Cardiologia congênita é diferente da tradicional. Entenda
Alterações cardíacas presentes desde o nascimento são uma das principais causas de mortalidade no período neonatal e na infância. Para esses casos, a cardiologia congênita é a subespecialidade médica responsável por diagnosticá-las e acompanhá-las desde a vida intrauterina até a fase adulta.
Cardiologia tradicional e congênita
Enquanto a primeira trata quadros como arritmias, pressão alta ou infarto, a segunda lida com condições já presentes na chegada ao mundo. Geralmente, elas ocorrem nas oito semanas iniciais de gestação, durante o começo do desenvolvimento do coração fetal.
A estimativa é de que, a cada mil bebês no Brasil, cerca de 10 apresentem alguma modificação no sistema cardiovascular, segundo o Ministério da Saúde. Dessas crianças, até 40% precisam de cirurgia no primeiro ano.
Um exemplo é a anomalia de Ebstein que, embora rara, se caracteriza como a má formação mais comum da válvula tricúspide (estrutura que controla o fluxo de sangue no órgão).
Atuação do especialista
Após os seis anos da graduação em Medicina, o profissional precisa concluir dois anos de residência em Clínica Médica e mais dois em Cardiologia Geral.
Aquele que decide aprofundar seus conhecimentos, ainda passa por um período adicional de um a dois anos em centros especializados e focados nessa área.
Mas a atuação ultrapassa os limites da infância. Apesar de grande parte dos casos ser identificada na fase intrauterina ou logo no pós-parto, o suporte é contínuo e, muitas vezes, necessário ao longo de toda a vida.
Por isso, é essencial contar com uma assinatura em saúde focada em acompanhamento personalizado, como o Cartão dr.consulta.
Com a assinatura, é possível agendar consultas com obstetras, realizar exames e participar de linhas de cuidado como o programa Cuidando da Minha Gestação, voltado ao bem-estar da mulher e do bebê nesse momento especial.
A importância do diagnóstico precoce

Algumas cardiopatias críticas são detectadas ainda na gravidez por meio de testes como a ecocardiografia fetal, recomendada a partir da 15ª semana.
Contudo, outras só se tornam perceptíveis após o nascimento. Os sinais de alerta variam de acordo com a gravidade da patologia e incluem:
- cianose (coloração arroxeada na pele, principalmente em extremidades e lábios);
- dificuldade para mamar ou cansaço excessivo;
- sopro cardíaco;
- crescimento abaixo do esperado;
- respiração acelerada mesmo em repouso;
- desmaios ou irritabilidade constante.
Para averiguar os sintomas apresentados, bem como definir os próximos passos na abordagem clínica, é fundamental uma avaliação médica, pois ajuda a diminuir os riscos de um quadro congênito evoluir e se tornar mais complexo.
O papel do Teste do Coraçãozinho
Diante da necessidade da constatação de forma precoce, esse procedimento, também conhecido como oximetria de pulso, consiste na medição da oxigenação do sangue por meio de sensores colocados na mão e no pé do recém-nascido.
A triagem deve acontecer entre 24 e 48 horas depois de sua chegada ao mundo, período considerado ideal para reduzir falsos positivos sem comprometer a segurança e precisão. A saturação abaixo de 95% ou uma diferença maior que 3% entre os membros verificados são indicativos de uma possível alteração.
Ele permite identificar quadros graves que nem sempre apresentam manifestações evidentes ao nascer, com especificidade superior a 99%, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Mesmo em resultados confirmados, a determinação final ocorre por meio de análises complementares, já que cerca de 25% dos casos investigados não revelam enfermidades após o ecocardiograma.
Cuidado desde a maternidade
Outros exames de triagem neonatal, como os testes do pezinho, orelhinha e olhinho, compõem o pacote de acompanhamento. Afinal, por meio deles se diagnostica questões metabólicas, auditivas e visuais que também exigem atenção desde cedo.
No contexto da cardiologia congênita, a integração entre o pediatra, o neonatologista e o cardiologista, é crucial. O ideal é que, sabendo das condições existentes, o parto da criança seja em um centro especializado, onde intervenções importantes estejam disponíveis.
Garantir a assistência certa ainda nas primeiras horas de vida é o que evita complicações e possibilita o desenvolvimento saudável.
Fontes:
[…] e funcionamento. Ele é essencial para diagnosticar doenças como insuficiência cardíaca, cardiopatias congênitas e valvopatias, por […]
[…] condições que podem ser identificadas ainda na infância, como as cardiopatias congênitas, e que necessitam de uma rotina de visitas periódicas ao […]
[…] cardiopatias congênitas; […]
[…] provável em quem já tem algum tipo de alteração na região, como danificações estruturais e malformações congênitas, ou que tenha implantado determinados tipos de […]
[…] cardiopatias congênitas; […]