7 doenças do coração que merecem sua atenção

Doenças do coração estão entre as principais causas de adoecimento em todo o mundo. No Brasil não é diferente: estima-se que anualmente esse seja o principal motivo de fatalidades de brasileiros, conforme aponta o Ministério da Saúde.
Dessa forma, entender as características de cada uma dessas complicações é um primeiro passo importante para investir na prevenção, o que faz toda a diferença em uma vida mais saudável.
O que define as doenças cardiovasculares e do coração
Disfunções cardiovasculares abrangem um conjunto de alterações que comprometem o músculo cardíaco e os vasos sanguíneos. O impacto delas varia conforme o tipo de condição, sua gravidade e o momento do diagnóstico.
As causas de complicações cardiovasculares são diversas e incluem fatores genéticos, histórico familiar, além de hábitos de vida pouco saudáveis. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), isso inclui:
- sedentarismo;
- alimentação rica em gorduras;
- tabagismo;
- consumo abusivo de álcool;
- excesso de peso.
Também podem ser provocadas por infecções, inflamações e doenças que afetam outros sistemas do corpo, como diabetes e hipertensão mal controlada.
No fim, todos esses itens se somam para o comprometimento de estruturas como artérias, músculo cardíaco, válvulas e o revestimento interno do coração.

Como cada condição afeta o funcionamento do coração
Algumas disfunções do gênero mudam o ritmo dos batimentos, dificultando o bombeamento de sangue, por exemplo, enquanto outras são consequência de obstruções nas artérias.
Há ainda aquelas que são o resultado de infecções, inflamações ou modificações estruturais no órgão. A seguir, estão reunidas as características de sete quadros que exigem sempre assistência especializada:
- arritmias;
- infarto agudo do miocárdio;
- insuficiência cardíaca;
- doenças coronarianas;
- cardiopatias congênitas;
- endocardites;
- cardiomiopatias.
1. Arritmias
São oscilações permanentes na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos. O coração pode bater mais rápido (taquicardia), mais devagar (bradicardia) ou de modo irregular.
As irregularidades podem ser percebidas por meio de palpitações, tontura, fadiga e desmaios. Alguns tipos são benignos, mas outros podem comprometer a oxigenação e aumentar o risco de parada cardíaca repentina.
O diagnóstico costuma ser feito com apoio do eletrocardiogramas e do holter 24 horas. A terapia correta usa remédios, mudanças de hábitos e, às vezes, marcapasso, sempre com a prescrição de um cardiologista.
2. Infarto agudo do miocárdio
Também chamado de ataque do coração, acontece quando há interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco, geralmente por obstrução de uma artéria. Essa barreira impede que o local receba oxigênio, provocando a morte de células musculares.
Entre os sinais mais comuns estão dor ou pressão no peito, que pode irradiar para o braço, costas, pescoço ou mandíbula, além de falta de ar, suor excessivo, náuseas e tontura.
O atendimento deve ser imediato. A suspeita é avaliada com testes laboratoriais (como o da troponina) e de imagem, e tratada com medicamentos, cateterismo ou cirurgia de revascularização.
3. Insuficiência cardíaca
É caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue de maneira eficiente. Pode ter várias causas, como infarto prévio, hipertensão mal controlada ou cardiomiopatias.
Os principais sintomas incluem cansaço frequente, inchaço nas pernas, falta de ar e dificuldade para realizar atividades simples do dia a dia. Em quadros avançados, há acúmulo de líquidos no pulmão (chamado de edema pulmonar).
A atenção necessária inclui fármacos específicos, controle rigoroso da pressão arterial e até mesmo a adoção de dispositivos cardíacos implantáveis.

4. Doenças coronarianas
Provocadas pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias que irrigam o coração, impedindo a passagem do sangue. Quando a obstrução é significativa, pode causar angina (dor no peito) ou infarto.
Se repetem mais em pessoas com hipertensão, diabetes, colesterol alto ou histórico familiar. O diagnóstico consistentemente depende de um teste ergométrico, de cintilografias do miocárdio e de angiografias.
O tratamento combina medicações com medidas de gerenciamento dos elementos de risco. A prática regular de atividades físicas e alimentação balanceada (consistente com as indicações de um nutricionista) são componentes fundamentais na recuperação.
Nesse contexto, o Cartão dr.consulta oferece acesso com preços diferenciados a exames, consultas e acompanhamento com profissionais de diversas especialidades.
Além disso, é possível contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar para auxiliar na gestão de condições crônicas, fazer consultas de enfermagem on-line e obter orientações personalizadas.

5. Cardiopatias congênitas
São alterações na estrutura do coração, presentes desde o nascimento. Podem envolver as válvulas ou grandes vasos da região e ter diferentes níveis de complexidade.
Muitas são identificadas ainda na infância, mas algumas só se manifestam na vida adulta. Sintomas possíveis incluem cansaço persistente, coloração azulada da pele (cianose), atraso no crescimento e infecções respiratórias frequentes, o que torna essencial a supervisão de um cardiologista pediátrico.
Casos mais graves exigem cirurgia corretiva ou uso de dispositivos cardíacos.
6. Endocardites
Como o nome sugere, é uma inflamação ou infecção do revestimento interno do coração e de suas válvulas.
É geralmente causada por bactérias que entram na corrente sanguínea. Uma via comum para isso são procedimentos dentários conduzidos inadequadamente ou má higiene bucal prolongada.
Tal comprometimento geralmente causa febre persistente, calafrios, dores musculares e articulares, além de sopro cardíaco ou sinais de insuficiência cardíaca.
A investigação da presença é feita por exames laboratoriais e talvez um ecocardiograma. A reversão do quadro depende do uso de antibióticos intravenosos e, em situações graves, um procedimento cirúrgico.
7. Cardiomiopatias
Condições que afetam diretamente o músculo do coração, alterando sua estrutura e capacidade de contração. São hereditárias ou, eventualmente, adquiridas ao longo da vida. Existem diferentes tipos, sendo que os mais notados são:
- a cardiomiopatia dilatada, em que o coração aumenta de tamanho e perde força para bombear o fluxo sanguíneo;
- a cardiomiopatia hipertrófica, em que há espessamento anormal das paredes do órgão;
- a cardiomiopatia restritiva, em que a região fica rígida, atrapalhando o enchimento com sangue.
Os sintomas frequentemente são semelhantes aos da insuficiência cardíaca. O cuidado é individualizado, podendo incluir medicações, uso de desfibriladores implantáveis e, em cenários extremos, transplante cardíaco.
Hábitos e mudanças que contribuem para a prevenção
Saber fazer uma série de escolhas é algo fundamental para a saúde do coração. Implementar uma rotina mais saudável contribui diretamente para a integridade do sistema cardiovascular, reduz o risco de complicações e melhora a qualidade de vida. As melhores recomendações, segundo a versão mais atual da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para isso são:
- manter uma alimentação equilibrada, com baixo teor de sal e gordura saturada;
- praticar atividades físicas regularmente, respeitando os limites do corpo;
- evitar o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas em excesso;
- dormir bem e controlar os níveis de estresse;
- permanecer com o acompanhamento médico em dia;
- monitorar a pressão arterial, glicemia e taxas de colesterol com frequência;
- repetir o check-up cardiológico sempre que necessário.
No mais, vale lembrar que há diversas doenças do coração, mas muitas delas são preveníveis com a combinação de adaptações no dia a dia e supervisão médica regular, o que colabora na identificação precoce de qualquer alteração.
Fontes:
[…] fazem parte de um grupo de enfermidades que comprometem o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e […]