Norovírus: o que é e como prevenir sua transmissão

Com a chegada do verão e o aumento de atividades ao ar livre, como idas às praias e parques, também cresce o risco de contrair viroses transmitidas em ambientes de lazer.
Entre os principais agentes causadores dessas enfermidades está o norovírus, um dos responsáveis por infecções gastrointestinais.
Estima-se que pelo menos 685 milhões de pessoas sejam diagnosticadas como noroviroses no mundo todo a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desse total, pelo menos 200 milhões são crianças.
No Brasil, surtos desse vírus já causaram grande impacto, como na Baixada Santista, região litorânea de São Paulo, onde turistas e moradores enfrentaram episódios de gastroenterite associados a esse grupo viral.
O conteúdo a seguir esclarece sobre o que se trata essa categoria de vírus, quais sintomas ele causa no organismo, formas de tratamento e, principalmente, prevenção.
O que é e quais são os efeitos do norovírus no corpo
Historicamente, o principal causador de infecções gastrointestinais era o rotavírus. No entanto, com o avanço das campanhas de vacinação infantil contra esse agente, o norovírus assumiu um papel de destaque nos últimos anos, tornando-se o maior responsável por casos de diarreia no mundo, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Além do desarranjo intestinal, é comum que a infecção pelo vírus cause, de forma repentina:
Em alguns casos, a pessoa pode apresentar:
- febre baixa;
- calafrios;
- fadiga;
- dor de cabeça e muscular.

Duração dos sintomas e recuperação
Embora os sintomas possam ser intensos, a infecção é geralmente autolimitada, ou seja, o organismo consegue combatê-la sem a necessidade de intervenções médicas específicas. Seus sinais clínicos costumam durar, em média, de dois a três dias, de acordo com a FioCruz.
Durante esse período, é essencial evitar a desidratação, um dos maiores riscos associados à infecção. Consumir líquidos em abundância, como água, chás e soluções de reidratação oral, é fundamental para manter o equilíbrio do organismo.
Além disso, o uso de medicamentos para aliviar sintomas, como dores no corpo ou febre, pode ser indicado, mas sempre sob orientação médica. A automedicação não é recomendada e pode gerar prejuízos ao corpo e à recuperação.
Caso os sintomas persistam ou se agravem, é importante buscar atendimento médico. Com o Cartão dr.consulta, é possível agendar consultas com diferentes especialidades médicas, como o clínico geral ou gastroenterologista, e exames que podem ajudar a adotar a melhor conduta possível para o tratamento do quadro.
Transmissão é de difícil controle
Segundo a FioCruz, esse é justamente um dos principais desafios referentes ao norovírus. Isso porque o vírus é altamente infeccioso, o que se deve especialmente à sua alta capacidade de sobreviver em superfícies tocadas por indivíduos infectados.
É por esse motivo que gastroenterites virais causadas por norovírus estão muito associadas a locais fechados e com grandes aglomerações, como navios, praias lotadas, entre outros.
Contudo, a principal forma de transmissão do norovírus é por meio da água contaminada e alimentos manipulados por pessoas infectadas, explica a FioCruz.
Nesse sentido, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo recomenda as seguintes práticas para que se evite a contaminação:
- não entrar e nadar em águas de praias que estiverem com água imprópria;
- evitar banhos de mar 24 horas após as chuvas;
- não ingerir alimentos mal-cozidos;
- manter comidas bem refrigeradas;
- beber água filtrada sempre;
- lavar bem as mãos antes de comer ou de preparar as refeições;
- quando possível, levar o próprio lanche em passeios e mantê-los bem armazenados e refrigerados;
- estar atento às condições de higiene e de refrigeração da comida dos restaurantes e lanchonetes, ao se alimentar fora de casa;
- em caso de diarreia, intensificar a hidratação e buscar ajuda profissional se necessário.
Por fim, é importante lembrar que a prevenção contra o norovírus depende de ações individuais e coletivas.
Fontes: