Setembro Amarelo: veja os cuidados com a saúde mental
Dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Por ser uma data muito relevante, o mês todo é marcado por ações de conscientização sobre o tema.
É por isso que setembro também é conhecido como Setembro Amarelo ou o mês de valorização da vida.
Saiba mais sobre o contexto e os cuidados necessários com a sua saúde mental e daqueles que os cercam!
Como e quando surgiu o Setembro Amarelo?
Para saber o que é Setembro Amarelo, é preciso voltar um pouco no tempo. A referência à cor e ao uso da fita amarela surgiram para simbolizar a prevenção ao suicídio após a morte de Mike Emme, em 1994, nos Estados Unidos.
O carro que dirigia, um Mustang 68 amarelo, foi também lembrado em seu funeral, quando seus familiares entregaram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio a quem também se sentia da mesma forma.
Esse movimento mundial conhecido como “fita amarela” foi derivado do Programa de Prevenção ao Suicídio – Fita amarela (ou “Yellow Ribbon – Suicide Prevention Program“, em inglês), em analogia ao caso americano de grande repercussão.
Qual a importância do Setembro Amarelo?
Aqui no Brasil, a Campanha Setembro Amarelo surgiu oficialmente em 2014 de uma parceria entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O objetivo, desde o início, sempre foi o de prevenir e reduzir o número de óbitos por suicídio no país.
Infelizmente, o Brasil já soma cerca de 14 mil casos neste ano, segundo estatísticas da campanha. Isso é o equivalente a 38 mortes por dia.
Hoje se considera a tentativa de suicídio como resultado de um adoecimento emocional grave.
Em muitos casos, a falta do diagnóstico ou do tratamento adequados, são facilitadores. Por isso, é importante buscar ajuda, seja para si ou para alguém que você conheça — e que esteja vivendo este sofrimento.
Quanto mais cedo for recebida essa ajuda, maiores as chances de recuperar a saúde mental.
Mitos e verdades sobre os suicídios
Muitas dúvidas ainda cercam o assunto do Setembro Amarelo e as causas dos suicídios.
Aqui no dr.consulta, acreditamos que a informação verdadeira é sempre uma grande aliada, por isso fazemos questão de trazer esclarecimentos.
Mitos
Decidir viver ou não, é uma questão de livre arbítrio.
Mito. Quem tem esse quadro clínico é, muitas vezes, incapaz de ter qualquer discernimento. O adoecimento emocional leva a uma percepção distorcida da realidade e interfere, inclusive, no direito de livre arbítrio.
As pessoas que ameaçam, não cumprem e só querem chamar a atenção.
Mito. A maioria das pessoas dá sinais sobre a sua intenção precocemente. Outros indícios são: afastamento social, mutilação física, uso recorrente e abusivo de drogas e álcool, entre outros. Então, é preciso ficar atento aos comportamentos e às falas.
As doenças mentais não podem ser tratadas.
Mito. Pelo contrário, hoje em dia já existem diversos tratamentos eficazes para os transtornos mentais que podem diminuir as chances de ocorrer a tentativa de suicídio.
Verdades
As taxas de tentativas de suicídio entre as mulheres é maior.
Verdade. Segundo os dados da Campanha Setembro Amarelo, esse percentual é maior, no caso de países com média ou baixa renda (7,1% a cada 100 mil habitantes). Globalmente falando, o número de suicídios entre os homens é maior.
O suicídio foi a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Verdade. Sim, esse dado é entre os jovens brasileiros.
Ainda que tenhamos esses dados para os jovens, a ideação suicida (desejo de se matar) pode aparecer em qualquer idade, inclusive nos idosos. Qualquer pessoa pode adoecer e precisar de ajuda.
Todos os cidadãos têm responsabilidade para a criação de ambientes mais favoráveis a uma boa saúde mental.
Verdade. Seja no ambiente familiar, no trabalho ou nos círculos sociais diversos e relacionamentos amorosos, todos podem contribuir para relações e ambientes mais saudáveis.
Na prática, isso passa por diálogos francos e sinceros, pelo respeito às diferenças e pela empatia.
Prevenção ao suicídio
Embora Setembro Amarelo traga esse foco, a prevenção ao suicídio deve ser pauta ao longo de todo ano.
Iniciativas populares e mais virais como a criada pela Netflix com o “Quero falar sobre isso” (do inglês Wanna Talk About It) também promovem o acesso à informação.
A preocupação com os sintomas têm sido cada vez mais discutidos dentro e fora das empresas. E é preciso lembrar que os sinais podem aparecer em pessoas de todas as idades e classe social.
Dois dos principais fatores de risco do comportamento suicida são: tentativa prévia e histórico de doença mental.
Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), os transtornos psiquiátricos de maior incidência entre as vítimas são:
- Depressão;
- Transtorno bipolar;
- Alcoolismo;
- Abuso ou dependência de outras drogas;
- Transtorno de personalidade; e/ou
- Esquizofrenia.
Isso não quer dizer que todas as pessoas que sofrem desses transtornos vão ter pensamentos de morte, mas sim que a presença dessas doenças aumentam as chances disso acontecer.
Fique atento aos 7 sinais de alerta
Como identificar alguém que precisa de ajuda?
Boa pergunta. É verdade que cada pessoa pode ter seus dias ruins, afinal, a vida é um ciclo de “altos e baixos”. No entanto, períodos em que a “má fase” se estende, costumam chamar bastante a atenção.
Confira abaixo, os sentimentos e ações características que servem de alerta e demandam cuidados adicionais:
- tristeza profunda;
- sensação de que o futuro não existe ou é muito ruim;
- isolamento social;
- sensação de que não há saída;
- vontade de tirar a própria vida;
- falas e/ou pensamentos em excesso;
- alterações repentinas no humor e no comportamento.
Como ajudar nestas situações?
Se você tiver ou perceber algum desses sinais em qualquer pessoa próxima, procure ou indique ajuda médica psicológica ou do CVV (Centro de Valorização da Vida), por meio do canal 188. Uma forma de ajudar também é acionar uma pessoa de confiança para ajudar.
Não ignore um pedido de ajuda. Ao notar qualquer comportamento diferente do habitual, é válido conversar para entender o que a pessoa está passando ou sentindo.
Outro ponto fundamental é ter empatia e praticar a escuta ativa. É importante estar disposto a ouvir e se colocar à disposição para ajudar. Vença os estigmas e todo o preconceito que rondam a saúde mental.
Leve a discussão desse tema para o seu trabalho. Promova campanhas, eventos, rodas de conversas para alertar sobre os sinais e, mais uma vez, se colocar ao lado de quem precisa — e não só durante o Setembro Amarelo.
Importante: o suicídio é uma emergência médica. Portanto, diante de qualquer situação iminente ou que necessite de intervenção imediata, ligue 192 (SAMU).
Cuidados com a saúde mental
Apesar de parecer ser um grande desafio, pequenas atitudes podem contribuir para manter o equilíbrio e a saúde mental.
Medidas simples voltadas para o bem-estar e ocupação da mente podem afastar os pensamentos negativos.
Atividades culturais ou de lazer como passeios e a prática de exercícios físicos e esportes em geral, a realização de artesanatos e de leitura são bons exemplos por promoverem interação social, aliviarem o estresse e distraírem.
É preciso dedicar tempo para os cuidados com o corpo e a mente. Aprender a controlar a ansiedade é outra dica indispensável, assim como a atenção com o sono e a alimentação.
Se precisar, peça ajuda
Como você leu até aqui, as motivações que levam ao pensamento, as atitudes e ao suicídio estão relacionadas a aspectos psicológicos e sociais.
Toda vida importa e é preciso agir a favor disso. Você não está sozinho e é importante que saiba disso.
“Se precisar, peça ajuda” — como diz o lema da Campanha do Setembro Amarelo 2023. Nós todos do dr.consulta estamos ao seu lado e dispostos a #acolherparacuidar. Fale com nossos profissionais psiquiatras ou psicólogos.
Além disso, você pode procurar ainda apoio psicossocial nas unidades de atendimento gratuito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cuide da sua saúde mental e de quem você ama, porque a vida é muito valiosa!
Voaria muito de fazer uma consulta, mas qual é o valor?
Olá Nara! Para conferir os valores de consultas pedimos que acesse nosso site http://www.drconsulta.com ou entre em contato no (11) 4090-1510, opção 1.
Amei o texto bem esclarecedor
Olá, bom dia! Ficamos felizes em saber disso 🙂
Minha filha está passando por uma situação que está deixando ela muito triste sem vontade pra fazer nada
Olá Vera! É importante que ela tenha o acompanhamento de um profissional, pode contar conosco!
Bom dia eu tenho alguns desses sintomas vcs podem me ajudar
Olá Ana, bom dia! Nesse caso orientamos que procure um profissional para que possa te avaliar e seguir com a conduta mais adequada.
Tenho todos os sintomas de um suicida, inclusive já tentei uma vez eu era Casado e tenho dois filhos, na Época eles eram Crianças, e fui morar em Goiânia com a minha Mulher e meu Casal de filhos.
Tentei o Suicídio em São Paulo, longe da Família. Só não morri porque meu Irmão passou em Casa e eu tinha tomado um Vidro de Topiramato, 100g pois sou Epilético e se não tomar tenho Convulsões. Para piorar sofri um grande desfalque do filho da minha Irmã, que nem acionista da Firma Familiar nunca foi.
O desfalque foi de R$ 70 milhões de reais, e meu Pai não denunciou o Neto, filho da minha Irmã.
Fui um Empresário de Sucesso por mais de 45 anos e tenho 63 anos, Separado e nunca vejo meus filhos, fez 8 anos à Separação da minha Mulher e Casal de filhos que moram com a Mãe, minha ex Mulher.
Nem visita dos meus filhos recebo, mas fui assim com o meus País, já se formaram e nem preocupação eles me dão, mas desde à Pandemia que não saio de Casa e me mantenho isolado, ainda numa briga judicial, com o meu Sobrinho, Sobrinha e Irmã que depenaram à Firma.
Me Sobrinho já foi Condenado pela Receita Federal, em Última Instância.Mas às ações Civeis e Criminais não andam no Fórum da Praça João Mendes.
Acho que devo morrer pois não tenho oque fazer neto fugitivo.
Tomo Velija 60 mg, ao dia mas mesmo com o remédio da depressão, tenho todos os sintomas da depressão descritos acima.Tenho vontade de me suicidar até hoje.
Não quero a minha história divulgada no Site, e nem vontade de voltar à trabalhar o que fiz enquanto estava Casado e não havia sido sofrido o desfalque do meu sofrimento.
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