamente no alívio dos sintomas mais intensos.
Pertencentes à classe dos benzodiazepínicos, opções como clonazepam, lorazepam, alprazolam e diazepam, por exemplo, são eficazes para reduzir a hiperatividade do sistema nervoso central (SNC).
Ou seja, eles diminuem a atividade excessiva dos neurônios em regiões do cérebro ligadas ao medo e ao estresse, promovendo um estado de relaxamento e redução da sensação de alerta constante. No entanto, eles têm alto potencial de dependência e devem ser utilizados apenas a curto prazo ou em situações específicas, sempre com supervisão médica.
Betabloqueadores
Essas opções são eficazes no controle de tremores e batimentos cardíacos acelerados, porque tratam condições como pressão alta (que causa sensações parecidas). Pacientes com quadros de ansiedade, podem receber a recomendação do seu uso apenas em situações específicas e pontuais, uma vez que não agem na causa emocional.
Combinação de medicamentos no tratamento da ansiedade
Dependendo do diagnóstico, a abordagem medicamentosa pode ser combinada:
- antidepressivos e ansiolíticos podem ser usados juntos em fases iniciais para controlar rapidamente os sintomas enquanto os antidepressivos começam a fazer efeito;
- remédios adjuvantes como antipsicóticos em baixas doses ou estabilizadores de humor principalmente em casos resistentes;
- opções emergentes como antagonistas de receptores de glutamato (como a cetamina em ambiente controlado) estão sendo exploradas para pacientes mais graves.
Cada arranjo é personalizado e o ajuste requer acompanhamento médico contínuo para avaliar benefícios, minimizar efeitos colaterais, bem como adaptar o cuidado ao longo do tempo.
Quem tem autorização para prescrever esses remédios?
São os psiquiatras que prescrevem os remédios e medicamentos para os transtornos mentais, até porque muitos são controlados e precisam de receitas especiais que devem ser renovadas de tempos em tempos. Esses profissionais são especializados em saúde mental, responsáveis pelos diagnósticos e tratamentos.
A grande confusão aqui ocorre, porque os psicólogos que também costumam acompanhar os pacientes, avaliam e tratam questões emocionais, comportamentais e cognitivas, mas utilizam técnicas terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), não sendo habilitados para as prescrições.
Possíveis efeitos colaterais

O uso de qualquer remédio para ansiedade tem chance de gerar reações que variam conforme o tipo de medicamento e as características individuais. Mas, normalmente os efeitos mais conhecidos incluem:
- alterações no apetite, insônia, náuseas e diminuição da libido, principalmente relacionados aos antidepressivos;
- sonolência, dificuldades de memória, tontura e risco de dependência com o uso prolongado de ansiolíticos;
- fadiga, redução da frequência cardíaca e sensação de fraqueza, no caso dos betabloqueadores.
4 maneiras naturais de amenizar a ansiedade sem remédio
As mudanças de hábitos também contribuem para amenizar a ansiedade e para o bem-estar mental. Se a mente está bem, o corpo está bem. Dessa forma, é necessário dedicar tempo para o autocuidado e revisitar os velhos hábitos, começando por dicas simples como:
- fazer exercícios físicos como caminhada, yoga ou corrida, pois liberam endorfina e promovem o relaxamento;
- praticar técnicas de respiração e mindfulness são bem eficazes no controle do estresse;
- manter uma alimentação equilibrada, com alimentos ricos em magnésio e ômega-3, favorecem a saúde emocional;
- ter boas noites de sono e um sono de qualidade, pois é essencial para regular as funções cerebrais.
É somente partir de um olhar e de um atendimento mais multidisciplinar e da combinação de medicamentos, com as técnicas de terapia e um novo estilho de vida que muitos pacientes sentem melhora efetiva.
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Fontes:
[…] quadros de depressão, os antidepressivos são uma escolha comum nesses cenários. Determinados ansiolíticos podem ser indicados […]