Transtorno de estresse pós-traumático: o que é e como tratar?
Se você passou por uma experiência traumática, é normal sentir muitas emoções, como angústia, medo, desamparo, pavor, culpa, vergonha ou raiva. Você pode começar a se sentir melhor depois de dias ou semanas. No entanto, muitas vezes esses sentimentos não desaparecem.
Se os sintomas durarem mais de um mês, pode ser uma indicação de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), uma desordem bastante comum e que pode ser tratada. Saiba mais neste post!
O que é transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)?
Também conhecido como Síndrome Pós-traumática, o TEPT é um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em algumas pessoas após um evento chocante, assustador ou perigoso.
É natural ter medo durante e depois de uma situação traumática — e esse sentimento desencadeia muitas mudanças no organismo para se defender do perigo ou evitá-lo.
Essa resposta de “luta ou fuga” é uma reação típica e quase todo mundo experimenta uma série de reações após um trauma, mas a maioria se recupera naturalmente. Quando os sintomas se prolongam, no entanto, é preciso ficar atento, pois pode ser um diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-traumático.
Quem sofre do problema, por vezes se sente estressado ou assustado, mesmo quando não há uma situação real de perigo — e essa é uma condição que pode atrapalhar a rotina de trabalhos e afazeres. Portanto, o tratamento deve ser realizado imediatamente.
Quais são os principais sintomas do TEPT?
Nem todas as pessoas desenvolvem transtornos persistentes (crônicos) ou a curto prazo (agudos) após um trauma. E nem todos que sofrem do transtorno passaram por um evento perigoso, podem também ter testemunhado um evento traumático que aconteceu com outras pessoas. Algumas experiências, como a morte súbita e inesperada de um ente querido, também podem causar TEPT.
Os sintomas, geralmente, começam cedo — dentro de 3 meses depois do incidente traumático —, mas, às vezes, eles aparecem apenas anos depois do episódio desencadeador. Além disso, para ser considerado TEPT, os sinais devem durar mais de um mês e ser severos o bastante para interferir nos relacionamentos ou na vida profissional.
O indivíduo é avaliado por um psicólogo ou psiquiatra e deve apresentar todos estes sintomas.
Reexperimentação
É a sensação de experimentar novamente o evento que causou o trauma. Inclui sintomas físicos, como taquicardia ou transpiração, pesadelos e pensamentos assustadores.
Evitação
A pessoa procura ficar longe de lugares, eventos ou objetos que a lembrem da experiência traumática. Pode desencadear episódios de fuga.
Excitação e reatividade
O indivíduo torna-se constantemente assustado, tenso e tem dificuldade para dormir, além de apresentar explosões de raiva.
Alterações persistentes de cognição e humor
Inclui pensamentos negativos sobre si mesmo ou sobre o mundo, sentimentos distorcidos, como culpa, e perda de interesse em atividades cotidianas.
E as crianças, como reagem ao TEPT?
Crianças e adolescentes podem ter reações extremas ao trauma, mas os sintomas podem não ser os mesmos dos adultos. Em crianças muito pequenas — com menos de 6 anos de idade — esses sinais podem incluir:
- urinar na cama depois de ter aprendido a usar o banheiro;
- parar de falar ou esquecer-se de como falar;
- encenar o evento traumático durante as brincadeiras;
- ser excepcionalmente pegajoso com os pais ou com outro adulto.
Qual é o tratamento para TEPT?
Os principais tratamentos para Transtorno de Estresse Pós-traumático são medicamentos antidepressivos e ansiolíticos — o que ajuda a controlar sintomas como tristeza, preocupação excessiva, raiva e sensação de entorpecimento — e psicoterapia, ou ambos.
Cada pessoa é única e a forma como o transtorno afeta cada um também varia. O que funciona para um paciente pode não funcionar para outro. Por isso, é importante procurar a ajuda de um profissional em saúde mental com experiência nesses casos.
Se quem sofre de Transtorno de Estresse Pós-traumático está atravessando um momento difícil na vida ou outro trauma, como um relacionamento abusivo, tudo isso deve ser abordado durante o tratamento, pois o paciente pode apresentar transtorno de pânico, depressão, abuso de substâncias e desejo de suicídio.
Então, se você acha que precisa de acompanhamento ou tem um familiar que passou por um trauma, entre em contato e agende uma consulta com um psicólogo.