Câncer de intestino tem mais de 90% de chances de cura
O câncer de intestino é um dos mais comuns no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele é o terceiro mais frequente entre os homens e o segundo mais incidente nas mulheres.
Alguns hábitos, como má alimentação e sedentarismo, podem influenciar no desenvolvimento da doença — comportamentos cada vez mais presentes nos dias atuais com a correria do dia a dia.
Assim, saber os fatores de risco para prevenir e conhecer os sintomas para procurar ajuda especializada o mais cedo possível é essencial.
Entendendo melhor o câncer de intestino
Também conhecido como câncer colorretal, essa é uma condição médica caracterizada pela formação de tumores malignos na região do intestino grosso, que inclui o cólon e o reto.
A maioria dos casos se origina de pólipos intestinais, lesões benignas que, se detectadas e removidas a tempo, podem impedir a progressão para um estado cancerígeno.
Existem fatores de risco para esse câncer?
Alguns aspectos podem, sim, ter uma influência maior para o desenvolvimento de tumores no intestino. A maioria, no entanto, está ligada ao estilo de vida. Confira quais são, de acordo com o Inca:
- comportamento sedentário: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, pelo menos, de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana. O sedentarismo acontece quando essa prática regular não acontece;
- excesso de peso corporal ou obesidade: aqui se enquadram pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 25;
- má alimentação: o consumo de carnes processadas, como salsicha, mortadela, linguiça, presunto e bacon, assim como a ingestão de mais de 500 gramas de carne vermelha por semana e uma dieta pobre em fibras, podem contribuir para o desenvolvimento da doença;
- tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas: esses dois hábitos podem causar inflamações e danos no DNA das células intestinais, aumentando o risco de câncer;
- idade: apesar de se manifestar em qualquer faixa etária, o tumor é mais comum a partir dos 50 anos;
- condições de saúde: além de doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, câncer de ovário, útero ou mama também podem influenciar no desenvolvimento do tumor no intestino;
- histórico familiar de câncer colorretal;
- exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama: por ser um fator de risco, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos à saúde, incluindo a intestinal.
Sinais e sintomas para ficar de olho
O câncer de intestino é uma doença geralmente silenciosa em seu estágio inicial. No entanto, em alguns casos, é possível observar manifestações comuns que são queixas frequentes em quem apresenta o quadro. São elas:
- sangramento nas fezes;
- fezes pastosas e escuras;
- anemia sem causa aparente;
- diarreia ou intestino preso;
- gases ou cólicas;
- perda de peso, sem razão aparente;
- fraqueza;
- náuseas e vômitos;
- dor na região anal ou hemorroidas.
Na presença desses sintomas, agende uma consulta médica com o clínico geral. Como são manifestações diversas, ou seja, podem ser comuns a outras condições de saúde também, uma avaliação inicial mais abrangente é necessária.
Diagnóstico e a importância da descoberta em estágio inicial
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, as chances de cura do câncer de intestino são de mais de 95% quando o tumor é descoberto ainda no início. Por isso, é importante realizar exames preventivos regularmente e estar atento aos sinais do corpo
Geralmente, o gastroenterologista é o especialista que conduz a investigação. O principal método para diagnosticar esse tipo de câncer é a colonoscopia.
Esse procedimento indolor consiste em inserir um tubo fino e flexível com uma câmera na extremidade pelo reto, permitindo a visualização do interior dessa região. Durante o exame, também é possível remover pólipos e realizar biópsias.
O médico pode ainda solicitar uma coleta de fezes para avaliar a presença de sangue no material e outros exames complementares, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, para uma avaliação mais detalhada.
É importante ressaltar que a OMS recomenda que pessoas assintomáticas acima de 50 anos façam o rastreamento do câncer de cólon e reto por meio do exame de sangue oculto de fezes.
Em situações onde o resultado deste teste é positivo, indicando a presença de sangue, é necessário realizar a colonoscopia.
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Avanços na detecção
Novos testes de DNA nas fezes estão sendo desenvolvidos para identificar mutações genéticas associadas ao câncer de intestino, oferecendo uma forma menos invasiva de triagem.
Como é feito o tratamento
Essa etapa geralmente envolve uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. É importante ressaltar que a escolha do tratamento depende do estágio e da localização do tumor, bem como da saúde geral da pessoa.
Em muitos casos, a remoção cirúrgica do tumor é o primeiro passo, seguida de tratamentos adicionais para eliminar células cancerígenas restantes e prevenir a recidiva.
Inclusive, é necessário manter um acompanhamento pós-tratamento para monitorar possíveis recorrências da condição.
Bons hábitos são aliados na prevenção
Além da predisposição genética, há outros fatores de risco que, quando controlados, podem minimizar as chances de desenvolver o câncer de intestino. Dessa forma:
- faça exercícios físicos regularmente: atividades como caminhada e dança já ajudam a cumprir a meta semanal estipulada pela OMS;
- adote uma alimentação saudável: opte por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes;
- mantenha um peso corporal adequado: adotar os dois primeiros hábitos já vai te ajudar com esse pilar. De qualquer forma, monitore seu peso regularmente e procure um profissional da saúde se perceber dificuldades para mantê-lo mesmo com uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos;
- limite o consumo de carnes vermelhas e processadas: evite o consumo de carnes processadas, como salsicha, mortadela, linguiça, presunto e bacon, e limite o consumo de carnes vermelhas a no máximo 500 gramas de carne cozida por semana;
- bebida alcoólica e cigarro: esses dois hábitos são prejudiciais à saúde como um todo, mas também são fatores de risco para o câncer de intestino. Vale, inclusive, e evitar a exposição ao fumo passivo.
Além disso, lembre-se de fazer check-ups periodicamente. O cuidado com você deve ser recorrente e não apenas quando o corpo não está bem.
Fontes: