Secura vaginal após a menopausa: como reduzir o ressecamento

O final do ciclo reprodutivo da mulher é marcado por mudanças significativas que podem afetar diversos aspectos do bem-estar físico e emocional.
Quando a menopausa acontece, um dos efeitos mais comuns e incômodos é a secura vaginal. As causas dessa condição, seu impacto na qualidade de vida e dicas práticas para aliviar os sintomas são detalhados no conteúdo a seguir.
Por que a secura vaginal acontece depois da menopausa?
A lubrificação da região íntima é regulada por hormônios, principalmente o estrogênio, que desempenha um papel essencial na saúde dos tecidos da região.
Ele é responsável por mantê-los espessos, elásticos e bem hidratados, além de estimular os fluidos naturais.
Ao longo do climatério – período da transição do corpo feminino da fase reprodutiva para a não reprodutiva – há uma queda significativa em sua produção, o que afeta diretamente a lubrificação natural.
Já a menopausa é considerada a última menstruação da mulher e ocorre durante o climatério. Portanto, a principal causa da secura vaginal é a redução nos níveis de estrogênio, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Com a diminuição desse hormônio no organismo, suas funções se tornam menos eficazes, resultando em ressecamento e desconforto.
Como consequência, os tecidos vaginais ficam mais finos e secos, causando sensações incômodas que podem afetar tanto o bem-estar físico quanto emocional. E ainda provocar dor durante as relações sexuais (dispareunia), reduzindo o interesse ou o prazer.
Além disso, é comum que a secura venha acompanhada de outros sintomas como coceira, ardência e maior suscetibilidade a infecções vaginais e urinárias, impactando ainda mais na qualidade de vida da mulher.

Outras causas comuns para o ressecamento vaginal
Além da menopausa, existem várias outras condições e fatores que podem contribuir para a manifestação desse sintoma em outros momentos da vida, informa o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido:
- pós-parto e amamentação;
- alguns medicamentos, incluindo antialérgicos, antidepressivos ou mesmo aqueles usados em quimioterapias e no tratamento de incontinência urinária e psicose;
- cirurgias que afetam o sistema reprodutivo, como a histerectomia (remoção do útero) e o tratamento cirúrgico de cânceres ginecológicos;
- tabagismo;
- estresse e ansiedade;
- sabonetes, sprays e duchas íntimas;
- falta de atividade sexual regular, por diminuir o fluxo sanguíneo para a vagina.
Saber identificar o que causa a secura vaginal é fundamental para escolher o tratamento mais adequado e prevenir o ressecamento da região.
Por isso, é importante consultar o ginecologista para uma avaliação detalhada e recomendações personalizadas.
Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes exames e especialidades médicas que contribuem para manter a qualidade de vida.
O benefício também oferece o programa Previna Mulher, com suporte sobre saúde feminina, via WhatsApp, de um time multidisciplinar e consultas on-line de enfermagem. Além de oferecer alívio dos sintomas, o atendimento pode ajudar com orientações sobre cuidados preventivos, bem como manutenção do bem-estar íntimo.

6 dicas para amenizar a secura vaginal
O desconforto gerado pelo ressecamento na região pode ser reduzido a partir de algumas práticas, indica o American College of Obstetricians and Gynecologists:
1. Uso de lubrificantes e hidratantes vaginais
Os primeiros são úteis durante as relações sexuais, pois proporcionam alívio imediato do desconforto.
Já os hidratantes específicos para a região ajudam a manter a umidade natural por restaurarem o equilíbrio do tecido vaginal.
2. Terapia de reposição hormonal (TRH)
Para algumas mulheres, a reposição de estrogênio pode ser uma opção para compensar a diminuição dos níveis hormonais após a menopausa.
No entanto, é fundamental consultar um especialista, como o endocrinologista, para discutir os benefícios e riscos, considerando o histórico médico pessoal.
3. Manter um estilo de vida saudável
É importante cuidar para que a rotina contemple atividades físicas regulares, dieta balanceada, consumo moderado de bebidas alcoólicas e que seja evitado o tabagismo. Esse conjunto de hábitos saudáveis pode ter um impacto positivo na saúde vaginal.
4. Exercícios vaginais
A atividade sexual regular, com ou sem parceria, pode ajudar a melhorar a circulação na região, mantendo os tecidos saudáveis, bem como aumentando a lubrificação natural.
Além disso, o uso de dilatadores vaginais lubrificados em exercícios de alongamento pode ajudar a manter a flexibilidade e aliviar a secura.
5. Fisioterapia do assoalho pélvico
Trata-se de uma especialidade focada na reabilitação dos músculos que suportam a bexiga, o intestino, o útero e a vagina.
Para obter os melhores resultados da fisioterapia pélvica, é importante buscar profissionais especializados nessa área. Eles são treinados para avaliar e tratar questões específicas do assoalho pélvico.
6. Consulta com um especialista
É importante discutir abertamente quaisquer sintomas com um médico, que pode oferecer orientações e tratamentos específicos.
Um ginecologista consegue avaliar a situação de cada caso, bem como recomendar as melhores opções de tratamento com base nas necessidades e condições de saúde da paciente.
Isso inclui desde soluções simples, como lubrificantes, até abordagens mais complexas como a terapia de reposição hormonal. O importante é não aceitar o surgimento dos sintomas e não tratá-los sem buscar ajuda.
Fontes:
[…] secura vaginal e outras disfunções sexuais, como redução do desejo ou dores durante as relações; […]
Não tenho útero fiz histerectomia total a 25anos
Tenho secura vaginal e ardência e coceira vaginal
Sempre uso pomada vaginal
Mas os sintomas volta o que fazer e não tenho libido
Tenho 68 anos fiz laqueada com 27 anos, tenho dois filhos, ultimamente estou com secura vaginal e não sinto desejo. Fico preocupada, meu marido tem 74 anos tem muito gás kkkk, agora estou usando estriol, mas sinto um desconforto na parte pélvica, eu pergunto se isso é normal ou anormal.
Gostaria de obter uma resposta sobre secura vaginal e qual remédio resolve essa situação!
[…] especialmente após a menopausa, esse quadro é conhecido como secura vaginal. Muitas vezes a paciente não comenta, e sempre precisamos perguntar. A mulher menopausada pode […]