Entenda se as palpitações no peito podem ser algo mais sério

O ritmo do batimento cardíaco segue uma regularidade tão grande que na maior parte do tempo é difícil notar qualquer alteração no trabalho do coração. Não à toa, as palpitações no peito podem despertar preocupações em algumas pessoas, principalmente quando se tornam frequentes.
Nesses casos, identificar o que está por trás do compasso inesperado é fundamental para tomar as ações necessárias o quanto antes, preservando a saúde e o bem-estar em todas as fases da vida.
O ritmo do coração em situações normais
Esse órgão funciona como uma bomba que contrai e relaxa ritmicamente, impulsionando o sangue. A sequência de abre e fecha das válvulas e demais tecidos compõe cada batida. Esse curso é gerenciado por uma espécie de fiação, que encaminha os impulsos elétricos.
O ritmo cardíaco é medido por meio dos batimentos por minuto (BPM). Esse número pode ser calculado por equipamentos específicos, como um oxímetro ou um Holter. Alguém treinado consegue calculá-lo através dos movimentos das artérias que percorrem o pulso.
Um adulto em repouso tem um BPM que varia entre 60 e 100. Em certos momentos do dia, como no sono profundo, ele cai para abaixo de 50. No sentido oposto, essa velocidade aumenta significativamente diante da necessidade de que um maior fluxo sanguíneo seja enviado para diferentes partes do corpo. O exemplo mais simples disso são os esforços físicos.
Outro cenário similar é quando se toma um susto. Ele dispara um alerta que faz com que o coração acelere na expectativa de ter que lidar com uma ameaça (fugindo ou lutando, por exemplo).
Independentemente do motivo, a frequência cardíaca se expande até patamares que chegam perto dos 200 BPM. O limite é maior ou menor segundo a idade ou o condicionamento físico de cada um.
As principais alterações no ritmo cardíaco
As palpitações no peito provocam a sensação de que há alguma coisa anormal com os próprios batimentos.
Assim, é possível notar um aumento na velocidade, gerando a impressão de coração acelerado. Nos intervalos mais intensos, parece até que o órgão vai “saltar” pela boca.
Isso é chamado de taquicardia, nome que os médicos dão a uma frequência cardíaca acima do esperado (em geral, superando os 100 bpm em repouso).
Além disso, alguns indivíduos sentem que o desconforto é resultado de batidas puladas ou de pausas momentâneas seguidas por movimentos mais intensos.
Há ainda quem perceba como uma vibração ou marteladas dentro do tórax. Essas pulsações mais fortes, mas menos regulares, compõem a bradicardia. Ela se faz presente se o ritmo desce a um patamar abaixo dos 60 bpm.
Ambos os desconfortos podem durar períodos que vão de segundos até várias horas, muitas vezes aparecendo sem qualquer motivo aparente e desaparecendo da mesma maneira.

Explicações para as palpitações no peito
Em vários casos, o batimento irregular é passageiro e é explicável por cenários que envolvem:
- acúmulo de estresse e de ansiedade, pois a tensão emocional desencadeia gatilhos fisiológicos que aceleram o ritmo cardíaco. No extremo, a situação evolui para uma crise de pânico;
- consumo de substâncias estimulantes, como a cafeína (encontrada no café, em refrigerantes ou em bebidas energéticas) ou a nicotina (que está presente no tabaco);
- ingestão de álcool, sobretudo em excesso;
- desidratação, uma vez que a falta de água provoca redução do volume sanguíneo, exigindo que o coração faça mais força;
- deficiência de potássio, pois esse elemento é fundamental para a transmissão de impulsos elétricos;
- esforços com alta carga, geralmente incompatíveis com a capacidade física;
- mudanças bruscas de postura (levantar-se rápido demais, por exemplo);
- efeitos colaterais de medicamentos (como descongestionantes nasais, anti-histamínicos, psicotrópicos utilizados no tratamento de transtornos mentais e alguns vasodilatadores).
Salvo exceções, a maioria dessas queixas se resolve por conta própria, sem que nada mais complexo precise ser feito ou por meio de intervenções simples (reduzir as bebidas cafeinadas, hidratar-se adequadamente etc.).
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Complicações cardiovasculares em que esse é um sintoma comum
Nas situações em que o coração pulando fica frequente, é preciso ter atenção para condições que atingem essas estruturas. As mais corriqueiras são:
- arritmias, oscilações no ritmo normal. Existem vários tipos, mas a fibrilação é a mais comum. Nela, há uma vibração em vez de uma pulsação;
- cardiomiopatias, que incluem todas as disfunções na anatomia do órgão (incluindo dilatação ou espessamento das paredes) afetando a capacidade de bombeamento;
- prolapso da válvula mitral, em que esse mecanismo não abre e fecha perfeitamente, causando a impressão de um movimento que pula batidas;
- doença arterial coronária, decorrente da obstrução das artérias, gerando prejuízo ao músculo cardíaco até o ponto em que ele é danificado e desencadeia um infarto;
- insuficiência cardíaca, em que comprometimentos fazem com que haja mais trabalho para bombear o sangue, provocando batimentos mais fortes ou irregulares.
Junto dessa irregularidade, são frequentemente notados sintomas que envolvem dor no tórax, falta de ar, tontura, formigamento e dormência nos membros, entre outras queixas. Esses sinais, isolados ou em conjunto, devem servir de reforço para procurar um cardiologista.
O que fazer quando as palpitações no peito se tornam constantes?
A consulta com especialista é o momento adequado para entender o que está acontecendo a cada batida do coração. O atendimento começa com uma conversa sobre os sintomas e o histórico de saúde do indivíduo. A partir disso, é esperado que sejam solicitados exames para avaliar o desempenho cardíaco. Os mais comuns são:
- o eletrocardiograma, que registra a atividade elétrica em repouso;
- Holter, que monitora a situação por horas ou dias e é bastante útil na identificação de arritmias;
- testes ergométricos, que avaliam o órgão durante exercícios físicos;
- testes laboratoriais, sobretudo para mapear fatores de risco como colesterol e diabetes;
- ecocardiograma, que utiliza ultrassom para visualizar a anatomia do órgão;
- ultrassons, tomografias e ressonâncias, que também ajudam a identificar obstruções em válvulas e artérias e avaliar a maneira como o sangue flui por essas regiões.
Os tratamentos para controlar as palpitações no peito variam conforme o diagnóstico. Eles vão de mudanças no estilo de vida à administração de medicamentos capazes de regularizar o ritmo cardíaco. Determinados procedimentos cirúrgicos ou a implementação de marca-passos são possibilidades em hipóteses mais graves.
Fontes:
- American Family Physician;
- Arquivos Brasileiros de Cardiologia;
- Johns Hopkins Medicine;
- Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Doutor faz três dias que meu coração acelera os batimentos de minutos em minutos devo me preocupar??
Bom dia! Taíse, como vai? Para ter um diagnóstico é preciso consultar um doutor presencialmente. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com a central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com. Obrigado, abraço!
Dr: O q pode ser palpitações a noite , com ELETRO OK.?
Oi, Norma! Bom dia, tudo bom? Sem avaliarmos, não podemos dizer o que realmente seja. Orientamos procurar um médico, apresentando o resultado do exame e esclarecendo todos os sintomas, para que assim possa ser avaliado melhor.
Boa noite, estou com palpitação, já fiz todos os exames e deram normal. O que pode ser? Ansiedade?
Bom dia! Para ter um diagnóstico é preciso consultar um doutor presencialmente. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com a central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com. Obrigado, abraço!
Hipertrofia Bitrial o Dr pode me esclarecer se eu tenho que preocupar com isso . Tô com medo tenho me sentindo cansada e meu coração acelera e vai diminuindo quase nem dá pra sentir . Fiz uma cirurgia 30/09 da vesícula e a enfermeira me perguntou se eu tinha algum probleminha com a frequência cardíaca pois ela quase não ouvia as batidas . Então o que eu faço devo procurar um cardiologista?
Olá! Sugerimos que procure a avaliação médica de um cardiologista. Aproveite para explicar os seus sintomas e tirar as suas dúvidas.
Dr. Passei uma semana e meia sentindo aceleramento no peito, passei toda semana indo ao hospital o médico só falava q era ansiedade. Estou sentindo novamente mais, está sendo menos do que a outra vez. Ele passou diazepam pra alcamar pra eu mim acalmar mas eu passei mal. O que o senhor mim diz ao respeito disso. Eu só acho que é o anticoncepcional ciclo 21.
Olá! Herlande, tudo bem? É necessário uma avaliação para entendermos o motivo do aceleramento e se necessário a realização de alguns exames.
[…] esses distúrbios têm em comum é que quase sempre demoram muito tempo (às vezes anos) para gerar sintomas perceptíveis. Quando eles aparecem, é sinal de que já há algo mais sério merecendo […]
[…] em que aparecem distorções no ritmo das batidas, que podem ser leves ou potencialmente […]
[…] batimentos cardíacos irregulares. […]
[…] palpitações e batimentos irregulares ou acelerados; […]